Jornal Toda Hora

10/10/2025

“Descentralizar ou desmantelar?”

Parece que a Prefeitura de Campo Bom encontrou uma nova palavra para suavizar decisões impopulares: “descentralização”. O alvo da vez é o CEMADE, o Centro Municipal de Apoio à Diversidade Escolar — referência no atendimento a alunos com necessidades especiais e dificuldades de aprendizagem. O projeto “inovador” do governo prevê espalhar o atendimento em postos de saúde e escolas a partir de 2026. Bonito no papel, mas na prática soa mais como um “fim elegante” para um serviço que funciona. Afinal, descentralizar o que está dando certo é o mesmo que desmontar o carro para ver se ele anda melhor em peças. Pais e profissionais estão indignados, e com razão: por que mexer no que está funcionando? A cidade inteira sabe que o CEMADE é um dos poucos setores da educação que realmente entrega resultado. Mas, claro, sempre há espaço para uma “reorganização” — principalmente quando ninguém da comunidade foi ouvido.

E a Prefeitura, será que vai “descentralizar” também as explicações?

🗞️ Coluna Política • José B. Pinheiro

10/10/2025

Justiça Estadual suspende ordem de desocupação do campo do Botafogo

A 1ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça do Estado do Rio Grande do Sul suspendeu a ordem de desocupação da área onde se localiza o campo do Botafogo Futebol Clube, tradicional clube do bairro Jardim Mauá com mais de 70 anos de história. O clube vem mobilizando a comunidade do bairro, assim como vereadores e líderes comunitários, contra a decisão do Executivo hamburguense, que pretende desocupar a área para a construção de um parque urbano.

O clube também entrou com ação de Agravo de Instrumento contra o município na 1ª Câmara Cível da Justiça Estadual, que deferiu o efeito suspensivo da Notif**ação nº 02/2025, emitida pela prefeitura, e “de qualquer outro ato administrativo tendente a promover a desocupação do imóvel, até julgamento final do presente recurso por esta Câmara”. Na justif**ativa, a Desembargadora Relatora Cristiane da Costa Nery aponta que o Botafogo “ocupa o imóvel há mais de 35 anos, período que consolidou legítima expectativa de continuidade e relevância social pelo próprio Município, ao declará-lo entidade de utilidade pública”.

Ela ainda aponta que o cumprimento imediato da ordem de desocupação, previsto para ocorrer em dezembro, poderia ocasionar a interrupção das atividades do clube, com prejuízos aos projetos sociais em andamento e à comunidade beneficiada. A prefeitura pode recorrer da decisão.

10/10/2025

“Quando come doce, se lambuza — e perde o diálogo”

A sessão da Câmara desta segunda (06) teve direito a drama, ironia e um toque de vaidade política. O vereador Celsinho (Republicanos) comentou que a presidente Kayanne (PDT) vinha sendo bombardeada nas redes — e ela, prontamente, rebateu dizendo que ap***s “um jornal que não ganha dinheiro desta Casa” fala mal dela.

A nobre vereadora, que antes sabia bem a importância da imprensa quando era colunista do mesmo jornal( Sem nunca pagar nada), parece ter esquecido que o cargo exige mais diálogo e menos estrelismo. Como diria o ditado das nossas mães: criança que nunca comeu doce, quando come se lambuza.
De colunista a presidente, bastou o sabor do poder para perder o gosto pela transparência.

Quem está ganhando o quê?

Interessante a fala da presidente sobre o jornal “que não ganha nada da Casa”. (Que fique claro, o TH nunca pediu nada, e nem tão pouco foi atendido pela presidente). Será que não é o contrário? Será que quem ganha, ganha justamente para se calar? O TH sempre publicou o que há de bom e o que há de errado — do Executivo, do Legislativo e de quem mais merecer.

