18/10/2025
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Você já imaginou que uma descoberta feita no Brasil pode vir a transformar radicalmente a vida de pessoas com lesões na medula espinhal? Pois é exatamente isso que a ciência está começando a mostrar. Cientistas da UFRJ, em parceria com o laboratório Cristália, desenvolveram um medicamento experimental chamado polilaminina, que tem resultados promissores em pacientes tetraplégicos e paraplégicos.
A base dessa inovação é a proteína laminina, extraída da placenta humana — um “andamento biológico” que já existe no corpo durante o desenvolvimento do sistema nervoso, mas que quase não se encontra em adultos. O que os pesquisadores fizeram foi “recriar” essa estrutura para que, aplicada diretamente na medula espinhal ferida, ela oriente a regeneração de neurônios, ajude a formar novos axônios (os fios que transmitem impulsos nervosos) e, com isso, restabeleça parte ou totalidade da comunicação entre cérebro e corpo.
Os resultados revelam que o tempo é um fator crucial: todas as maiores recuperações ocorreram quando a medicação foi aplicada nas primeiras 24 horas ou poucos dias após a lesão. Pacientes como Bruno Drummond de Freitas, que ficou tetraplégico após um acidente, recuperaram movimentos completos. Outro caso é o da atleta paralímpica de rúgbi Hawanna Cruz Ribeiro, que após três anos com tetraplegia conseguiu restaurar entre 60% e 70% do controle do tronco e parte da sensibilidade.
Apesar de tudo isso ser extremamente animador, há ainda um caminho a percorrer. O tratamento até aqui está em fase experimental, aplicado em número limitado de pacientes. A Anvisa precisa autorizar os estudos clínicos regulatórios mais amplos para comprovar segurança e eficácia em larga escala. Além disso, é preciso observar os efeitos a longo prazo, saber se funciona tão bem em casos mais antigos, em lesões crônicas, e como cada perfil de paciente responde.
Essa descoberta não é só motivo de esperança — é prova de que investimento em ciência brasileira pode gerar conquistas grandiosas. Imagine quantas vidas poderão ser transformadas quando esse tratamento estiver disponível: pessoas que perderam movimentos, autonomia e esperanças, podendo ter uma nova chance de caminhar, sentir ou simplesmente recuperar parte da qualidade de vida. Que essa notícia possa inspirar apoio à pesquisa, valorização dos cientistas e atenção das autoridades para que esse avanço possa chegar logo a quem precisa. 🙌✨