31/08/2025
Schopenhauer observou que a vida humana oscila entre dois polos opostos: a ânsia de ter e o tédio de possuir.
Segundo ele, o desejo é a força que impulsiona o ser humano. Enquanto não alcançamos aquilo que queremos, sentimos falta, inquietação e sofrimento — é a ânsia de ter. Quando finalmente conseguimos o objeto do desejo, a satisfação vem acompanhada de um alívio breve e passageiro. Logo depois, porém, instala-se o tédio de possuir, porque aquilo que parecia tão essencial já não nos traz plenitude.
Esse ciclo se repete infinitamente: novos desejos surgem, novas conquistas acontecem, mas nenhuma é suficiente para dar sentido duradouro à vida. Assim, Schopenhauer descreve a existência como uma alternância entre sofrimento e vazio, onde a verdadeira paz só poderia vir da diminuição dos desejos e da renúncia à ilusão de que a posse trará felicidade.
👉 Pergunta para reflexão: você sente que busca constantemente algo novo para fugir do tédio, ou acredita que é possível encontrar satisfação duradoura no que já tem?