Ciência Psicológica com Prof. Gabriel Iwaya

Ciência Psicológica com Prof. Gabriel Iwaya Missão: Auxiliar pessoas na construção de suas próprias trajetórias, tornando-as profissionais e pesquisadoras autônomas. http://lattes.cnpq.br/8014568312811510

Valores: independência, sinceridade, comprometimento, entrega.

Distanciamento Social no Brasil: Questões Sociodemográficas e a COVID-19Este artigo objetiva analisar como os fatores so...
16/12/2022

Distanciamento Social no Brasil: Questões Sociodemográficas e a COVID-19

Este artigo objetiva analisar como os fatores sociodemográficos influenciam, favorável e desfavoravelmente, as crenças comportamentais, normativas e de controle acerca da adoção do distanciamento social. O método empregado foi o de levantamento on-line com amostragem não probabilística. A pesquisa contou com 786 participantes brasileiros, majoritariamente residentes na região Sul do país. Os resultados evidenciam que a distribuição das atitudes varia em função do s**o biológico e da faixa etária; a distribuição das normas subjetivas varia em função do s**o biológico e da faixa etária; e a distribuição do controle comportamental percebido varia em função da faixa etária, da escolaridade e da renda. Isso significa que mulheres, pessoas mais velhas, com maior nível educacional e com renda mais elevada são mais favoráveis à adoção do distanciamento social. Já homens, jovens, pessoas com menor nível educacional e renda mais baixa tendem a ser menos favoráveis. Essas informações podem servir para que as organizações públicas e privadas promovam o desenvolvimento de estratégias para a permanência do distanciamento físico da população no Brasil.

Essa revisão identifica os efeitos das atitudes, normas subjetivas e do controle comportamental percebido (CCP) sobre a ...
09/11/2022

Essa revisão identifica os efeitos das atitudes, normas subjetivas e do controle comportamental percebido (CCP) sobre a intenção de compra de alimentos orgânicos (ICAO). Trata-se de uma revisão sistemática com meta-análise, desenvolvida e reportada com base no PRISMA 2020 (Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses). Revisões sistemáticas anteriores não avaliaram a qualidade dos estudos incluídos nas meta-análises. Essa revisão utilizou a ferramenta Critical Appraisal Checklist for Analytical Cross-Sectional Studies na avaliação da qualidade metodológica dos estudos incluídos. Essa revisão também propõe uma ferramenta de avaliação da qualidade metodológica de estudos que realizam análises via modelagem de equações estruturais. Atitudes [(β)=0,60 (IC95%=0,46-0,74)], normas subjetivas [(β)=0,56 (IC95%=0,44-0,67)] e CCP [(β)=0,41 (IC95%=0,29-0,52)] exercem efeito positivo sobre a ICAO. O Índice de Desenvolvimento Humano dos países exerce efeito de moderação significativo para as relações das atitudes e das normas subjetivas com a ICAO – quanto maior o IDH, maiores as relações entre os construtos. As evidências confirmam a eficácia da TCP como modelo explicativo da ICAO. A revisão seguiu parâmetros rigorosos de elegibilidade, com adoção de ferramenta de análise da qualidade dos artigos incluídos e fornece evidências robustas sobre o efeito das atitudes, normas subjetivas e CCP sobre a ICAO. Essas evidências são úteis às organizações que constituem a cadeia de produção de alimentos orgânicos, aos profissionais relacionados com as áreas de marketing e às organizações que tem por objetivo promover novos padrões comportamentais sustentáveis.

