
08/04/2025
Paixão de Cristo volta a ser encenada após cinco anos em Nova Hartz; ator foi agredido em 2018
Apresentação ocorre no sábado (12) às 20 horas e local foi alterado por motivos de segurança
Com a aproximação da Páscoa, muitas cidades preparam suas encenações da Paixão de Cristo. A peça conta a história da prisão, tortura, crucificação e morte de Jesus Cristo, sendo elemento fundamental na fé cristã.
Em Nova Hartz, no Vale do Sinos, o espetáculo estava suspenso desde 2020, quando o mundo foi assolado pela pandemia da Covid-19. No entanto, um episódio dois anos antes, no dia 30 de março de 2018, marcou a encenação na cidade.
O ator que interpretava um soldado romano foi agredido. O espectador invadiu o palco montado na Praça do Trabalhador e, usando um capacete, passou a deferir golpes no artista. Ele acabou contido e a Brigada Militar (BM) acionada, porém ao chegar no local a situação já havia sido contornada.
A confusão ficou marcada na memória do grupo de teatro Planeta Jovem, responsável por produzir a encenação. “Foi chocante. O teatro de rua é mais complicado, está sujeito a diversas possibilidades”, explica o coordenador do projeto, Adriano Ferreira.
Entretanto, apesar do susto, Ferreira afirma que a pausa após a pandemia não foi causada pelo incidente. “Tanto que em 2019 a peça foi realizada. Tivemos esse período sabático por outros motivos. Até tentamos voltar em 2022, mas são muitos atores e estávamos com dificuldades para encontrar pessoas.”
O coordenador lembra que nesse meio tempo, um novo espetáculo foi criado. “Passamos a produzir o Especial de Natal, também em Nova Hartz. Então, muitos artistas estão envolvidos, o que acabou inviabilizando a Paixão de Cristo, agora conseguimos.”
Mudança de local
Após o hiato de cinco anos, o local da peça foi modificado por motivos de segurança. “Apesar de não ter receio, optamos pela mudança para a Rua Coberta”, diz. Ferreira reitera que todos buscam conversar sobre o acontecido de 2018. “Explicamos para os envolvidos como foi o episódio e que não devem se preocupar.”