Mas vamos aos números: tem rede social recebendo R$12 mil por ano para a produção de stories e reels no Instagram, pós-eventos, além da produção de 5 matérias pautadas pela presidente da câmara ao longo do ano, enquanto um jornal da cidade tem 40 assinaturas mensais (sempre foram 12 no máximo para cada veículo, sendo onze vereadores, mais um para a comunicação). E o restante das edições? Bom… dizem por aí que estão sendo “muito bem aproveitadas” — só não se sabe exatamente onde.

Nos 16 anos de história, o TH sempre foi o mesmo: independente, crítico e com coragem de falar o que muitos preferem esconder. Talvez o incômodo não seja o jornal, mas o espelho.

Chama a atenção: com cerca de 6 mil seguidores, a tal página de “notícias" que recebe o valor apresenta um engajamento quase nulo — várias postagens sem um único comentário sequer. Será que esse é mesmo o veículo certo para receber dinheiro público e fazer divulgação oficial?

Tem mais

Vale lembrar que, além desse contrato citado, a Câmara de Vereadores já pagou aproximadamente R$ 227 mil reais ao longo deste ano para a transmissão ao vivo das sessões no Youtube, bem como registro em vídeo das votações. Bom lembrar também que a Câmara conta com um cargo de CC na coordenação de comunicação no valor de R$ 6.400 por mês.

🗞️ Coluna Política • José B. Pinheiro

07/10/2025

Campeonato ou Inter-Série?

Atletas reclamam de falta de diálogo e retrocesso no novo formato do futebol de Campo Bom

O tão aguardado Campeonato Municipal de Futebol de Campo Bom chega este ano com uma mudança que, em vez de empolgar, tem causado insatisfação entre os atletas. A Prefeitura anunciou que a competição passa a ter formato interbairros, com o argumento de “integrar os moradores e fortalecer a comunidade”. Mas, segundo vários jogadores que procuraram a redação, o que se vê na prática é um retrocesso disfarçado de novidade.

O que era um campeonato municipal consolidado, com tradição e competitividade, agora se transforma numa espécie de inter-série, onde o critério de participação deixa de ser o desempenho esportivo e passa a ser o endereço do atleta. Para muitos, isso fere o espírito do futebol amador campo-bonense, que sempre foi de liberdade, união entre amigos e valorização do talento, independentemente do bairro.

“Não fomos ouvidos”, foi a frase mais repetida por quem entrou em contato com o jornal. A crítica é unânime: faltou diálogo da Secretaria de Esporte e Lazer com os times e jogadores que há anos constroem a história da competição.

Outro ponto que gerou indignação é o fato de que, apesar da mudança de formato, os custos da arbitragem continuam os mesmos. Ou seja, a estrutura e o investimento dos times seguem altos — mas o prestígio e a representatividade da competição diminuem.

O discurso de integração é bonito, mas o sentimento nas é outro: o de que o campeonato perdeu sua essência, e os atletas, mais uma vez, foram deixados de fora das decisões que afetam diretamente o esporte local.

Em vez de avançar para fortalecer o futebol de Campo Bom, o novo modelo parece dar um passo atrás, afastando os apaixonados que fazem o verdadeiro espetáculo dentro e fora de campo.

🗞️ Coluna Política • José B. Pinheiro

06/10/2025

Campo Bom Futsal convoca torcida para jogo decisivo pela Série Prata Estadual

Agora é em casa! A equipe do Campo Bom Futsal / Aves e Cia retorna à quadra neste sábado (11/10), a partir das 20h, para o jogo de volta das semifinais da Série Prata Gaúcha, contra a equipe do Ijuí Futsal. O time convoca toda a comunidade campo-bonense para lotar o Ginásio Karl Heinz Kopittke e demonstrar o apoio da torcida na partida decisiva valendo vaga na grande final da competição. Campo Bom necessita da vitória para levar a disputa para a prorrogação e manter o sonho do título da Série Prata vivo, após o revés sofrido no jogo de ida.

Conforme o presidente do clube, Emerson Batata, a expectativa é de ginásio lotado para o jogo de sábado. “Estamos com uma expectativa muito grande, por conta de todo o trabalho que vêm sendo feito, tanto dentro como fora da quadra. E equipe está focada nessa decisão, trabalhando forte nos treinos, e a mobilização que vemos por parte da torcida é enorme”, destaca Batata.

