11/09/2025
Interior do Rio enfrenta ajustes para equilibrar as contas
A queda de arrecadação no segundo semestre de 2025 tem levado diversas cidades fluminenses a adotarem medidas de contenção de despesas e reestruturação administrativa.
Em Campos dos Goytacazes, milhares de servidores que atuavam em regime de RPA (recibo de pagamento autônomo) deixaram de prestar serviços por determinação da Prefeitura.
Em São Fidélis, no Norte Fluminense, a administração reduziu o horário de expediente dos prédios públicos para até às 13h e anunciou que o número de contratados e comissionados será diminuído de forma escalonada.
Na Região dos Lagos, Cabo Frio extinguiu cinco secretarias municipais, entre elas a de Obras, e suspendeu contratos temporários, mantendo apenas os setores considerados essenciais.
Outros municípios também têm anunciado cortes e ajustes administrativos. Em cidades como Santo Antônio de Pádua, Italva, Itaperuna, Itaocara, Aperibé, São José de Ubá e Miracema, medidas de contenção já foram adotadas. Até mesmo Quissamã, considerado o “primo rico” da região Norte e Noroeste, enfrenta a necessidade de rever despesas para manter o equilíbrio fiscal.
Além disso, outro ponto crítico vem preocupando a população e os gestores municipais: a grave situação dos fundos de previdência. Diversas cidades enfrentam dificuldades para honrar compromissos, em um cenário que beira o colapso financeiro e ameaça a saúde das contas públicas.
Diante desse quadro, consórcios intermunicipais como o CIDENNF, que reúne 21 cidades do Norte e Noroeste fluminense, têm se consolidado como alternativas para viabilizar soluções conjuntas e ampliar o acesso a recursos estaduais e federais, especialmente em períodos de maior dificuldade.