02/07/2025
Levantamento da Quaest com 203 deputados federais mostra que 70% são contra o fim da escala 6x1, modelo que prevê seis dias de trabalho seguidos por um de descanso. A proposta, apresentada por Erika Hilton (PSOL-SP), busca instituir uma jornada de 36 horas semanais, com quatro dias trabalhados. A maior rejeição vem da oposição (92%), seguida por independentes (74%) e até entre governistas a medida encontra resistência (55%).
Além disso, 88% dos deputados apoiam a elevação da faixa de isenção do Imposto de Renda, sendo essa a pauta com maior aprovação entre os parlamentares. Também contam com forte apoio a exploração de petróleo na Amazônia (83%) e o aumento das p***s para roubo (76%).
Entre as propostas com maior rejeição estão: exclusão das verbas do Judiciário do teto de gastos (70%), fim da escala 6x1 (70%) e o projeto que combate os supersalários no funcionalismo público (53%).
A pesquisa aponta também piora na avaliação do governo Lula (PT). Hoje, 46% dos deputados avaliam negativamente a gestão — maior índice desde o início do mandato. Ap***s 27% têm avaliação positiva e 24%, regular. Entre os independentes, a desaprovação saltou de 20% (2023) para 44% (2025), enquanto a aprovação caiu de 18% para 8%.
No recorte regional, o governo só não é majoritariamente reprovado no Nordeste, onde há empate técnico: 37% aprovam, 33% reprovam. Nas demais regiões, predomina a avaliação negativa.
Apesar de 68% dos deputados acreditarem que Lula será candidato à reeleição em 2026, metade (50%) vê a oposição como favorita. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), lidera as menções espontâneas como principal nome opositor (49%). Bolsonaro, inelegível, é citado por 13%.
A economia segue como principal preocupação dos parlamentares (31%), mas a violência ganhou destaque, saltando de 7% para 23%. Corrupção aparece com 16%.
Sobre a relação com o STF, 49% dos deputados dizem que o Supremo “sempre” invade as competências do Congresso. A avaliação geral da Corte é negativa para 48% dos parlamentares.