ORGANISATIONAL PRIVACY CULTURE AND CLIMATE: A SCOPING REVIEWNew regulations worldwide are increasingly pressing organisa...
19/07/2022

ORGANISATIONAL PRIVACY CULTURE AND CLIMATE: A SCOPING REVIEW

New regulations worldwide are increasingly pressing organisations to review how they collect and process personal data to ensure the protection of individual privacy rights. This organisational transformation involves implementing several privacy practices (e.g., privacy policies, governance frameworks, and privacy-by-design methods) across multiple departments. The literature points to a strong influence of the organisations’ culture and climate in implementing such privacy practices, depending on how leaders and employees perceive and address privacy concerns. However, this new hybrid topic referred to as Organisational Privacy Culture and Climate (OPCC), remains poorly demarcated and weakly defined. In this paper, we report a Scoping Review (ScR) on the topic of OPCC to systematically identify and map studies, contributing with a synthesis of the existing work, distinguishing core and adjacent publications, research gaps, and pathways of future research. This ScR includes 36 studies categorised according to their demographics, research types, contribution types, research designs, proposed definitions, and conceptualisations. Also, 18 studies categorised as primary research were critically appraised, assessing the studies’ methodological quality and credibility of the evidence. Although published research has significantly advanced the topic of OPCC, more research is still needed. Our findings show that the topic is still in its embryonic stage. The theory behind OPCC has not yet been fully articulated, even though some definitions have been independently proposed. Initiatives of future research in OPCC will require interdisciplinary research efforts and close cooperation with industry to further propose and rigorously evaluate instruments. Only then OPCC would be considered an evidence-based research topic that can be reliably used to evaluate, measure, and embed privacy in organisations.

https://ieeexplore.ieee.org/stamp/stamp.jsp?tp=&arnumber=9828399

BARREIRAS AO EMPREGO DE REFUGIADOS NO BRASIL E SEUS IMPACTOS NA INTEGRAÇÃO DE LONGO PRAZOEste artigo visa compreender co...
12/07/2022

BARREIRAS AO EMPREGO DE REFUGIADOS NO BRASIL E SEUS IMPACTOS NA INTEGRAÇÃO DE LONGO PRAZO

Este artigo visa compreender como barreiras individuais, nacionais e organizacionais e suas inter-relações impactam o emprego de refugiados no mercado de trabalho brasileiro, com base na teoria da estrutura relacional da gestão da diversidade de Syed e Özbilgin (2009). Por meio de um paradigma interpretativo, abordagem qualitativa e utilizando uma pesquisa descritiva, o estudo foi realizado com oito refugiados com emprego formal na cidade de São Paulo, Brasil. As descobertas do estudo indicam a prevalência de barreiras nacionais sobre a exclusão de emprego para os refugiados, podendo potencializar fatores excludentes em níveis individual e organizacional. O governo brasileiro configurou-se como um dos principais obstáculos nacionais à integração, tendo papel particularmente importante na estrutura relacional. A pesquisa apresenta suas contribuições ao defender a condição do refugiado como inerente a uma extensão da diversidade. Ao lançar luz sobre as perspectivas dos refugiados acerca da realidade organizacional brasileira, o artigo propõe soluções que visem, por parte dos formuladores de políticas e organizações, minimizar impactos que as diferentes barreiras proporcionam à integração eficaz desses grupos nas organizações brasileiras.

Palavras-chave: Refugiados. Mercado de trabalho. Organizações. Barreiras. Brasileiro.

Autores: Pablo Marlon Medeiros da Silva; Janaína Gularte Cardoso; Gabriel Horn Iwaya; Brena Samara de Paula; Arthur William Pereira da Silva; Wanderson Fernandes Modesto de Oliveira.

Definições de Ciência e Pseudociência, segundo Sven Ove Hansson (2013), apresentadas na obra "Philosophy of pseudoscienc...
23/04/2022

Definições de Ciência e Pseudociência, segundo Sven Ove Hansson (2013), apresentadas na obra "Philosophy of pseudoscience: reconsidering the demarcation problem", organizada por Pigliucci e Doudry. 🤓🔥

Artigo: Discriminação percebida e consequências  emocionais da LGBTQIA+fobia no consumo no Brasil 🤓Resumo: A  presente  ...
31/03/2022

Artigo: Discriminação percebida e consequências emocionais da LGBTQIA+fobia no consumo no Brasil 🤓

