04/08/2025
Uma menina de 4 anos, identificada como Helena Victória de Oliveira Silva, foi morta pelo primo, de 16, a tesouradas na madrugada de domingo (3/8), em Barbacena (MG), na região de Campo das Vertentes. De acordo com a Polícia Militar (PMMG), o adolescente confessou o crime e alegou ter planejado o homicídio há três meses para se vingar do pai da criança.
Os policiais foram acionados para atender um conflito familiar, pois a menina havia desaparecido. Ao chegar na casa da vítima, iniciaram as buscas, mas sem sucesso. A família continuou a busca pela menina e o pai a encontrou morta em uma área de mata.
O menino fez uma cópia da chave da casa da família e, enquanto todos dormiam, invadiu a casa e levou a prima para sua casa. Quando a menina começou a gritar, ele tapou a boca dela e começou a dar tesouradas na cabeça e no pescoço da criança, sem saber dizer a quantidade de golpes dados. Ao perceber que a menina estava morta, o adolescente enrolou o corpo em uma blusa e o levou para uma área de mata, tentando atear fogo, que atingiu apenas uma parte do corpo.
O adolescente voltou para casa, conversou com a mãe, colocou a roupa suja de sangue para lavar e tomou banho. Em seguida, deitou e dormiu. O padrasto do jovem pensou que se tratasse de uma tentativa de suicídio e limpou o sangue do chão. A mãe do menino informou aos policiais que acordou de madrugada e se deparou com a casa cheia de sangue. Nervosa com a cena, procurou o filho e não o encontrou. Ainda na madrugada, a mãe observou que ele estava sujo de sangue e ao perguntar o que havia acontecido, o adolescente ficou em silêncio. Mais tarde, o adolescente disse à irmã que havia cortado a mão, causando suspeita.
Questionado pelos militares, ele disse inicialmente que não sabia o que havia acontecido. Em seguida, ele perguntou a um policial “se era digno de perdão”, pois matou uma pessoa. O adolescente confessou o crime e disse que a motivação foi o fato de o pai da menina fazer bullying contra ele, chamando-o por apelidos, inclusive de “doido”, o que vinha, segundo ele, lhe causando sofrimento mental. Ao matar a prima, ele acreditou que causaria sofrimento ao pai da vítima.
Segundo o adolescente, ele planejava o crime há três meses e executou o plano ao encontrar uma tesoura em um campo de futebol. O rapaz relatou que teve outras oportunidades de matar a menina, mas, somente no domingo teve coragem. Os militares perceberam que as pessoas presentes no local estavam revoltadas com a situação e retiraram o menino de lá com receio de que ele pudesse sofrer agressões.
De acordo com a mãe de Helena, ela não ouviu o sobrinho entrar em casa, mas ouviu os gritos na casa de sua irmã, onde ocorreu o crime. Ela foi até o local averiguar o que havia acontecido e voltou para sua casa quando o adolescente retornou ensanguentado e foi quando deu falta da filha, dando início às buscas.
Uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) atendeu os familiares que passaram mal diante da situação, sobretudo ao pai da criança, que ficou transtornado.
O local do crime e o corpo da vítima foram periciados e a arma branca utilizada foi recolhida pela polícia. O autor do crime foi conduzido ao hospital, onde recebeu atendimento, e foi encaminhado à delegacia acompanhado dos pais.