Aliena Mundi

Aliena Mundi Descubra seu verdadeiro medo.

🌍 Exploramos o sobrenatural e os mistérios sem solução do mundo inteiro!
👻 Casos assustadores, relatos arrepiantes, contos intrigantes e vídeos sobrenaturais que vão mexer com sua imaginação.
🎥 Prepare-se para mergulhar no desconhecido!

“A ÚLTIMA LUZ”Helena, 15 anos, mora em São Jerônimo do Vale, uma pequena cidade cercada por serras esquecidas pelo tempo...
29/11/2025

“A ÚLTIMA LUZ”

Helena, 15 anos, mora em São Jerônimo do Vale, uma pequena cidade cercada por serras esquecidas pelo tempo. Desde pequena, aprendeu que a vida nem sempre é justa — e quase nunca é gentil. Depois da morte da mãe, vítima de anos de violência silenciosa, Helena passou a viver sob o jugo de Adelmo, seu padrasto, um homem destruído por dívidas e álcool.
Para ele, Helena era um peso, uma lembrança irritante da mulher que ele dizia amar — mas que destruiu pouco a pouco. Quando um proprietário de um salão clandestino, chamado Barreto, surge oferecendo dinheiro em troca de “funcionárias novas”, Adelmo vê sua chance de se livrar do problema e ainda ganhar o suficiente para continuar bebendo.
A transação é feita como se Helena fosse um objeto. E ela é levada para O Farol Vermelho, um salão noturno onde a luz nunca entra completamente, e onde as pessoas esquecem suas dores em troca de outras ainda maiores.
Helena chega entorpecida, sem lágrimas, mas com o medalhão de sua mãe aquecido pela palma da mão — o único fragmento de amor que restou em sua vida.
®️ ©️
No salão, Helena conhece mulheres que carregam feridas invisíveis. Entre elas, destaca-se Miriam, uma mulher mais velha que enxerga em Helena algo que já teve um dia: esperança. É ela quem a ensina as regras do lugar — e também que a sobrevivência ali exige mais do que força. Exige astúcia.
Barreto controla tudo com punho de ferro. Para ele, Helena é apenas outra peça no tabuleiro, outro corpo para lucrar. Mas em pouco tempo, ela demonstra algo que chama atenção: inteligência e coragem. Em vez de quebrar, ela observa, aprende e planeja.
É então que surge Davi, um jovem que faz entregas para o salão. Ele nota a tristeza nos olhos de Helena e tenta ajudá-la oferecendo pequenas gentilezas — água fresca, comida escondida, recados discretos. Aos poucos, torna-se seu primeiro aliado.
Mas uma reviravolta muda tudo: Helena descobre por Miriam que Barreto planeja vendê-la novamente, desta vez para um homem ainda pior, conhecido por “coletar meninas novas”.
Isso significa apenas uma coisa: ou ela foge agora, ou nunca mais sairá viva dali.
Com a ajuda de Miriam e Davi, ela m***a um plano. Mas no último minuto, tudo dá errado — Barreto acorda e a perseguição começa. O salão, sempre abafado e sufocante, torna-se um labirinto de sombras, portas batendo, gritos e passos apressados.
Miriam é capturada para ganhar tempo. E Davi é ferido ao tentar barrar os homens de Barreto.
Helena se vê sozinha na rua fria, com apenas o medalhão da mãe, um casaco velho e um punhado de moedas que escondia havia semanas. Mas agora, pela primeira vez, ela não está fugindo do medo: está correndo em direção à própria liberdade.
®️ ©️
Helena percorre trilhas, estradas e becos pela madrugada, sempre se escondendo. Ao amanhecer, chega à cidade vizinha, onde consegue abrigo em uma pequena igreja abandonada. Lá, ela tem sua primeira noite de sono tranquila em anos.
Acredita estar livre — até descobrir que Barreto colocou homens à sua procura. Ele não quer apenas recuperá-la: quer fazer dela um exemplo para que nenhuma outra tente fugir.
Mas Helena não é mais a menina indefesa que foi vendida. Ela encontra aliados inesperados: uma senhora chamada Rosalva, que a acolhe, e um grupo de jovens que já enfrentou Barreto no passado e quer derrubá-lo de vez.
Juntos, criam uma estratégia para expor o salão e o tráfico comandado por ele. E quando Barreto finalmente aparece para levá-la à força, Helena, protegida pelos novos amigos, vira o jogo.
O salão é fechado, Barreto é preso, e as mulheres sob seu domínio são finalmente libertas — incluindo Miriam, que sobreviveu e reencontra Helena com lágrimas nos olhos.
Helena decide seguir em frente, recomeçar sua história. Não para fugir do passado, mas para provar que nenhum sofrimento definiria quem ela seria.
Com o medalhão da mãe pendurado no peito e o vento da manhã tocando seu rosto, ela enfim percebe:
A liberdade não foi algo que deram a ela. Foi algo que ela conquistou.
E agora nada — absolutamente nada — poderia apagar sua luz novamente.
®️ ©️
A história de Helena é um lembrete poderoso de que, mesmo nos momentos mais escuros, existe uma chama dentro de nós que ninguém pode roubar. A coragem de recomeçar, a força de dizer “basta”, e a ousadia de lutar por si mesmo podem transformar destinos.
Se você também acredita em histórias que inspiram, emocionam e trazem reflexões profundas…

👉 Siga nossa página para acompanhar mais narrativas como esta e mergulhar em histórias que tocam a alma.

