03/06/2025
O desejo constante de agradar os outros pode ter raízes profundas em nossas vivências emocionais e relacionais. Muitas vezes, ele está ligado a uma necessidade de validação, uma busca inconsciente por amor, aceitação ou aprovação. Desde a infância, podemos aprender que sermos aceitos depende de atender às expectativas alheias, deixando de lado nossas próprias vontades e necessidades.
Esse comportamento pode ser especialmente forte em pessoas que vivenciaram críticas frequentes, rejeições ou que se sentem responsáveis pelo bem-estar emocional de quem está ao redor. Assim, agradar os outros se torna uma estratégia para evitar conflitos, rejeições ou sentimentos de inadequação.
No entanto, essa necessidade pode se transformar em um ciclo exaustivo: quanto mais nos doamos aos outros, menos espaço sobra para olharmos para nós mesmos. E, ao negligenciar nossas próprias necessidades, surge um vazio interno, uma sensação de que nunca somos suficientes.
Refletir sobre esse comportamento é um passo importante para compreender que o equilíbrio entre cuidar de si e atender aos outros é essencial para uma vida emocionalmente saudável. Agradar pode ser bonito quando genuíno e feito de forma equilibrada, mas nunca às custas de nossa própria essência.