
13/07/2025
PM Silvio foi morto. E parece que ninguém viu.
No dia 27 de junho de 2025, o meu amigo e colega de farda, CB PM Silvio Cavalcante, foi assassinado dentro da casa de sua mãe, com três tiros — um no braço, outro na nuca, e o último na cabeça, de cima para baixo. Dois dos disparos indicam que Silvio já estava caído, rendido ou indefeso.
A autora do crime é a própria namorada, que diz ter agido em legítima defesa. Mas testemunhas contam outra história: ciúmes doentios, agressões públicas, humilhações. Horas antes do crime, ela teria esbofeteado Silvio na frente de todos, num evento da cidade. E ninguém fez nada.
A perícia não foi divulgada. Não houve reconstituição. A Justiça soltou a acusada apenas 11 dias depois do crime, com base em “falta de provas contundentes”.
E como se isso não bastasse, ela foi recebida com aplausos e flores por lideranças militantes, como se Silvio — o morto, o silenciado — fosse o verdadeiro culpado.
Onde foi parar a voz da Justiça? Onde está a indignação?
Por que é tão fácil esquecer um policial quando ele é a vítima?
Silvio era um homem. Um servidor. Um filho. Um irmão. Um amigo. Um ser humano.
Foi julgado pela sociedade antes mesmo da investigação terminar. E enterrado sem direito à memória nem à defesa.
Hoje, quem tenta pedir justiça é taxado de machista, opressor ou retrógrado. Mas não estamos aqui falando de rótulos. Estamos falando de um homem morto com dois tiros de cima para baixo.
Se fosse o contrário, ele já estaria condenado pela opinião pública, e ninguém estaria relativizando.
O que me dói é o silêncio.
O silêncio da justiça. O silêncio das autoridades. O silêncio dos que deveriam proteger a verdade.
E por isso eu pergunto:
👉 Quem vai falar por Silvio?
👉 Quem vai dar voz ao que ele não pode mais dizer?
Ele merece mais do que o esquecimento.
Ele merece verdade.
Ele merece Justiça.
✍️ CB PM Alexandre Pontes
11º BPM – Parintins/AM