13/07/2025
Yogini: a união sagrada entre o feminino e o Ser
Uma yogini, no contexto espiritual, representa Shakti, a energia dinâmica que se une a Consciência Transcendental (Shiva), simbolizando a fusão dos princípios feminino e masculino como expressão do êxtase criativo. Na prática tântrica, ela é Bhairavi, a parceira do tântrica (Bhairava) nos rituais de ioga sexual, parte dos Pancha Makara ou Chakra Puja. No ta**ra budista tibetano, surge como a Dakini, uma figura iniciática que guia os monges em sua jornada para a iluminação, transcendendo desejos através do ioga sexual sagrado.
Em essência, a yogini é uma praticante do ta**ra, uma mulher que cultiva poder e habilidade por meio da ciência quântica transcendental do Amor (Ta**ra- Yoga). Ela personifica o Ventre Cósmico (Maha-Maya), o útero primordial que gera e absorve a criação. Através do êxtase, ela concebe o ovo cósmico (Brahmanda), manifestando-se como toda a existência. Em sua entrega, torna-se paixão pura; em seu amor, liberta o indivíduo para o fluxo existencial , reconduzindo-o, por fim, à unidade.
Ao longo das culturas, o princípio feminino foi venerado sob diversos nomes e formas. No ta**ra, ele se torna vivo e atuante, encarnando desde a fúria de Kali até a doçura de Lalita. Seu símbolo máximo é a yoni (v***a), representada em esculturas e diagramas geométricos, como o triângulo invertido, que denota a Fonte Primordial.
A adoração da yoni não se limita ao símbolo, mas se concretiza na mulher real, emancipada, saudável e consagrada—cujo corpo, em ritual, torna-se um portal para o divino. O amor físico, quando elevado, transforma-se em transcendência, revelando a bem-aventurança além da forma. O símbolo, então, deixa de ser necessário: invocador e invocado fundem-se na mesma consciência.
A natureza da mulher é profundamente cíclica, refletindo os ritmos da lua e da terra. Seu psiquismo, moldado pela m3n$truaçã0 e ovulação, é fluido e dinâmico, em contraste com a linearidade masculina. O ta**ra reconhece essa diferença e a integra como via de libertação. Aqui, corpo e desejo não são negados, mas santificados.
Nesse caminho, a yogini—antes marginalizada nos ritos tradicionais do puritanismo religioso—torna-se central. Ela é a força que transforma cada ato em alquimia espiral, cada momento em devoção. Através dela, o ta**ra revela sua verdade mais radical: que a iluminação não está além da vida, mas no cerne de sua pulsação.
— Soham Nagananda KaliOm ईं