Obrigado por ler até aqui. 🌹marque seus amigos, comente sua parte favorita e se bater 20 comentarios e 20 compartilhamentos logo postamos outros relatos!

✨ O PREÇO DO AMULETO ESCARLATE ✨Verônica sempre achou que o mundo lhe devia algo. Desde menina, carregava no peito um re...
29/11/2025

✨ O PREÇO DO AMULETO ESCARLATE ✨

Verônica sempre achou que o mundo lhe devia algo. Desde menina, carregava no peito um ressentimento silencioso, que crescia cada vez que alguém a elogiava menos do que elogiava Camila. Camila era a sombra luminosa que a acompanhava desde a infância: doce, querida, admirada… e agora esposa de Samuel, o único homem que Verônica julgava digno de ser amado. Quando percebeu que nenhuma intriga ou fofoca quebraria a felicidade do casal, decidiu recorrer ao único lugar onde até os mais orgulhosos iam quando já estavam em desespero: a casa da velha bruxa, no final da estrada de terra.
®️ ©️
A anciã a recebeu com um único olho atento e uma calma que parecia zombar de suas intenções. Verônica falou do seu ódio como quem despeja veneno em um copo de cristal: queria tirar tudo de Camila, queria que Samuel a escolhesse, queria ver a outra sofrer como ela jurava ter sofrido por anos. A bruxa ouviu tudo sem pressa, mexendo em frascos empoeirados, até tirar de uma gaveta um amuleto ovalado que pulsava uma luz fraca, quase viva. Disse que o objeto podia realizar o desejo — mas que um ano inteiro ficaria presa ao feitiço, presa ao homem, presa ao preço que isso custaria. Verônica não hesitou; amarrou o colar no pescoço como quem veste a própria vitória.

E funcionou. Em poucos dias, Samuel abandonou Camila e se entregou a ela com devoção obsessiva. Verônica experimentou o gosto de finalmente ser escolhida, admirada, desejada. Mas o sabor durou pouco. Antes do amanhecer do primeiro dia juntos, Samuel passou da doçura à imposição; da imposição ao ciúme; do ciúme à violência. Ele a seguia por todos os cantos, questionava cada suspiro, e bastava que o nome de Camila surgisse por acidente para que seu rosto se transformasse em algo monstruoso. O primeiro tapa veio como um estalo de realidade. Os seguintes vieram como rotina.
®️ ©️
Verônica tentou tirar o amuleto, mas a dor era tão insuportável que caía de joelhos sempre que puxava a corrente. A cada dia, sentia-se mais fraca, mais presa, mais consciente de que havia negociado sua própria liberdade por um amor que nunca existiu. O amuleto brilhava no escuro como um olho sarcástico, como se a bruxa observasse cada sofrimento seu, exatamente como havia previsto.

Meses passaram, arrastados. Verônica já não reconhecia seu rosto no espelho, marcado por hematomas e pela culpa. Tentava se convencer de que só precisava sobreviver até o fim do ano. Até que, numa noite silenciosa, algo mudou. Quando acordou, Samuel não estava na cama. A casa parecia vazia demais. Na cozinha, encontrou o amuleto aberto — a pedra rachada no centro, como se tivesse se partido por dentro. Um frio percorreu sua espinha.

Então ouviu passos lentos no corredor.

Não eram de Samuel.

Uma sombra feminina surgiu, iluminada pela luz suave da lua. Verônica reconheceu imediatamente: Camila. Mas algo estava errado. A pele pálida demais, o vestido sujo de terra, os olhos serenos demais.
®️ ©️
—Eu… eu não fiz nada — sussurrou Verônica, recuando, o coração batendo descontrolado.

A figura parou diante dela. Não havia ódio em seu olhar — apenas uma tristeza profunda, como quem finalmente vê o último pedaço de uma história dolorosa.

E então Verônica entendeu.

Samuel não tinha ido embora.

Samuel estava atrás de Camila.

Ou melhor… estava com ela.
®️ ©️
Para sempre.

O amuleto, que deveria amarrá-lo a Verônica, havia amarrado sua obsessão até o limite da loucura — e naquela madrugada silenciosa, Samuel perseguira a antiga esposa até o matagal atrás da casa. Camila, agora apenas o eco de si mesma, acompanhava o homem que ela nunca desejou perder, mas que jamais conseguiu salvar. Ambos haviam sido levados pelo feitiço.

Verônica caiu de joelhos. A sombra se aproximou e tocou seu rosto com um gesto quase maternal. A dor sumiu por um instante. O amuleto no chão brilhou pela última vez e se desfaz em poeira.
®️ ©️
Camila virou-se lentamente e caminhou para o corredor, seguida pela presença invisível e pesada de Samuel. Deixaram a casa sem abrir a porta, desaparecendo como névoa antes da manhã.

