
29/07/2025
🎬✨ Os restos do E.T. animatrônico: uma relíquia viva da magia dos anos 80
Em uma sala quase sagrada da exposição dedicada ao mestre dos efeitos especiais Carlo Rambaldi, em Roma, repousa aquilo que restou do icônico fantoche animatrônico de E.T. – O Extraterrestre, criado para o filme de Steven Spielberg, lançado em 1982. Muito mais do que uma peça de museu, o que está ali exposto é uma cápsula emocional do tempo – um elo direto com a infância de milhões de pessoas que cresceram sob o encantamento das telas de cinema dos anos 80.
Hoje ressecado, com o látex rachado e o olhar que antes parecia vivo agora parado no tempo, o boneco de E.T. evoca sentimentos mistos: admiração, ternura e até uma certa melancolia. Ver o que sobrou do boneco usado nas filmagens é como olhar para as ruínas de uma era de ouro da criatividade cinematográf**a – quando a magia era feita à mão, antes do reinado absoluto do CGI.
🛠️ Um marco da engenharia emocional
Criado por Carlo Rambaldi, que também deu vida ao King Kong de 1976 e ao alien de “Alien, o Oitavo Passageiro”, o E.T. original não era apenas uma escultura, mas uma verdadeira obra-prima da engenharia animatrônica. Com dezenas de mecanismos internos, motores e cabos, ele era capaz de expressar emoções sutis com os olhos, as sobrancelhas, o pescoço, os dedos... Era como se estivesse realmente vivo.
Esse nível de detalhamento não apenas impressionava tecnicamente, mas também facilitava uma conexão emocional real com o público – algo que se perdeu, em parte, com a substituição dos animatrônicos por personagens inteiramente digitais.
🎨 Entre arte e nostalgia
Hoje, os restos do boneco de E.T. ganham um novo valor – quase pictórico e filosófico. Suas rachaduras contam histórias. Seu estado de decomposição natural não o torna menos precioso, mas mais poético. É como observar um vitral antigo: mesmo desgastado, ainda transmite luz. Ali, na exposição em Roma, não está apenas um boneco abandonado pelo tempo, mas um símbolo do afeto gerado pela arte cinematográf**a, um reflexo do imaginário coletivo dos anos 80.
Essa peça poderia, inclusive, ser vista como uma instalação artística involuntária, que traduz perfeitamente o sentimento nostálgico de uma geração que cresceu sonhando com bicicletas voadoras, amizades improváveis e o desejo de "telefonar para casa".
📍 Uma visita obrigatória para os apaixonados por cinema
Para os que tiverem a oportunidade de visitar a mostra em Roma, estar diante dos restos do E.T. é uma experiência quase mística. Não é apenas sobre ver um objeto de filme, mas sobre reencontrar uma parte de si mesmo, de sua infância, do tempo em que a fantasia parecia tocar a realidade.
Assim, a figura deteriorada de E.T. permanece poderosa – não pela aparência atual, mas pela presença emocional que ainda carrega. Um lembrete de que o tempo passa, mas certas histórias nunca morrem.
👽💫 E.T., mesmo desbotado pelo tempo, ainda brilha no coração de quem acredita na magia do cinema.