Resumo: A presente pesquisa teve por objetivo verificar as relações entre a discriminação percebida pelos consumidores LGBTQIA+ e as consequências emocionais (frustração e desamparo) do processo de consumo discriminatório. A investigação se justifica à medida que apresenta um avanço na literatura acerca da discriminação percebida pelo consumidor, pois inclui uma nova perspectiva. Ademais, há escassez de estudos brasileiros que abarquem a temática da discriminação percebida pelo público LGBTQIA+, cenário também percebido no âmbito mundial. O delineamento metodológico foi quantitativo, de levantamento online, com amostragem não probabilística junto a 210 participantes do Brasil. Os resultados evidenciam a percepção classificada como baixa ou de nenhuma intensidade de discriminação explícita e de discriminação no atendimento, bem como classifica em média, baixa ou nenhuma intensidade percebida de discriminação sutil. Os resultados mostram que há correlação média com o sentimento de frustração e desamparo dos consumidores, porém não é possível afirmar que a discriminação induz à frustração e ao desamparo. O constructo com maior intensidade de discriminação percebida está contemplado na dimensão de discriminação em nível do atendimento. O trabalho revela as implicações práticas e as possibilidades de estudos futuros no âmbito da discriminação no consumo.

09/03/2022

Essas questões me motivaram a produzir um curso. Um curso de introdução à alguns conceitos fundamentais da Ciência Psicológica e sobre uma das grandes temáticas da área, das diferenças individuais ou do estudo da Personalidade.

O curso contém 12 aulas e possui uma carga horária de 4 horas – com certificado. Ao adquirir o curso, você terá acesso vitalício ao conteúdo. Eu também arrisco dizer que em 4 horas de curso você irá avançar o seu entendimento em pelo menos 1 ano de estudo.

Ao montar esse curso, eu procurei construí-los para que, de fato, ele pudesse alavancar a formação dos meus alunos, levantando questões que nos permitam ter um olhar mais crítico sobre conceitos fundamentais da Ciência Psicológica.

Legalmente, se você não estiver satisfeito com o curso, você tem uma garantia de 7 dias para fazer o seu cancelamento e solicitar o reembolso. Então, se você não gostar, não tem risco algum. Além disso, o preço do curso é bastante acessível (R$87,00).

Esse curso é voltado para todos aqueles que possuem interesse pelo conhecimento científico da Psicologia e sobre Personalidade. Nós iniciaremos nossa jornada conversando sobre conceitos fundamentais da Ciência e da Psicologia para então nos debruçarmos sobre as melhores explicações disponíveis a respeito das diferenças individuais que consolidam as características ou os grandes traços e facetas da personalidade humana.

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OS TRÊS MUNDOS DE KARL POPPER: TRÊS NÍVEIS DE ANÁLISE NO CAMPO DA PSICOLOGIADe acordo com Popper (1979), a construção do...
08/11/2021

OS TRÊS MUNDOS DE KARL POPPER: TRÊS NÍVEIS DE ANÁLISE NO CAMPO DA PSICOLOGIA

De acordo com Popper (1979), a construção do conhecimento é feita substancialmente via três níveis (dimensões) ou mundos (sub-universos). Tais mundos são ontologicamente distintos, mas não são independentes. São mundos interdependentes que se afetam mutualmente:

1) Realidade dos objetos físicos:
Ex. pedras, estrelas, plantas, radiação.

2) Realidade dos estados mentais ou processos psicológicos:
Ex. sentimentos, pensamentos, percepções, crenças, dor, prazer.

3) Realidade dos produtos da mente humana:
Ex. linguagem, mitos religiosos, contos, histórias, teorias.

TRÊS NÍVEIS DE ANÁLISE NO CAMPO DA PSICOLOGIA

A tese dos três mundos de Karl Popper é empregada por Vesga Rodríguez (2017) como uma alternativa de enquadre epistemológico que viabiliza a investigação e análise dos objetos de estudo do campo da Psicologia Organizacional e do Trabalho (POT) - as relações pessoas-trabalho-organização.

1) Mundo dos fatos sociais: onde estão presentes as características e condições que conformam o contexto laboral enquanto realidade externa, determinada por instâncias de poder instituídas.

