15/08/2023
Nesta terça-feira (15), a Petrobrás anunciou que vai aumentar os preços da gasolina e do diesel a partir desta quarta-feira (16). Os trabalhadores brasileiros já viram esse filme, e não vale a pena ver de novo. Conforme o anúncio, nas refinarias o litro da gasolina vai subir R$ 0,41, enquanto o diesel terá uma alta de R$ 0,78, o que equivale a aumento de 16,27% e 25,83%, respectivamente.
Em nota, a empresa disse que, devido à “consolidação dos preços de petróleo em outro patamar, e estando a Petrobras no limite da sua otimização operacional, incluindo a realização de importações complementares, torna necessário realizar ajustes de preços para ambos os combustíveis, dentro dos parâmetros da estratégia comercial, visando reequilíbrio com o mercado e com os valores marginais para a Petrobras”. Isso significa que, na prática, o preço de paridade de importação (PPI) acabou apenas no discurso. Além do mais, esse aumento reflete ainda a pressão e o peso do processo de privatização.
De acordo com a Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET), a “elevação dos preços ocorre depois de importadores e porta vozes dos controladores de refinarias privatizadas protestarem que os preços estariam defasados em relação ao mercado internacional, após alta das cotações do petróleo”. Não por acaso as ações da Petrobrás subiram nas Bolsas de São Paulo e Nova Iorque.
Esse novo aumento demonstra que o governo Lula-Alckmin não rompeu com a política de privatização que Bolsonaro tinha para a Petrobrás, cuja lógica é a de garantir maior lucratividade para os acionistas, ainda que isso custe combustíveis mais caros para o povo. Nossa campanha segue defendendo que a Petrobrás precisa ser 100% pública e estatal, controlada pelos trabalhadores e a serviço das necessidades da população.
É urgente cancelar todas as privatizações feitas na Petrobrás, a começar pelas refinarias vendidas por Bolsonaro e a BR Distribuidora, e reestatizar todo o patrimônio privatizado.