17/09/2025
O primeiro registro de “gaúcho” surgiu em Santa Fé (atual Argentina) em 1617, quando “moços perdidos”, vestidos ao estilo dos charruas, com botas de garrão de potro, chiripá e poncho, e assaltavam as estâncias de gado.
Cartas jesuítas de 1686 falam nos “vagos ou vagabundos” pilhando estâncias missioneiras. Em 1820, Saint-Hilaire estabeleceu as diferenças entre o “campeiro”, que trabalhava nas estâncias, e o “gaúcho”, pilhador, ladrão que não entendia o significado de pátria. Notem, todas essas alcunhas vieram de escritores que representavam o poder político e econômico colonialista.
Sendo assim podemos, numa perspectiva dos oprimidos, afirmar que o gaúcho histórico negava a condição de domado pelos poderosos e ignorava acordos sociais.
A etimologia da palavra vem do idioma dos índios andinos Mapuches, que quer dizer “homem solitário, solteiro”.
Ou seja, nada de parecido com a ideia de gaúcho que o MTG nos conta ou que o poder do latifúndio quer que saibamos, pois querem um gaúcho subserviente que odeia outros oprimidos como se ele o fosse parte dos opressores sem ser dono nem da terra debaixo das unhas.
Gaúcho não existiria sem os indígenas locais!..🐎
Fonte: Éric Vargas