2) Mundo dos fenômenos psicológicos: diz respeito às subjetivações feitas pelo indivíduo a partir de suas experiências cotidianas relacionadas com seu ambiente de trabalho – a subjetividade laboral.

3) Mundo das conceitualizações teóricas: engendra a POT enquanto disciplina com seu quadro referencial próprio que orienta o trabalho científico e circunscreve as possibilidades de investigação e construção de conhecimento nesse campo de estudo.

Referências

Popper, K. (1979). Three worlds. Ann Arbor University of Michigan.

Vesga Rodríguez, J. J. (2017). Conceptualización en la psicología organizacional y del trabajo: necesidad de congruencia con fenómenos y hechos. Quaderns de psicologia. International journal of psychology, 19(1), 89-100. http://dx.doi.org/10.5565/rev/qpsicologia.1385

A CIÊNCIA É A BUSCA PELA VEROSSIMILHANÇANas palavras de Karl Popper (1979, p. 167): “esse controle por meio da crítica é...
27/10/2021

A CIÊNCIA É A BUSCA PELA VEROSSIMILHANÇA

Nas palavras de Karl Popper (1979, p. 167): “esse controle por meio da crítica é o aspecto racional do crescimento do conhecimento e do nosso crescimento pessoal. É uma das três coisas mais importantes que nos tornam humanos. As outras duas são a compaixão e a consciência de nossa falibilidade”.

Referência
Popper, K. (1979). Three worlds. Ann Arbor University of Michigan.

A ESTRUTURA DAS REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS Em sua obra “A estrutura das revoluções científicas”, Kuhn (1998) propõe uma linh...
21/10/2021

A ESTRUTURA DAS REVOLUÇÕES CIENTÍFICAS

Em sua obra “A estrutura das revoluções científicas”, Kuhn (1998) propõe uma linha de raciocínio para caracterizar a ciência. São conceitos fundamentais dessa obra os termos paradigma, ciência normal e ciência extraordinária.

O termo paradigma é entendido como uma espécie de “quadro” teórico-metodológico que determina a forma como cientistas enunciam e resolvem problemas. O que define uma ciência e seus limites é o próprio quadro. Assim como não existe igreja sem dogma ou partido político sem ideologia, também não há ciência sem paradigma.

Kuhn (1998, p. 252) escreve que “os praticantes das ciências são fundamentalmente indivíduos capazes de resolver quebra-cabeças” e “a comunidade científica é um instrumento imensamente eficiente para resolver problemas ou quebra-cabeças definidos por seu paradigma”.

Um paradigma sólido mantém a ciência em um período denominado de “normal”. Evidências contraditórias ao paradigma são apenas reconhecidas como anomalias. Anomalias são inicialmente marginalizadas até que uma nova proposta teórica lhes de força suficiente para abalar a solidez do paradigma estabelecido, iniciando um processo de crise que culminará em uma revolução (ciência extraordinária).

DiGiuseppe et al. (2016) descrevem um exemplo didático do processo de “revolução científica” aplicado ao campo da Psicoterapia, considerando seis fases:

1) Pré-paradigmática
Ex.: escolas de psicoterapia se proliferaram.

2) Paradigmática
Ex.: terapia comportamental surge como paradigma.

3) Crise
Ex.: terapia comportamental é desafiada por novas teorias de aprendizagem que enfatizavam os processos cognitivos.

4) Novos paradigmas
Ex.: terapias cognitivas surgiram como concorrentes à terapia comportamental.

5) Choques de paradigma
Ex.: paradigmas comportamentais e cognitivos competindo pela ascendência.

6) Ciência normal
Ex.: integração de paradigmas cognitivos e comportamentais produziu o paradigma cognitivo-comportamental - que está sendo desafiado novamente por abordagens emergentes (terceira onda), como terapia de aceitação e compromisso (conduzindo ao processo de uma nova integração na família cognitivo-comportamental).

DiGiuseppe, R., David, X., & Venezia, R. (2016). Cognitive theories. In J. C. Norcross, G. R. VandenBos, D. K. Freedheim, & B. O. Olatunji (Eds.), APA Handbook of clinical psychology: Theory and research. American Psychological Association.

