05/11/2025
O mais das vezes, as datas significativas que comemoramos têm origem natural e simbólica. O céu se alinha de determinada forma, na terra acontecem fenômenos determinados, as pessoas se unem e comemoram os ciclos, colheitas, ordens, etc. A partir daí essas datas são revestidas com as culturas de cada tempo e lugar.
O que chamamos Dia das Bruxas é o tempo dos mortos. É uma festa de mortos, que seria, portanto, pertinente ao ofício de bruxaria. Essa palavra Halloween é de um inglês arcaico e mal encontra tradução, mas é isso: o outro lado do véu, O sol iluminando o escorpião.
Nesta casa não sabemos brincar. Conduzi ritos de verdade: uma estação de maldição, esse pequeno túmulo em que enterrei e fiz a caveira de alguns.
Por outro lado, consagrei minha terceira imagem de Hékate: Hékate Anima Mundi. A alma do mundo é uma questão filosófica. Jâmblico chama Hékate de “término e laço das coisas inteligíveis e sensíveis”.
Ela seria, nessa altitude, o limite e o caminho entre o divino imutável e o mundo de dualidades.
Usei meus maravilhosos ovos de ametista e quartzo e a carta de tarot O Mundo para conduzir essa definição e potência à imagem. Magia é assim: evocamos ao máximo o que queremos afirmar.
A deusa respondeu. Eu sei que uma deidade responde quando me sobrevêm compreensões que eu não tinha.
E esse foi o véu que foi erguido no meu dia das bruxas. De profundis clamavis (das profundezas clamei).
Tive vontade de estar com outras bruxas e fazer um pouco de barulho com bebidas, pragas e petiscos. ❤️🔥