
22/07/2025
Às vezes, é só no silêncio de uma pausa que vem a clareza, ninguém nos cobra tanto quanto nós mesmos.
Há quem se exija perfeição. Presença total. Produtividade constante. Como se descansar fosse sinônimo de fracasso.
Como se fosse preciso provar, o tempo todo, que é suficiente.
E quando algo escapa do controle, vem a culpa, o peso, a autocrítica.
Mas, muitas vezes, essa cobrança não vem de fora. É uma lupa interna exigente, distorcida, impiedosa, que faz tudo parecer mais grave do que realmente é.
Trocar essa lupa por um olhar mais gentil pode ser o começo. Reconhecer limites sem culpa. Se acolher como se acolhe alguém querido.
Nem sempre é sobre fazer mais. Às vezes, é sobre se cobrar menos.
🔹Ângela Ramos
🔹CRP:04/66737