Kuhn, T. (1998). A estrutura das revoluções científicas. Editora Perspectiva.

Queridos GigantesNão vamos falar hoje dos gigantes imortais e imateriais. Quero falar hoje dos gigantes de carne e osso....
15/10/2021

Queridos Gigantes

Não vamos falar hoje dos gigantes imortais e imateriais. Quero falar hoje dos gigantes de carne e osso. Daqueles gigantes que, ao longo do ano, passam até mesmo irreconhecíveis, anônimos nas salas de aula. Desses mestres da construção de conhecimentos que fazem dos livros a matéria-prima para edificação da vida, não sua, dos outros. Que compreendem que o conhecimento não é algo para ser acumulado. Absolutamente, deve ser compartilhado, pois na medida em que se dissemina faz florescer o caminho.

Quero falar dos gigantes que se despem dos véus do orgulho e narcisismo e se colocam horizontalmente diante dos educandos. Dialogam. Sujeitos à tirania e à falta de atenção, próprias da imaturidade, encaram de peito aberto o desafio de, em cada novo ano, reaprender a descobrir e respeitar as particularidades de cada novo aluno. Sobretudo, o trabalho docente é um ato de amor e generosidade que exige paciência em grande medida.

E o que dizer da sua autorrealização que só se concretiza na realização do próximo? Esses gigantes inquietos que se sentem felizes quando despertam em seus pupilos novos insights. Que com todo cuidado retiram as maiores pedras – nas quais por certo tropeçaram - e as transformam em joias para serem colhidas ao longo da caminhada. Que iluminam a trajetória com sua sabedoria, varrendo as sombras e apontando os obstáculos.

Tremendos gigantes esses que nos pegam pela mão e nos levam rumo ao que antes era o desconhecido. Gigantes errantes que não nos deixam recuar frente às adversidades. Gigantes que, de verão a verão, iniciam suas marchas e forjam as asas para que cada um de nós possa voar mais longe, tão longe que nem mesmo eles são capazes de prever.

Obrigado, queridos gigantes, por dissipar os nossos medos do incompreensível. Obrigado por terem existido e se feito presente de forma tão digna. Por serem esses exemplos do infinito potencial da evolução humana e de suas tantas formas de amor.

SE FUI CAPAZ DE VER MAIS LONGE, É PORQUE ESTAVA DE PÉ NOS OMBROS DE GIGANTES! [ISAAC NEWTON]

PSICÓLOGOS VÁLIDOSNo prefácio da obra “Avaliação Psicológica” (Barroso et al., 2015), Denise Bandeira emprega o conceito...
04/10/2021

PSICÓLOGOS VÁLIDOS

No prefácio da obra “Avaliação Psicológica” (Barroso et al., 2015), Denise Bandeira emprega o conceito “validade” como atributo indispensável à prática da Psicologia. Tradicionalmente, o conceito de validade é atribuído aos te**es psicológicos, significando o “grau que o teste mede o que se propõe medir” e “quão bem ele faz isso” (Anastasi & Urbina, 1997).

Essa linha de raciocínio é retomada por Trentini et al. (2016) no livro “Psicodiagnóstico” (Hutz et al., 2016). Objetivamente, as autoras querem frisar que “de nada vale o teste ser válido e aprovado pelo CFP, se o psicólogo não for válido, quer dizer, ele precisa ter o conhecimento, a formação e a técnica para aplicar determinado instrumento”. Essa preocupação também é apontada por Krug et al (2016), no capítulo de conceitualização do livro “Psicodiagnóstico” (Hutz, et al., 2016): “o aperfeiçoamento dos te**es [...] deve ser acompanhado por uma formação teórica que também possibilite um psicólogo válido”.

Essa é uma competência prevista nas “diretrizes para o ensino de avaliação psicológica” - ter conhecimento sobre validade, precisão, normatização e padronização de instrumentos psicológicos (Nunes et al., 2012). Entretanto, Ambiel et al (2019) apontam que “ainda são poucos os avanços no que diz respeito aos conteúdos ministrados em disciplinas de avaliação psicológica, sendo o principal aspecto a ser trabalhado o fato de o ensino ser marcadamente tecnicista e pouco reflexivo”. Nesse sentido, Ambiel et al (2019) reafirmam que a necessidade de se “desenvolver competências referentes ao conhecimento sobre as propriedades de te**es psicológicos é fundamental para uma compreensão aprofundada dessa ferramenta”.