Verônica permaneceu imóvel, sentindo um silêncio que parecia infinito.
®️ ©️
O ano de servidão acabara.

Mas ela nunca mais seria livre.

FIM.

Obrigado por ler até aqui. 🌹marque seus amigos, comente sua parte favorita e se bater 20 comentarios e 20 compartilhamentos logo postamos outros relatos!

29/11/2025

“A VERDADEIRA HISTÓRIA DO BURGUER KING !”
( criado por fã 👀✨)

Cada 💬 e cada 🔄 é como acender uma nova chama nessa história. É assim que nossa família cresce... e nossos mistérios também 😌🌙.

28/11/2025

“A VINGANÇA DAS GEMÊAS”!
( criado por fã )

Estamos muito felizes em ver vocês aqui com a gente! Seu comentário e seu compartilhamento fazem TODA a diferença — é assim que nossa família cresce e a história continua viva!

🌙 A Dama dos Sonhos DesvanecidosHavia quase um ano que Renato perdera Clara, sua esposa, após uma breve e inesperada doe...
28/11/2025

🌙 A Dama dos Sonhos Desvanecidos

Havia quase um ano que Renato perdera Clara, sua esposa, após uma breve e inesperada doença que transformara a casa antes calorosa em um território silencioso e cheio de memórias pairando nas sombras. Ele era jovem, trabalhador, mas desde a morte dela caminhava como quem arrasta um mundo inteiro nas costas. Ainda vivia na mesma casa, usava a mesma xícara que ela gostava de segurar ao acordar e dormia do lado que antes era dela, como se o vazio tivesse mais peso do que o corpo que antes ocupava aquele espaço.

O que ninguém sabia, nem mesmo os familiares mais próximos, era que Renato jamais dormia em paz. Toda vez que fechava os olhos, Clara aparecia. No início, eram apenas imagens suaves, lembranças distantes de cenas felizes, como se o subconsciente tentasse lhe devolver algo que a vida arrancara. Mas as visões começaram a ganhar força, nitidez e, pouco a pouco, um brilho estranho.
®️ ©️

Clara surgia radiante, bonita como sempre fora, mas agora com um aspecto sutilmente diferente. Os olhos brilhavam demais, como se refletissem estrelas que não pertenciam ao céu, e a pele parecia iluminada por dentro. Ela o chamava com voz doce, convidando-o a caminhar com ela por campos que ele não reconhecia ou para dentro de casas que jamais haviam visitado. Tudo era tão real que Renato acordava com o coração acelerado, a respiração pesada e uma estranha sensação de cansaço — como se tivesse caminhado quilômetros dentro daquele sonho.

Com o passar dos dias, Clara passou a vir todas as noites, sem falhar. Os sonhos se tornaram encontros profundos, envolventes e emocionalmente intensos, mas jamais inadequados. Era como se ela tentasse reatar um elo que fora rompido pela morte, trazendo memórias de afeto, frases que ele achava ter esquecido e gestos tão familiares que faziam seus olhos marejarem ao acordar. Porém, junto de toda essa doçura, vinha algo que ele não conseguia definir: uma exaustão crescente, como se cada visita dela sugasse um pouco de sua vitalidade.
®️ ©️

Renato começou a emagrecer, a ter olheiras profundas, a sentir tremores e tonturas que nenhum médico conseguia explicar. Os exames mostravam que ele estava saudável, mas enfraquecendo rapidamente. Em sua mente, ele associava tudo ao luto, acreditando que era apenas o peso da saudade corroendo por dentro.

Mas numa noite de tempestade, as coisas mudaram. O sonho começou como sempre: Clara o esperava num jardim iluminado pela lua. Só que, dessa vez, ele percebeu que não havia vento, nem barulho de folhas, nem cheiro de terra molhada. O ambiente parecia congelado, como se fosse apenas um cenário m***ado. Clara sorriu, mas seu sorriso tremia, como se lutasse contra algo invisível.

Ela avançou até ele com passos leves, colocou a mão em seu rosto e sussurrou que sentia sua falta todos os dias, todas as horas. Mas quando encostou a testa na dele, Renato sentiu uma força estranha sendo puxada de dentro de seu peito. A visão começou a escurecer como se uma cortina pesada estivesse caindo diante de seus olhos. Clara parecia confusa, aflita, como se também não compreendesse totalmente o que estava fazendo.

Foi então que, pela primeira vez, Renato teve clareza.

Clara não era exatamente Clara. Pelo menos, não mais.

A presença que o visitava todas as noites tinha a aparência dela, sua voz, suas lembranças… mas também carregava algo sombrio, antigo e faminto que se escondia por trás do rosto que ele tanto amava. Aquela entidade estava usando a imagem dela para se aproximar, e cada visita drenava um pouco mais de sua energia vital.
®️ ©️

No sonho, ele recuou, e o ambiente começou a tremer como vidro prestes a se estilhaçar. Clara se encolheu, segurando o próprio vestido, e lágrimas brilhantes escorriam, parecendo fragmentos de luz. Entre soluços, ela disse que não queria machucá-lo, que não fazia ideia de que estava causando dano, e que havia algo — algo atrás dela, algo que a puxara de volta do outro lado para se alimentar de alguém vivo, usando sua forma como disfarce.