Já o treinador Filipe Sander aponta que para o jogo de volta a equipe terá novidades no elenco. “Com certeza vai ser um jogo muito bom, a gente tirou umas cartas da manga, fizemos novas contratações. Vai ser um jogo muito bom para quem gosta e ama o futsal. Então convoco vocês, torcedores, amigos, apoiadores, todos, para assistir esse jogo”, convida o treinador, ressaltando também a importância do apoio da torcida para o clube.

O capitão do Campo Bom Futsal, Jeferson Silva (Jeffinho), afirma que, embora seja um jogo difícil, a equipe está motivada para reverter o placar adverso. “A gente confia no nosso grupo, confia no nosso trabalho diante da nossa torcida. Estamos confiantes, nossos jogadores estão bastante concentrados, trabalhando forte para chegar nessa grande final, que é o nosso sonho. E a gente precisa da nossa torcida, precisa de todo mundo, da energia positiva. Vai ser uma batalha muito grande, muito forte, mas se Deus quiser, lá no final vamos ser recompensados pelo ano todo de trabalho e de luta que a gente está tendo”, diz o capitão.

Os ingressos antecipados para a partida já estão disponíveis pelo valor de R$ 10,00. Já os ingressos na hora terão o valor de R$15,00.

Foto: Anderson Portella

03/10/2025

“Da rinha para o plenário”

Se a rinha de galos não foi comprovada, a rinha de palavras na Câmara de Campo Bom já tem ata registrada. A presidente Kayanne Braga resolveu usar a tribuna para alfinetar, com nome não citado, mas facilmente identif**ado, a advogada Gabriela Giovanna Orsi Cambruzzi — cujo “crime” foi ap***s exercer a profissão e assumir a defesa de um acusado. O episódio virou caso de representação por quebra de decoro, com direito a prints de WhatsApp e tudo. Moral da história: se a rinha de galos ficou no campo da suspeita, a rinha política no Legislativo está mais viva do que nunca.

Quando o pai posta, a filha paga

O caso ganhou ainda mais tempero quando veio à tona que as falas da presidente da Câmara tiveram claro caráter retaliatório a um vídeo publicado nas redes sociais por Marcos Orsi, pai da advogada Gabriela. O detalhe? A postagem não tem ligação com a atuação profissional da filha. Mesmo assim, a parlamentar tentou colar na advogada uma responsabilidade que não lhe cabe, misturando vida pessoal com prerrogativas da advocacia. No afã de atacar, acabou atingindo a imagem institucional da própria profissão, como se defender um acusado fosse um ato imoral ou ilegal. Resultado: além da rinha política, agora o enredo lembra novela mexicana — com direito a vilã, vítima e até “pai justiceiro” de 63 anos.

Representação invisível: some, mas não evapora

Apresentada no dia 23 de setembro, a representação por quebra de decoro parlamentar segue o roteiro do “sumiço conveniente”. Pelo regimento, deveria ter sido lida já na sessão seguinte, mas… silêncio total. Nenhuma palavra, nenhum registro, nada. Segundo o presidente da Comissão de Ética, vereador Alexandre Hoffmeister (PP), o documento nem sequer chegou às mãos da comissão. Então f**a a dúvida: será que a papelada está perdida entre um cafezinho e outro, ou será que foi cuidadosamente engavetada antes mesmo de aparecer? Em tempos de transparência seletiva, a pergunta que ecoa é simples: até quando a Câmara vai fingir que não viu o que está bem diante dos olhos?

