07/12/2025
Tio e sobrinho morrem afogados na Cachoeira do Porto, no Bairro dos Martins
Paraisópolis (MG) — Um caso de afogamento mobilizou moradores e autoridades na tarde deste sábado, 6 de dezembro, na Cachoeira do Porto, localizada no Bairro dos Martins, em Paraisópolis, Sul de Minas. Tio e sobrinho morreram no local.
A Brigada Municipal, atendeu a ocorrência, com apoio da Polícia Militar. Quando o SAMU chegou ao local, a brigada já havia resgatado a criança de 9 anos e colocado-a na faixa de areia.
O SAMU diagnosticou parada cardiorrespiratória e realizou o protocolo de reanimação. A criança foi levada ao hospital, onde médicos fizeram outras manobras de reanimação por cerca de uma hora, até constatar a morte. Ele foi sepultado neste domingo (07), no Cemitério Jardim.
O menino era aluno da Escola Municipal Bueno de Paiva, que publicou nota de pesar em suas redes sociais. No comunicado, o Departamento Municipal de Educação afirmou:
“O Departamento Municipal de Educação manifesta profundo pesar pelo falecimento prematuro de nosso querido aluno Yago Luiz da Silva, estudante do 4º ano B da Escola Municipal Bueno de Paiva, e de seu tio. Neste momento de imensa dor, nos solidarizamos com seus familiares, amigos e toda a comunidade escolar.”
Em respeito ao luto, não houve aula nas escolas da rede municipal da sede nesta segunda-feira, 8 de dezembro.
As buscas pelo homem adulto começaram no sábado e foram retomadas na manhã de domingo. O corpo de Lucas Aparecido Teófilo, 29 anos, foi localizado após as 18h em um ponto de difícil acesso no poço da cachoeira e, após a remoção, encaminhado ao Instituto Médico Legal de Itajubá. Lucas foi sepultado nesta segunda-feira.
A Cachoeira do Porto é frequentada por turistas e moradores e possui histórico de afogamentos. Em outubro deste ano, um homem já havia perdido a vida no local.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a cachoeira tem cerca de quatro metros de profundidade e apresenta forte correnteza provocada pela queda d’água.
Após o episódio, moradores voltaram a recorrer às redes sociais para cobrar a intervenção do poder público, defendendo que o espaço — de propriedade particular — seja definitivamente interditado ao acesso público.
Embora existam placas de sinalização alertando para os riscos, moradores afirmam que elas não têm sido suficientes para evitar novas tragédias.