03/07/2025
Eu achava que buscava respostas pra mim…
Mas hoje sei: havia algo maior sendo conduzido por trás de tudo. Sempre foi sobre pessoas.
Desde pequena, a dor da minha mãe me atravessava de um jeito que eu não sabia nomear.
Ela estava ali , frágil emocionalmente e eu, ainda menina, já sentia um chamado silencioso:
entender, sentir, cuidar.
Foi isso que me moveu.
No início, pra tentar me curar.
Depois, para ser instrumento de cura na vida de outros.
Os livros, os cursos, as formações…
Tudo isso foi só a superfície de um mergulho mais profundo:
a vontade de alcançar quem dizia “tá tudo bem”… quando o coração gritava o contrário.
E um dia, essa missão ficou clara como nunca.
Durante o tempo em que morei no Peru, fui acolhida por uma mulher em depressão.
Ela não saía da cama. Eu não conhecia ninguém.
Mas ali… Deus costurou algo que nem eu entenderia na hora.
O cuidado que ela teve comigo a fez se movimentar.
E o cuidado que eu tive com ela… a fez voltar a viver.
Meses depois, ela me mandou uma mensagem que nunca esqueci:
“Daiane, depois da sua vida aqui, eu precisei me mover. Voltei a trabalhar. Voltei a viver.”
Foi ali que entendi:
Minha história nunca foi só minha.
As dores que enfrentei, os aprendizados, o que Deus foi plantando no secreto…
Tudo isso precisava virar ponte.
E mesmo quando tudo saiu do controle,
quando meu pai ficou entre a vida e a morte por 7 meses de internação…
mesmo nos dias de cansaço extremo, incerteza e orações engasgadas…
essa missão seguia viva dentro de mim.
Hoje, com ele se recuperando e meu coração mais inteiro.
eu sigo aquilo que nasceu lá atrás:
conduzir pessoas de volta para si mesmas.
Pra que, mesmo cansadas, confusas ou feridas,
elas se lembrem:
ainda dá tempo.
Ainda tem vida.
E é possível florescer… mesmo depois de tudo.