Renato tentou tocar sua mão, mas o cenário arrebentou em pedaços, e ele acordou com um grito sufocado, inteiro coberto de suor frio. Pela primeira vez em meses, Clara não aparecera no sonho para acalmá-lo ao final, e sim para se despedir. Ele sabia disso mesmo sem ela dizer as palavras.

Na noite seguinte, antes de dormir, ele colocou sobre o criado-mudo uma velha fotografia deles dois sorrindo na praia, uma vela acesa e uma pequena oração pedindo descanso para quem ele amava. Era seu jeito de dizer que estava pronto para deixá-la partir — não por falta de amor, mas por amor demais.

Naquela noite, Clara voltou.

Mas já não vinha com olhos brilhantes ou com um jardim congelado atrás de si. Ela surgiu envolta em luz suave, menos sólida do que antes, com os contornos quase transparentes. Olhou-o com ternura, como nos tempos em que o mundo era simples, e agradeceu — não com palavras, mas com um silêncio que dizia tudo. Ela se aproximou devagar, tocou seu rosto com a ponta dos dedos, e pela primeira vez desde sua morte, Renato sentiu paz em vez de dor.

Com um último sorriso, ela se desfez em pequenos pontos de luz que se elevaram como vaga-lumes rumo ao céu infinito.

Renato acordou com o coração leve e, pela primeira vez em muito tempo, respirou fundo sem sentir o peso da saudade esmagando seu peito. A casa não parecia mais tão escura, e o dia seguinte surgiu com uma claridade diferente, como se uma janela que estivera fechada por meses tivesse enfim sido aberta.
®️ ©️

Ele não esqueceria Clara. Jamais. Mas agora sabia que ela descansava — e que ele também podia recomeçar.

E naquele novo amanhecer, ambos, cada um do seu lado da eternidade, enfim estavam livres. ✨🌙

FIM

Obrigado por ler até aqui. 🌹marque seus amigos, comente sua parte favorita e se bater 20 comentarios e 20 compartilhamentos logo postamos outros relatos!

28/11/2025

“ O MISTÉRIO ENTRE AS ÁRVORES DE ARARI !”
( criado por fã 👀✨)

Cada 💬 e cada 🔄 é como acender uma nova chama nessa história. É assim que nossa família cresce... e nossos mistérios também 😌🌙.

✨ O SUSSURRO DA LUA PARTIDA ✨Nos arredores de uma pequena cidade chamada Serra do Luar, cercada por m***anhas azuladas e...
28/11/2025

