05/11/2025
🟢 Guerra e perseguição religiosa mergulham o Sudão em nova onda de sofrimento
O Sudão, que há poucos anos caminhava em direção à liberdade religiosa e a um cenário de maior tolerância, vive hoje um dos períodos mais sombrios de sua história recente. Um golpe de Estado, seguido por uma guerra devastadora, destruiu as esperanças de paz e mergulhou o país em uma crise humanitária sem precedentes — especialmente para os cristãos.
Após um ano e meio de conflito, o Sudão enfrenta a maior crise de deslocamento e fome do mundo, com cerca de nove milhões de pessoas obrigadas a fugir de suas casas. O caos e a violência se espalham por todo o território, e em meio a essa tragédia, os cristãos voltam a ser alvos de perseguição e discriminação.
Segundo organizações de direitos humanos, mais de 100 igrejas foram danif**adas desde o início da guerra. Além disso, há relatos de sequestros, assassinatos e ataques direcionados a comunidades cristãs. A situação é ainda mais delicada para os sudaneses que deixaram o islamismo para seguir o cristianismo — eles enfrentam forte rejeição de suas famílias e comunidades, sendo obrigados a ocultar sua fé, muitas vezes até de seus próprios filhos, para sobreviver.
A fome, que atinge milhões, também escancara a discriminação sistemática. Cristãos relatam ser deixados de fora das redes de apoio e distribuição de alimentos, enfrentando ainda mais dificuldades para encontrar ajuda. As igrejas, que tradicionalmente serviam como pontos de solidariedade e refúgio, estão em grande parte em fuga ou destruídas pela guerra.
O sonho de um Sudão livre, plural e em paz parece mais distante do que nunca. Enquanto a comunidade internacional tenta intervir diante da catástrofe humanitária, os cristãos sudaneses lutam para manter viva a fé em meio à destruição, à fome e ao medo.