
27/09/2025
RISCO SILENCIOSO
Muitas vezes o estado do cinto de segurança passa despercebido durante a manutenção do veículo. Mas um equipamento em más condições pode custar caro: tanto na reprovação de uma vistoria veicular quanto, mais grave, na hora de um acidente.
“Adiar a troca é um risco silencioso que afeta diretamente a segurança de todos os ocupantes do veículo”, alerta o gerente de Operação e Fiscalização da AMC, André Luís Barcelos em entrevista à rádio Jangadeiro BandNews FM 101.7.
Segundo ele, o cinto de segurança é o equipamento primordial da segurança viária. “O cinto precisa estar em boas condições. Ele não pode ter cortes, estar desfiado ou rasgado, porque isso compromete a capacidade de suportar o impacto”, explica.
Barcelos ressalta ainda a importância do funcionamento correto. “O travamento do cinto tem que estar funcional. O equipamento deve travar firmemente quando há qualquer mudança brusca de velocidade”, completa.
Além do risco à vida, o mau uso ou defeito do cinto configura infração grave de trânsito, com multa e a soma de 5 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). “Quando o cinto não tem capacidade de retração, não está devidamente afivelado, a fivela não é funcional ou a ancoragem está incorreta, ele perde totalmente a eficácia”, afirma o gerente.
De acordo com Barcelos, a consequência é clara. “O mau funcionamento do cinto é uma infração de trânsito. Esse equipamento reduz de forma substancial a gravidade de um sinistro.”
O cinto de segurança é considerado o principal dispositivo de proteção passiva do carro. Diferente do airbag, que só entra em ação em situações específicas, ele atua o tempo todo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o uso correto do cinto pode reduzir em até 50% o risco de morte em acidentes.