✨ O SUSSURRO DA LUA PARTIDA ✨

Nos arredores de uma pequena cidade chamada Serra do Luar, cercada por m***anhas azuladas e matas antigas, vivia um casal muito querido por todos: Helena e Rodrigo. Eles se conheceram na adolescência, quando ainda dividiam sonhos de estudar, viajar e construir uma vida simples, porém cheia de amor. Moravam numa casinha de madeira que ficava ao lado de um pomar de laranjeiras, onde o vento passava cantando entre as folhas. Eram felizes, companheiros, confiantes um no outro. E quem os via juntos tinha a impressão de que nada poderia separá-los.
Mas o destino, às vezes, gosta de testar até os corações mais fortes.
®️ ©️
Tudo começou quando uma mulher desconhecida apareceu na cidade. Seu nome era Mirella. Ela era dona de uma beleza incomum, daquelas que pareciam quase irreais. Tinha cabelos longos e escuros que brilhavam como asa de corvo, olhos verdes intensos e um sorriso que parecia carregar mistério e promessa ao mesmo tempo. As pessoas comentavam que ela havia comprado uma pequena chácara na região, perto de um riacho escondido. Ninguém sabia de onde viera, mas todos sentiam que havia algo diferente nela — algo que prendia a atenção de quem cruzasse seu caminho.
Rodrigo, como muitos outros, notou a presença da mulher quando a viu pela primeira vez no mercadinho da praça. Ela o observou com intensidade, como se encontrasse nele algo que procurava há muito tempo. Rodrigo apenas cumprimentou educadamente, mas Mirella sorriu de um modo que parecia atravessar qualquer barreira. A partir desse dia, Helena percebeu que o rapaz estava mais distraído do que o normal, apesar de ele negar.
O que Helena não sabia — e talvez nem pudesse imaginar — era que Mirella não era uma mulher comum. Na verdade, era uma antiga praticante de magia, aprendiz de artes que a maioria das pessoas acreditava pertencer apenas a lendas. Ela dominava encantos que mexiam com sentimentos, sombras e desejos, e possuía uma obsessão peculiar: quando algo a atraía, ela o queria por completo. E Rodrigo, com seu jeito gentil e sua alma luminosa, despertou nela uma fome perigosa.
®️ ©️
Mirella começou com feitiços leves, quase imperceptíveis, lançados quando Rodrigo passava pela estrada que levava à chácara dela. Pequenos sussurros no vento, fragrâncias doces que pareciam segui-lo, visões rápidas de um rosto familiar na beira da mata. Rodrigo, achando que era apenas cansaço, tentava ignorar. Mas sempre que fechava os olhos para dormir, a imagem dela surgia de maneira cada vez mais vívida, quase como um chamado.
A magia foi crescendo. Mirella desenhava símbolos com cinzas e pétalas de lírios escuros, acendia velas que queimavam com chamas azuladas e recitava encantos antigos na beira do riacho, pedindo para que o coração de Rodrigo se desviasse do caminho da luz. E lentamente, como uma árvore tomada por uma praga invisível, Rodrigo começou a mudar.
Ele se tornava mais frio, mais distante. Seu sorriso, antes fácil, agora surgia raramente. Seus olhos pareciam sempre perdidos, como se carregassem uma noite interna. Helena tentava conversar, tentava entender, mas ele se fechava cada vez mais. Até que um dia, Rodrigo saiu de casa sem dar explicações e só retornou horas depois — com o cheiro de terra úmida e um olhar que Helena nunca tinha visto.
Pouco tempo depois, ele a deixou.
®️ ©️
A notícia caiu sobre Helena como um temporal repentino. Ela não chorou de imediato, apenas sentiu um vazio enorme, como se alguém tivesse arrancado uma parte de sua alma. Isso porque, no fundo, ela sabia que aquele homem que a abandonara não era mais Rodrigo. Algo o havia tomado, algo que ela não entendia, mas podia sentir.
Enquanto isso, Mirella finalmente conseguiu o que queria. Rodrigo agora estava ao lado dela, preso pelos encantos que moldavam seus pensamentos. Porém, ao conquistar o que desejava, Mirella percebeu uma mudança inesperada. Rodrigo não era mais o homem gentil que ela observara de longe. Sua aura, antes clara, agora estava impregnada por uma escuridão densa que o feitiço havia despertado. Ele olhava para ela sem paixão, sem entusiasmo… apenas com um vazio inquietante que parecia responder mais às trevas do que a qualquer sentimento humano.
Logo, a própria Mirella começou a temer aquilo que havia criado. Rodrigo se tornava mais sombrio a cada dia, mais silencioso, mais imprevisível. Às vezes, ele caminhava pelo terreno da chácara em plena madrugada, falando sozinho palavras que nem ela entendia. Outras vezes, olhava para o espelho por longos minutos, como se procurasse reconhecer quem era. Mirella tentava controlar, mas os feitiços que lançara tinham vida própria — e começaram a fugir de suas mãos.
®️ ©️
Helena, por sua vez, lutava para reconstruir sua vida. Um dia, enquanto caminhava pela beira da floresta tentando acalmar o coração, ouviu um murmúrio vindo do vento. Era suave, quase imperceptível, mas muito familiar. O nome de Rodrigo. Seguiu o som até uma clareira próxima ao riacho, onde encontrou símbolos desenhados no chão, velas queimadas e, ao centro, um lenço que ela mesma havia dado a Rodrigo há anos. Sentiu, naquele instante, que algo sombrio havia sido feito, e que tudo aquilo estava além do que seus olhos podiam ver.
Movida por uma força que nem sabia possuir, Helena começou a investigar. Conversou com moradores antigos, buscou histórias esquecidas, e descobriu que Mirella era descendente de antigas praticantes de magia. Descobriu também que encantos que mexiam com sentimentos podiam trazer consequências irreversíveis — não apenas para a vítima, mas para quem os lançava.
Enquanto isso, o comportamento de Rodrigo piorava. A escuridão parecia dominá-lo por completo. Mirella, apavorada, percebeu que havia perdido o controle das sombras que invocara. E numa noite de lua crescente, quando o céu estava cortado por nuvens prateadas, Rodrigo se aproximou dela com um olhar que não pertencia a nenhum ser humano. Era como se algo antigo, sombrio e faminto estivesse vivendo dentro dele.
Foi então que Helena chegou.
®️ ©️
Ela entrou na chácara segurando apenas uma lanterna e a coragem que encontrou dentro da própria dor. Quando viu Rodrigo, seu coração quase desabou — mas, ao olhar nos olhos dele, percebeu que ainda havia uma pequena chama, tão frágil quanto um fio de luz prestes a se apagar.
Helena o chamou pelo nome. Não gritou, não chorou. Apenas falou com a mesma serenidade de sempre, com o amor que ainda carregava, mesmo ferido. A escuridão ao redor dele oscilou — como se aquela voz familiar tocasse o que restava de sua alma.
Mirella observava em silêncio, com lágrimas ardendo nos olhos. Ela sabia que havia perdido. Sabia que o que fez nunca poderia se sustentar sobre magia ou desejo. E, num último gesto, recuou para a sombra da varanda, permitindo que Helena se aproximasse.
A bruxa então ergueu a mão e desfez o feitiço — mesmo sabendo que isso custaria sua força, talvez até sua vida. A magia se desfez em luz e sombra, girando pelo ar como um pássaro ferido antes de desaparecer na noite.
®️ ©️
Rodrigo desabou nos braços de Helena, exausto, confuso, mas livre.
Mirella caiu de joelhos, os olhos perdidos, a energia esgotada. Ao seu redor, a chácara pareceu suspirar aliviada enquanto a escuridão se dissipava. A mulher que um dia se achou poderosa demais agora parecia pequena diante de seus próprios erros.
Helena levou Rodrigo para casa. O processo de cura foi lento, cheio de silêncios e cicatrizes invisíveis, mas cada dia trazia um pouco mais de luz. E, quando Rodrigo finalmente conseguiu olhar para o espelho e reconhecer quem era, soube que tinha uma segunda chance — uma chance que, desta vez, honraria.
®️ ©️
Quanto a Mirella… ninguém nunca mais a viu na região. Alguns dizem que ela partiu em busca de redenção. Outros afirmam que ainda caminha pelas florestas, tentando aprender a se perdoar. E nas noites em que a lua surge partida entre nuvens, moradores juram ouvir um sussurro distante vindo do vale:
Uma lembrança.
Um arrependimento.
E a certeza de que escuridão alguma pode se sustentar diante da luz do amor verdadeiro.

