
24/06/2025
UM AMOR DIFERENTE
Tem pais que nunca souberam o que é um abraço.
Nunca ouviram um “eu te amo”.
Cresceram cercados de silêncios, exigências e afetos ausentes.
Antes que aprendessem a amar, já carregavam fardos.
Antes de brincar, já enfrentavam o mundo com responsabilidade nos ombros.
Muitos não tiveram infância.
Não sonharam em ser heróis.
Não voaram com a imaginação.
Não trocaram figurinhas no café da manhã,
não viveram tardes de cinema,
nem receberam beijos de boa noite.
Alguns pais nunca cresceram por inteiro…
Ficaram presos à infância que lhes foi arrancada.
E mesmo calados, ainda esperam — com o coração em silêncio —
aquilo que um dia também desejaram.
Às vezes, o modo como amam nos fere:
a distância, a rigidez, a falta de palavras.
Mas sem manual, sem referência, sem ternura herdada,
eles fizeram o impossível — com as mãos vazias —
para nos oferecer tudo aquilo que nunca receberam.
Eles nos deram mil vezes mais
do que o pouco que a vida lhes permitiu ter.
LEMBRE-SE:
“Há pais que amam muito, porque nunca aprenderam a amar em voz alta.”
“Não julgue o silêncio dele — talvez ele seja feito de feridas que nunca se fecharam.”
“Alguns pais constroem asas para os filhos… com mãos que jamais puderam voar.”
(Texto compartilhado por Marta Tavares Lima)