26/07/2025
Mais de 500 dragas foram flagradas no rio Madeira durante um sobrevoo realizado entre e o Amazonas. As imagens mostram centenas de embarcações alinhadas ao longo do leito do rio, usadas para mineração ilegal.
O portal acompanhou a missão do pesquisador Nilo D’Ávila, do Greenpeace , que mapeia a presença de garimpos ilegais na região. Segundo ele, o monitoramento da área começou em janeiro, com uso de imagens de satélite.
“O sistema agora está maduro, e a gente optou pra fazer esse primeiro sobrevoo, pra nos ajudar com a visualização, além das imagens de alta resolução, entender como é que funciona mesmo, dentro dos rios, a dinâmica do funcionamento dessas balsas”, explica D’Ávila.
Durante o sobrevoo, a equipe identificou diversas embarcações, muitas delas próximas a terras indígenas e unidades de conservação. Em um dos pontos, foi registrada extração de ouro ao lado da Reserva e da Estação Ecológica do Cuniã.
Em outra área, cerca de 48 dragas estavam agrupadas, formando um verdadeiro paredão no meio do rio, o que compromete a navegação. Segundo o pesquisador Nilo D’Ávila, além dos impactos ambientais, o garimpo ilegal traz prejuízos sociais, riscos à saúde e ameaça quem depende do rio como principal meio de transporte.
“É um perigo também para a navegação. A gente chegou a observar um ‘recreio’ que transporta pessoas, um navio de transporte de pessoas no Amazonas, teve que fazer um desvio, porque o canal estava bloqueado por um aglomerado chamado regionalmente de ‘fofoca’ de balsas”, alerta Nilo.
✍🏼 G1