🖤✨💐🕯️ FIM 👣💀

Obrigado por ler até aqui. 🌹marque seus amigos, comente sua parte favorita e se bater 20 comentarios e 20 compartilhamentos logo postamos outros relatos!


🌵 A FÚRIA SILENCIOSA DO HOMEM BOM No coração seco do sertão cearense, onde a terra rachada contava histórias de luta e r...
27/11/2025

🌵 A FÚRIA SILENCIOSA DO HOMEM BOM

No coração seco do sertão cearense, onde a terra rachada contava histórias de luta e resistência, vivia um homem chamado Seu Amaro, um viúvo respeitado por todos, caçador desde jovem e pai dedicado de dois filhos: a adolescente Lívia e o pequeno Rafael. A esposa havia partido ao dar à luz à menina, e desde então o homem escolhera criar as crianças sozinho. Embora mal soubesse escrever seu próprio nome, era mestre em ler os sinais da caatinga: as pegadas de veados, a trilha fina deixada por tatus, o movimento quase invisível dos mocós camuflados entre galhos secos. Sempre sorridente, Seu Amaro repartia carne com vizinhos, ajudava quem precisava e acreditava profundamente que generosidade era uma moeda que sempre retornava, mais cedo ou mais tarde.
A seca daquele ano, porém, veio mais dura do que qualquer sertanejo lembrava. O sol parecia mais próximo da terra, queimando tudo que tocava. A água rareou, a caça se escondeu, e até os pássaros migraram para longe. Em uma dessas caçadas, Seu Amaro escorregou entre pedras escaldantes e quebrou a perna. Sem poder andar, muito menos caçar, a família passou a depender dos restos que tinham na pequena despensa: algumas raízes ressecadas, um pouco de farinha quase no fim, e o que restava de água nos potes de barro.
®️ ©️
Quando a fome apertou de verdade, Lívia decidiu cobrar a gratidão dos vizinhos que tantas vezes haviam provado da bondade do pai. Caminhou sob o sol impiedoso, com a poeira levantando ao redor dos pés, batendo de porta em porta. Mas as respostas foram apenas negativas. Pessoas fechando janelas, desviando os olhos, inventando desculpas. Todos lembravam dos favores de Amaro, mas ninguém parecia disposto a retribuir. O sertão endurecia não apenas a terra, mas também corações.
Exausta, Lívia encontrou perto do açude seco o filho do comerciante da vila, conhecido por sua arrogância e senso exagerado de importância. Ele carregava sacos de mantimentos e, ao ver a menina aflita, insinuou ter algo guardado para “ajudar”. Pediu que o esperasse nos fundos da venda, prometendo comida. Quando ela foi, o rapaz tentou se aproveitar de sua fragilidade, pressionando-a com insistências e intenções que a assustaram profundamente. Lívia conseguiu escapar, correndo em prantos pela trilha de terra quente até chegar em casa. Não contou tudo em detalhes, mas Rafael entendeu que algo terrível acontecera.
Na manhã seguinte, o jumento que ficava no terreiro começou a zurrar inquieto. Foi quando as crianças perceberam que o pai não estava no esteira. A perna ainda não estava totalmente curada, mas ele havia partido antes de o sol nascer. Horas depois, surgiu no horizonte caminhando devagar, apoiado num cajado improvisado e carregando um grande pedaço de carne fresca, ainda envolto num pano grosso. Disse apenas que a sorte tinha olhado para eles naquele dia. A família comeu o melhor que comeram em semanas.
Na tarde seguinte, correu pelo vilarejo a notícia de que o filho do comerciante havia desaparecido desde a madrugada. Disseram que talvez tivesse se perdido no mato ralo, ou sido pego por algum animal desesperado pela seca. Ninguém sabia ao certo. Mas Seu Amaro, sentado na porta de casa observando o pôr do sol avermelhado, parecia saber mais do que dizia. Havia nele uma serenidade estranha, uma firmeza silenciosa que nunca mostrara antes.
®️ ©️
Lívia, ao olhar o pai naquela luz crepuscular, finalmente compreendeu aquilo que ele repetia desde sempre: bondade não era fraqueza, e nenhum homem bom permitiria que o mal tocasse sua família sem resposta. Naquele sertão duro, onde a vida só prosperava na base da coragem, Seu Amaro era mais forte do que todos imaginavam — e aqueles que confundiam sua generosidade com tolice aprendiam da maneira mais amarga. Depois daquele dia, nunca mais faltou comida na casa deles, nunca mais alguém fechou a porta para a família, e nunca mais alguém ousou testar a fúria silenciosa de um coração bondoso.