“Carta marcada: quando a OAB bate à porta”

Como se não bastasse a representação por quebra de decoro, por enquanto engavetada no vácuo, a advogada Gabriela pediu também desagravo público ao presidente da Comissão de Defesa, Assistência e Prerrogativas da OAB-RS. O objetivo é claro: que a Ordem notifique oficialmente a Câmara de Vereadores de Campo Bom, exigindo retratação pública da presidente Kayanne Braga, nos mesmos palcos em que ocorreram os ataques — tribuna e redes sociais. A dúvida que f**a é se a presidente terá coragem de simplesmente ignorar a correspondência da OAB, como vem ignorando representações dentro da própria Casa. Será que a carta da Ordem também vai parar na mesma gaveta seletiva onde some tudo que não agrada?

🗞️ Coluna Política • José B. Pinheiro

03/10/2025

02/10/2025

Cágado radical: do mato direto para o esgoto urbano

Nem todo herói usa capa — alguns têm casco! Hoje, em Campo Bom, um cágado resolveu dar o ar da graça no arroio ao lado do Ginásio Municipal, um dos riachos mais conhecidos (e também mais poluídos) da cidade. O registro foi feito pelo advogado e ex-colunista de pesca do TH, Isaias Blos, que deve ter pensado: “Se até peixe duvida de viver ali, imagina um cágado!”

Inusitado? Muito. Milagroso? Talvez. Mas uma coisa é certa: se até o cágado aparece e anda mais rápido, já está ultrapassando o prefeito quando o assunto é chamar os agentes da GMCB que fizeram o curso preparatório e seguem esperando nomeação.

Enquanto a fauna insiste em sobreviver onde a gente descuida, a promessa de campanha segue… atolada no casco.

Assinado por José B. Pinheiro - Colunista Político do TH

29/09/2025

Funcionário de empresa de internet f**a ferido após sofrer choque no Centro de Campo Bom

Um funcionário de uma empresa de internet ficou ferido na tarde desta segunda-feira (29/09) após sofrer um choque enquanto instalava fibra ótica na Avenida Brasil, próximo ao n° 2863, no Centro de Campo Bom. Conforme o Corpo de Bombeiros Militares (CBM), que atendeu a ocorrência juntamente com o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), durante a instalação da fibra ótica o funcionário acabou atingindo a rede de alta tensão, sendo arremessado na rua.

A vítima sofreu queimaduras na mão e no joelho, mas estava consciente quando recebeu o atendimento da SAMU. Ele foi encaminhado ao Hospital Lauro Reus para exames e avaliação.

Vídeo: (Instagram)

28/09/2025

Em Campo Bom, promessa de campanha é tipo vaga na GMCB: tem no papel, mas não na prática

Campo Bom formou, há cerca de um ano, 18 agentes prontos para a Guarda Municipal. Ap***s 6 foram chamados, e 12 seguem esperando… e esperando… Quem lembra da campanha de Giovani Feltes recorda bem da promessa de convocar todos os aprovados. Promessa de campanha, sabemos, tem prazo de validade menor que iogurte fora da geladeira.

Enquanto isso, o prefeito segue repetindo nos bastidores que “segurança é obrigação do Estado”, como se os cofres municipais tivessem se dado ao luxo de investir na formação desses agentes ap***s para deixá-los de molho. A população cobra, a insegurança cresce — e a promessa, essa sim, continua muito bem guardada.

🗞️ Coluna Política • José B. Pinheiro

27/09/2025

Ética em xeque: quando a moral bate ponto na Câmara

A Comissão de Ética da Câmara de Novo Hamburgo parece estar mais ocupada do que nunca. Em sessão fechada, dois processos disciplinares foram abertos contra parlamentares. O primeiro, após uma nota de repúdio do Conselho Tutelar, que pede providências contra um vereador. O segundo, ainda mais pesado, trata de denúncia de assédio moral dentro das próprias dependências do Legislativo — sim, o lugar onde se deveria dar exemplo.

Agora, caberá à Comissão decidir se os casos vão para a gaveta ou para investigação aprofundada. As possíveis p***s variam de uma simples advertência até a cassação de mandato. Enquanto isso, os nobres vereadores seguem debatendo quem merece punição… e quem merece silêncio. Afinal, em certas Casas, a ética parece ser chamada só quando convém.

🗞️ Coluna Política • José B. Pinheiro