Não é obrigação de um psicólogo se tornar um psicometrista, mas é necessário que esse profissional compreenda conceitos básicos, como distribuição normal, medidas de tendência central, desvio padrão, escore Z, percentil, etc.. Processos de avaliação psicológica devem buscar o maior número de evidências acerca do fenômeno que está sendo investigado. Abrir mão de uma fonte fundamental (te**es psicológicos) não é recomendável. Utilizar um teste de forma alienada também não. Sigamos!

John Dewey (1859-1952), filósofo e pedagogo, foi considerado um dos maiores teórico norte-americano do século XX e um do...
24/08/2021

John Dewey (1859-1952), filósofo e pedagogo, foi considerado um dos maiores teórico norte-americano do século XX e um dos principais representantes da corrente pragmática (ou “instrumentalismo”), radicalmente voltada aos efeitos práticos decorrentes do processo de ensino. Dewey foi um importante ativista e defensor da democracia, a qual considerava um meio de autorrealização para o desenvolvimento do indivíduo, tendo participado de movimentos em defesa de várias causas sociais. Sua pedagogia instiga à participação ativa na vida pública e social.

TEORIA DAS PERSONALIDADES VOCACIONAIS DE HOLLANDA teoria das personalidades vocacionais de John Holland (1997) é uma das...
30/07/2021

TEORIA DAS PERSONALIDADES VOCACIONAIS DE HOLLAND

A teoria das personalidades vocacionais de John Holland (1997) é uma das teorias mais relevantes e utilizadas no campo da Orientação Profissional e de Carreira (OPC). Holland propôs que as pessoas tendem a buscar e a criar ambientes de trabalho que lhe proporcionem expressar suas preferências e características pessoais. Quanto maior o grau de congruência (similaridade) entre as características das pessoas e dos ambientes de trabalho, maior a satisfação com o trabalho, o sucesso e a persistência na ocupação (Ambiel, 2019).

Holland (1997) estabelece seis tipologias profissionais como forma de classificação de pessoas e de ambientes de trabalho. A teoria estabelece que conjuntos de interesses profissionais (padrões de preferência, neutralidade ou aversão) que as pessoas desenvolvem frente a certas atividades podem ser classificados da seguinte forma: Realista (R), Investigativo (I), Artístico (A), Social (S), Empreendedor (E) e Convencional (C).

Acompanhe mais pelo carrossel! :)

REFERÊNCIAS:
Ambiel, R. (2019). Avaliação psicológica aplicada aos processos de escolha e transição de carreira. In Baptista et al. (Org.) Compêndio de avaliação psicológica. Editora Vozes.

Holland, J. L. (1997). Making vocational choices: A theory of vocational personalities and work environments. Psychological Assessment Resources.

Martins et al. (2019). Personalidade Vocacional: RIASEC. Disponível em: https://drive.google.com/file/d/1GD59VNJyf7dBNLyh9vgkLPy1Okhi3wlG/view

COMO FORMULAR UM PROBLEMA DE PESQUISA QUANTITATIVA? [1/2]Mundo das ideiasDe acordo com Sampieri et al. (2010), o nascime...
26/07/2021

COMO FORMULAR UM PROBLEMA DE PESQUISA QUANTITATIVA? [1/2]

Mundo das ideias

De acordo com Sampieri et al. (2010), o nascimento de um problema de pesquisa se inicia a partir da geração de uma ideia.

As ideias são o primeiro contato do pesquisador com determinada realidade (objetiva, subjetiva, intersubjetiva) que será pesquisada. Elas podem surgir ao acaso ou serem fruto de investigações científicas sucessivas.

