26/06/2025
O Tribunal do Júri de Juazeiro do Norte absolveu nesta semana Alex de Castro Aquino, de 42 anos, conhecido como “Zé Doido”, da acusação de homicídio contra o soldado da Polícia Militar José Roberto Lemos Soares, integrante do grupo RAIO, morto em 2016. O julgamento foi transferido da Comarca de Campos Sales por motivo de desaforamento e contou com a participação do réu por videoconferência, a partir do presídio de Itaitinga, onde estava preso há quatro anos.
Apesar da absolvição pelo homicídio, o Conselho de Sentença reconheceu que Alex Aquino foi o autor do disparo que feriu o soldado Edmilson Passos de Araújo, também do RAIO. No entanto, os jurados entenderam que não houve intenção de matar. Com base nisso, a juíza Carliete Roque Gonçalves Palácio sentenciou o réu a um ano de reclusão, pena já cumprida durante o período em que permaneceu detido preventivamente.
Alex de Castro Aquino é um dos vários denunciados por envolvimento em crimes relacionados ao episódio ocorrido em 8 de maio de 2016, em Campos Sales. Na ocasião, uma operação do RAIO foi deflagrada no Bar da Miúda, no bairro Aparecida, após denúncia sobre a chegada de um carregamento de co***na à cidade. O confronto armado entre policiais e suspeitos ligados ao tráfico de dr**as resultou na morte do soldado Lemos, de 25 anos, natural de Juazeiro, e de Luan Silva Teixeira, 26, oriundo de Arcoverde (PE), um dos acusados.
Além das duas mortes, três policiais militares ficaram feridos na ação: Edmilson Passos de Araújo, André Luiz da Silva e José Robson Hércules Lima Monteiro. O processo ainda envolve acusações de homicídio, tentativa de homicídio, porte ilegal de arma de fogo, formação de quadrilha e tráfico de dr**as. Desde o ocorrido, alguns dos réus apontados na investigação foram mortos.
A decisão do júri reacende o debate sobre a complexidade dos processos envolvendo o crime organizado e o risco enfrentado por agentes de segurança pública em operações contra o tráfico no interior do Estado.
Redação: Cariri Metropolitano