
29/07/2024
Corpo, para além do seu formato, nele habitam informações de uma vida inteira. Do momento em que o embrião se forma no ventre materno, as memórias começam a ser armazenadas nas mais profundas entranhas dos 7 octilhões de átomos e 10 trilhões de células que nos acompanharão durante uma vida inteira.
Ao longo da minha carreira sendo professora de milhares de mulheres, recebi centenas de relatos de insatisfação, vergonha, raiva e negação com seu próprio corpo.
Muitas me contaram que após passar por uma profunda dor, uma agressão, uma gestação acompanhada de depressão, um luto, ou uma situação traumática, adoeceram ou aumentaram significativamente seu peso e nunca mais se olharam no espelho com auto compaixão.
Sim, o trauma mora no corpo.
Em 2020 quando decidi dar um tempo das redes sociais para me recompor de uma separação e do rompimento abrupto de uma sociedade que envolvia não somente questões burocráticas, mas também rompimentos com pessoas importantes daquela fase da vida, fui convidada a mergulhar corpo adentro.
Quando a vida nos entrega esse convite, acredite, chegou a hora de viver uma linda transformação, por mais doloroso que possa parecer no momento. 🐛🦋✨
Quando nos permitimos encarar esse mergulho para dentro de si, muitas superficialidades perdem o sentido, e abrimos espaço para construir uma vida mais real, sólida e verdadeira.
Padrões passam a ser questionados, entendemos que nosso tempo é o nosso maior recurso, que escolher para quem doamos nossa presença é fundamental para manter a mente sã!
E o corpo?
O corpo está contando a verdade sobre tudo o tempo todo.
Seja através da energia ou da falta dela, através das dores ou sintomas que insistimos em tratar sem olhar para causa.
Quem sabe uma pausa possa ser o suficiente para dar espaço para o diálogo começar e quem sabe, despir-se das máscaras e armaduras possa ser uma linda oportunidade para ouvir o que o corpo está a falar.
Com amor, Juliana Scheuer.
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