🖤✨ 💐 FIM 👣💀

Cada 💬 e cada 🔄 é como acender uma nova chama nessa história. É assim que nossa família cresce... e nossos mistérios também 😌🌙.

27/11/2025

“ O MÉDICO QUE ACORDOU DO PASSADO!”
( criado por fã 👀✨)

Cada 💬 e cada 🔄 é como acender uma nova chama nessa história. É assim que nossa família cresce... e nossos mistérios também 😌🌙.

✨ A MELÓDIA DA BRUXA DO VALE SOMBRIO ✨ No coração de uma região isolada, onde m***anhas antigas projetavam sombras along...
27/11/2025

✨ A MELÓDIA DA BRUXA DO VALE SOMBRIO ✨

No coração de uma região isolada, onde m***anhas antigas projetavam sombras alongadas sobre vales úmidos e florestas densas, existia uma pequena vila chamada Santa Adélia do Norte. Ali, a vida seguia tranquila, marcada por tradições simples, festas locais e o sino da capela que ecoava todas as manhãs. No entanto, além das colinas enevoadas que cercavam a vila, havia um lugar que todos evitavam: o Vale Sombrio. Não havia mapas que o mencionassem, tampouco moradores que ousassem chegar perto. A razão era apenas uma: naquele vale vivia Lirena, a bruxa que muitos acreditavam ser uma invenção para assustar crianças, mas cuja presença se revelava real demais para ser ignorada.
Lirena não era uma criatura monstruosa, nem um vulto deformado como diziam as histórias. Pelo contrário, era uma mulher de beleza misteriosa, de cabelos longos e negros como breu, pele pálida como luar e olhos que refletiam uma tristeza profunda. Anos antes, ela fora uma jovem como qualquer outra, curiosa e apaixonada pela natureza. Mas um acidente a levou a perder toda sua família, e o luto a atraiu para as artes ocultas que encontrou escondidas em livros ancestrais. Aos poucos, seu isolamento se misturou ao poder, e o poder se misturou ao medo do povo, criando sua lenda sinistra.
®️ ©️
A obsessão de Lirena começou no dia em que viu, por acaso, um jovem lenhador chamado Estêvão. Ele caminhava pela floresta próximo ao vale, cantando uma canção que aprendeu com o pai. Sua voz era serena, quente, com uma tranquilidade que Lirena não ouvia há décadas. A bruxa, escondida entre árvores retorcidas, sentiu algo despertar dentro de si — algo que não sentia desde antes de perder tudo. A partir desse dia, passou a observá-lo em silêncio, protegida pelas sombras e pela neblina perene que cobria o vale.
Estêvão vivia uma vida simples com a irmã mais nova, Clara. Trabalhava duro, acordava antes do sol e sempre voltava antes que a noite caísse sobre a mata. Seu riso fácil e sua generosidade o tornavam querido na vila. Para Lirena, que há anos não experimentava qualquer sentimento humano, ele se tornou um farol impossível de ignorar. A cada dia, seu fascínio crescia, transformando-se em um desejo possessivo, quase febril, de fazê-lo olhar para ela como olhava para todos naquela vila acolhedora.
Foi então que a bruxa deu início aos primeiros feitiços. No princípio eram inofensivos, quase infantis, como pequenos encantos lançados entre árvores para torná-lo curioso, para atraí-lo mais perto do limite do vale. Ventos sussurravam seu nome quando ele passava, folhas dançavam na sua frente como se o guiassem. Estêvão apenas sorria, achando que a floresta estava em dias caprichosos, e seguia seu caminho.
Mas a leveza dos feitiços logo se transformou em algo mais sombrio. Lirena começou a lançar encantamentos que afetavam seus sonhos. Estêvão passou a sonhar com uma mulher de olhos brilhantes, que o chamava numa clareira iluminada. A cada sonho, sentia uma estranha melancolia ao acordar, como se alguém pedisse por ele. Clara, percebendo que o irmão estava inquieto, tentava fazê-lo descansar e trabalhar menos, mas as visões se tornavam mais fortes e insistentes.
®️ ©️
Com o passar das semanas, os efeitos começaram a alcançar também os arredores da vila. Animais apareciam parados à porta da casa de Estêvão, como que hipnotizados. Objetos mudavam de lugar sozinhos. A madeira que ele cortava parecia mais pesada, como se resistisse às suas mãos. A energia ao redor dele se tornava intensa demais para ser ignorada, e aldeões supersticiosos começaram a evitar sua presença sem saber exatamente por quê.
Quando percebeu que Estêvão ainda não vinha até ela, Lirena decidiu ultrapassar um limite que jurara jamais cruzar. Sob a luz de uma lua que parecia maior do que o habitual, ela preparou um feitiço de amarração proibido, capaz de dobrar a vontade de alguém — mas com um preço. Feitiços assim exigiam parte da energia vital de quem os lançava, e mais ainda, eram imprevisíveis. Mas Lirena estava cega por sua obsessão, e a saudade que sentia de ser amada pareceu justificar o risco.