Mundo das ideias

Ideias podem ter sua origem de diversas fontes e não existe uma hierarquia entre fontes. Por exemplo, uma ideia que surge advinda da leitura de um artigo científico não é melhor ou pior do que uma ideia que surge a partir de um filme de comédia (etc.).

Toda ideia inicial se apresenta com certa imprecisão e exige trabalho para que possa ser transformada em uma formulação mais precisa e estruturada. Isso ocorre por meio da familiarização do pesquisador com o campo de conhecimento onde essa ideia se encontra.

Das ideias à entrada no tema de pesquisa:

Ao busca se familiarizar com o campo de conhecimento, o pesquisador realiza sua entrada no tema de pesquisa, conhecendo os trabalhos anteriores – principalmente nos primeiros voos como pesquisador. Quanto maior a familiaridade com o tema, mais rápido será o processo de estruturação da ideia da pesquisa.

Da estruturação da ideia ao problema de pesquisa:

De acordo com Sampieri et al. (2010, p. 61), “formular um problema não é nada mais do que aprimorar e estruturar mais formalmente a ideia de pesquisa”. Dependendo do nível do quão familiarizado o pesquisador está acerca: do tema, da complexidade própria da ideia, dos estudos antecedentes, do seu empenho e de suas habilidades.

Da estruturação da ideia ao problema de pesquisa:

Formular o problema de pesquisa é coloca-lo em “termos concretos e explícitos, de maneira que seja suscetível de ser pesquisado com procedimentos científicos”.

Sampieri et al. (2010) consideram que são cinco os elementos para formulação de um problema de pesquisa: os objetivos, as perguntas, a justificativa, a viabilidade e a avaliação das deficiências no conhecimento do problema.

Sampieri et al. (2010). Metodologia de pesquisa. Penso Editora.

COMO FORMULAR UM PROBLEMA DE PESQUISA QUANTITATIVA? [2/2]Elementos do problema de pesquisa: Sampieri et al. (2010) consi...
19/07/2021

COMO FORMULAR UM PROBLEMA DE PESQUISA QUANTITATIVA? [2/2]

Elementos do problema de pesquisa:

Sampieri et al. (2010) consideram que existem cinco elementos essenciais para formulação de um problema de pesquisa: as perguntas, os objetivos, a justificativa, a viabilidade e a avaliação das deficiências no conhecimento do problema.

Embora Sampieri et al. (2010) considerem que pesquisadores inexperientes possam ser alheios ao conhecimento já produzido e por isso não consigam de antemão estabelecer uma avaliação das deficiências no conhecimento existente (do problema), essa desculpa não vai “colar” aqui. Vamos começar justamente por esse elemento.

Avaliação das deficiências no conhecimento do problema:

De acordo com Batthyány et al. (2011), um problema de pesquisa se expressa como um conjunto de perguntas que queremos responder via processo de investigação científica.

Um problema de pesquisa é uma problematização de um aspecto do tema de estudo e, inevitavelmente, reflete um “vazio” de conhecimento científico de interesse prático e/ou teórico. É esse vazio que justifica todo o processo de investigação.

Pergunta(s):

São a expressão do “vazio” de conhecimento e nos conduzem as respostas que queremos obter com a pesquisa. Devem ser formuladas de maneira precisa, específicas e limitadas (temporal e espacialmente).

Objetivo(s):

São as guias do estudo. O alvo almejado após a resolução das perguntas de pesquisa. Indicam onde queremos chegar e devem ser expressos com clareza, minimizando distorções no processo.

Justificativa(s):

Pesquisas científicas não devem ser realizadas apenas por mero capricho do pesquisador. A justificativa de uma pesquisa científica deve considerar apresentar argumentos em favor da sua relevância social, teórica, metodológica e implicações práticas.

Viabilidade:

Mesmo que você seja um magnata, toda pesquisa deve considerar a disponibilidade de recursos financeiros, humanos, materiais e de acesso ao contexto e a população pesquisada.

Referência:
Batthyány et al. (2011). Metodología de la investigación en Ciencias Sociales. Universidad de la República.

Sampieri et al. (2010). Metodologia de pesquisa. Penso.

