19/08/2023
Como a maioria dos yordles, Tristana sempre teve fascínio pelo mundo além dos limites de Bandópolis. Ela viajou longas distâncias, cheia de curiosidade e entusiasmo pelos diferentes lugares, pessoas e criaturas que encontrava pelo caminho.
Mas a natureza leve e despreocupada de Tristana mudou completamente no dia em que testemunhou a destruição de um bandobosque. Os bandobosques são lugares incrustados na magia que os cerca e os alimenta, oferecendo aos yordles um porto seguro contra os perigos do mundo. Certo dia Tristana foi acordada pelas árvores que tombavam ao seu redor. Liderado por um feiticeiro que emanava energia maligna, um bando de saqueadores invadiu o bandobosque com fogo e machados.
Horrorizada, Tristana se escondeu. O feiticeiro concentrou todo o seu poder contra o portal localizado no coração do bandobosque. Com os ouvidos ainda queimando de dor, Tristana viu o portal se desfazer para jamais se abrir novamente. Os ecos de tamanha destruição puderam ser ouvidos até em Bandópolis, mergulhando todos os yordles em desespero.
Tristana nunca havia sentido uma dor tão profunda, não só pela perda, mas também culpa por não ter impedido o desastre. Ela jurou que jamais permitiria que esse horror se repetisse. Naquele momento, ela decidiu se tornar guardiã de todos os bandobosques e de todos os seus companheiros yordles.
Muitas vezes, Tristana chegou a admirar como os mortais cuidavam do que lhes era precioso. Embora não compreendesse por que tanto cuidado com metais reluzentes ou muralhas de pedra, ela respeitava os métodos adotados e resolveu imitá-los. Os outros yordles observavam preocupados enquanto ela marchava pelas fronteiras de Bandópolis com uma expressão séria, atenta a qualquer ameaça. Tristana começou a chamar sua comida de "ração operacional" e estabeleceu horários rígidos para descanso.
Mas faltava alguma coisa. Em suas viagens, ela conheceu muitas invenções poderosas, entre elas o pó negro dos canhões de Águas de Sentina. Inspirada por eles, Tristana reuniu vários discos de metais preciosos para confeccionar uma arma condizente com o seu tamanho reduzido.
Com um sorrisinho irônico, ela batizou a arma de Boomer.