Naquela noite, Estêvão acordou subitamente tomado por um impulso inexplicável. Saiu de casa sem perceber que Clara dormia no outro quarto, sem perceber que caminhava descalço, sem notar a temperatura congelante da madrugada. Seus passos o levaram para dentro da mata, guiado por um chamado silencioso que vinha do coração do Vale Sombrio.
Ele caminhou até uma clareira que parecia respirar luz azulada, como se estivesse viva. Ali, Lirena o esperava, cercada por velas que flutuavam como pequenos sóis, e pela aura prateada do feitiço que se espalhava por seus dedos. Quando Estêvão a viu, sentiu uma sensação estranha, uma mistura de medo, fascínio e reconhecimento. Era como se ela fosse a mulher dos seus sonhos — porque era mesmo. Mas algo em seu peito o alertava que havia algo errado naquele brilho, naquela aura.
Antes que Lirena pudesse completar o feitiço, Clara surgiu, ofegante, tendo seguido o rastro do irmão pela mata. Ela entrou na clareira e, ao ver Lirena, seus olhos se encheram de terror. A bruxa, surpresa pela interrupção, sentiu o encanto perder força. O círculo de velas estremeceu, a luz vacilou. Clara, desesperada, agarrou a mão do irmão, gritando seu nome.
A pausa foi suficiente para quebrar a última linha do feitiço. Uma onda de energia escapou das mãos de Lirena, ricocheteou no ar e explodiu em uma espiral de fumaça prateada. O impacto lançou a bruxa ao chão. A luz das velas se apagou de uma só vez, mergulhando a clareira no breu.
Quando Lirena conseguiu abrir os olhos novamente, viu Estêvão ajoelhado ao lado dela. Seus olhos não carregavam encanto algum — apenas humanidade. Clara o segurava, atenta, mas não impedia que ele se aproximasse. E naquele instante, como se o efeito do feitiço tivesse exposto algo que a bruxa nunca percebeu, Estêvão olhou para ela com compaixão. Não com paixão, nem interesse, mas com a simples bondade que sempre carregou.
A compaixão partiu Lirena mais profundamente do que qualquer rejeição poderia. Pela primeira vez depois de tantos anos, ela percebeu o quanto havia se afastado de tudo que era verdadeiramente humano. Percebeu que seu amor nunca seria correspondido não porque era uma bruxa, mas porque amor não nasce de magia, nem de feitiços, nem de obsessão — nasce de liberdade.
®️ ©️
Com lágrimas silenciosas, ela levantou a mão e desfez o último resquício de encantamento que ainda prendia Estêvão. Fez isso sabendo que, ao retirar a magia, também abriria mão de qualquer chance de vê-lo novamente. Fez isso porque, no fundo, finalmente entendia que aquele sentimento precisava ser libertado.
Clara e Estêvão recuaram, levando consigo o silêncio respeitoso que só existe diante de algo doloroso e incompreensível. Eles se afastaram da clareira e desapareceram na escuridão da mata. Lirena os observou até não conseguir mais ouvir seus passos.
Sozinha, a bruxa do Vale Sombrio deixou que a aura que a envolvia se dissolvesse, retornando ao estado pacífico que abandonara há tanto tempo. A noite parecia ouvir seu lamento, mas também parecia abraçá-la com uma calma inesperada. Pela primeira vez em décadas, Lirena sentiu leveza — não por ter alguém, mas por finalmente deixar ir aquilo que não lhe pertencia.
Na manhã seguinte, moradores da vila notaram que a névoa densa que cobria o vale havia desaparecido. O ar estava mais claro, a floresta parecia menos opressiva. E embora ninguém soubesse exatamente o que aconteceu naquela noite, os mais sensíveis diziam que algo havia mudado para melhor.
®️ ©️
E, escondida entre as sombras suaves do Vale Sombrio, Lirena caminhava pela floresta com passos tranquilos, livre de sua própria prisão, seguindo um caminho novo, feito não de obsessão, mas de redenção. A bruxa que antes aterrorizava histórias agora se tornava apenas uma lenda melancólica, que o vento carregava entre as árvores — uma lembrança de que até os corações mais carregados podem encontrar paz quando escolhem abandonar aquilo que nunca deveria ter sido mantido.
E assim, a melodia da bruxa ecoou uma última vez, suave como um adeus, antes de desaparecer para sempre no silêncio do vale.
🖤✨💐🕯️ FIM " 👣💀
Obrigado por ler até aqui. 🌹marque seus amigos, comente sua parte favorita e se bater 20 comentarios e 20 compartilhamentos logo postamos outros relatos!


Endereço

Londrina, PR

Notificações

Seja o primeiro recebendo as novidades e nos deixe lhe enviar um e-mail quando Aliena Mundi posta notícias e promoções. Seu endereço de e-mail não será usado com qualquer outro objetivo, e pode cancelar a inscrição em qualquer momento.

Entre Em Contato Com O Negócio

Envie uma mensagem para Aliena Mundi:

Compartilhar