COMO FORMULAR UM PROBLEMA DE PESQUISA QUALITATIVA?Existem seis elementos fundamentais para formulação de um problema qua...
15/07/2021

COMO FORMULAR UM PROBLEMA DE PESQUISA QUALITATIVA?

Existem seis elementos fundamentais para formulação de um problema qualitativo de pesquisa:

1) Objetivos
2) Perguntas
3) Justificativa
4) Viabilidade
5) Avaliação das deficiências
6) Definições do ambiente ou contexto.

O processo qualitativo é não-linear, iterativo, recorrente e a tarefa de coletar dados é contínua.

Objetivo(s):

Expressam a intenção da pesquisa em uma ou várias orações. É recomendado que o objetivo procure explorar e compreender um único fenômeno (de início) sem antecipar possíveis vínculos e relações.

Sampieri et al. (2010) recomendam utilizar palavras que sugiram trabalho exploratório (ex. razões, sentidos, significados) aliadas a verbos que expressem ações voltadas a compreensão de fenômenos (ex. descrever, compreender, conhecer) e que permitam abertura e flexibilidade.

Os objetivos devem mencionar também os participantes e o lugar do estudo.

Pergunta(s):

Refletem a questão que se almeja responder ao término da pesquisa com o alcance do(s) objetivo(s).

Justificativa:

Uma pesquisa não deve ser feita ao acaso. Uma boa justificativa informa o leitor sobre o valor teórico, a utilidade metodológica, a relevância social, as implicações práticas e a conveniência da pesquisa.

Viabilidade:

Diz respeito aos recursos, tempo disponível e as próprias habilidades do pesquisador que serão necessárias para condução da pesquisa. Também devem ser consideradas questões relacionadas ao acesso ao campo e aos participantes.

Avaliação das deficiências no conhecimento do problema:

Um problema de pesquisa é uma problematização de um aspecto do tema de estudo e reflete um “vazio” de conhecimento de interesse prático ou teórico. Esse vazio indica qual é a contribuição da pesquisa dentro do contexto de conhecimentos produzidos sobre tema.

Definições iniciais do ambiente, contexto ou campo:
O campo prioritariamente privilegia ambientes naturais aos participantes, bem como devem ser definidas as características dos participantes (ex. trabalhadores de uma organização, pacientes com diagnóstico de depressão, etc.).

Referência:
Sampieri et al. (2010). Metodologia de pesquisa. Penso Editora.

TORNE-SE MESTREFala pessoal, tudo certo?Antes de tudo, já marca nos comentários o seu amigo ou a sua amiga psicólogo(a) ...
29/06/2021

TORNE-SE MESTRE

Fala pessoal, tudo certo?

Antes de tudo, já marca nos comentários o seu amigo ou a sua amiga psicólogo(a) que tem o SONHO de entrar no MESTRADO e se desenvolver na carreira acadêmica.

É comum que, ao sair da faculdade, o recém-formado não se sinta preparado para concorrer em um processo seletivo de mestrado e muitas faculdades realmente não preparam seus alunos especificamente para encarar esses processos seletivos.

Medos como o de ser julgado por não possuir um currículo lattes perfeito, de reprovar na prova teórica ou por não saberem por onde começar na construção de um projeto de pesquisa de mestrado impedem excelentes profissionais de, nem se quer, tentar concorrer a um processo seletivo de mestrado. Eu também passei por isso.

E eu preciso ser sincero. Fazer um mestrado vai demandar planejamento, investimento de tempo e dinheiro, muita dedicação e sacrifícios. Entretanto, esse investimento se reflete diretamente no salário ao longo da trajetória profissional. De acordo com os últimos dados da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostras de Dados) feita pelo IBGE em 2019, profissionais com mestrado tem um rendimento salarial 200% superior ao daqueles que têm apenas a graduação.

Se você quer dar esse próximo passo na sua trajetória acadêmica e profissional, eu posso lhe ajudar a desenvolver a sua própria estratégia para se preparar para o processo seletivo de mestrado (ou doutorado), fazendo você economizar tempo e evitar frustrações.

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