24/07/2025
LANÇAMENTO HOJE .
APRESENTAÇÃO DO LIVRO
Raízes e Rumos: A Historicidade dos Direitos Humanos
Por Wagner Filgueira
Escrever este livro foi como caminhar por uma linha férrea infinita. Cada dormente representa uma etapa da humanidade — seus avanços, suas tragédias, suas conquistas e suas recaídas. Em cada estação por onde passei, vi novas leis nascerem, novos conflitos se instaurarem, novas feridas se abrirem… e, junto delas, pessoas dispostas a combatê -las. Gente que ousou acreditar que os direitos humanos não são favores, mas fundamentos. Não são caprichos de uma elite progressista, mas necessidades básicas do ser humano.
Mas também vi, em cada curva dessa ferrovia, discursos sendo construídos para desacreditar essa luta. Vi — e continuo vendo — a retórica rasteira que tenta resumir os direitos humanos a “direitos de bandidos”, como se defender a vida, a dignidade, o pão e o teto fosse um luxo reservado a quem está fora das estatísticas criminais. Como se a empatia fosse um erro de julgamento. Como se o Estado não tivesse a obrigação de proteger e reparar.
Escrevi este livro com os pés no chão e o celular nas mãos. Não tive um escritório. Não tive silêncio. Não tive tempo livre. Escrevi enquanto caminhava pelas ruas, enquanto participava de reuniões com ativistas, enquanto enfrentava o barulho das avenidas e o cansaço da militância. Em cada parágrafo, há suor, indignação e resistência. Há noites mal dormidas e manhãs de luta. Há realidades que não cabem em manchetes, mas que gritam nas esquinas.
Não fiz aqui uma obra acadêmica no sentido formal. Fiz uma obra visceral. Misturei minha história com a história do mundo. Comentei artigo por artigo da Declaração Universal dos Direitos Humanos, intercalei capítulos com figuras como Zumbi dos Palmares, Marielle Franco, Martin Luther King Jr., Paulo Freire, Noam Chomsky, Dom Helder, Betinho. Falei da fome, da prisão, da escravidão moderna, das redes sociais, da mídia que desinforma, do Estado que prende mais do que protege.
Este livro é o resultado de um percurso. Um caminho feito de palavras e cicatrizes. De memória e militância. Um chamado à reflexão, à ação e à solidariedade. Um convite para embarcar nessa ferrovia sem fim — porque os direitos humanos não têm ponto final. Eles continuam, resistem, e seguem em frente.
Que cada leitor ou leitora, ao virar essas páginas, sinta-se não apenas informado, mas convocado. Porque onde houver injustiça, ainda haverá uma estação por construir.
Att
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