10/08/2025
A maioria das pessoas acha que perdoar é dizer “tudo bem” mas o perdão verdadeiro não é sobre esquecer, é sobre se libertar.”
Quando eu era criança, até meu 6 anos meu pai estava presente… mas não realmente.
Ele era alcoólatra, perdido em dores que eu não entendia.
Durante muito tempo, eu carreguei a certeza amarga de que ele tinha escolhido a bebida no lugar da família.
E cada gole que ele dava, pra mim, era um lembrete de que eu não era suficiente para fazê-lo f**ar.
Cresci com essa ferida.
E durante anos, o Dia dos Pais não era comemoração, era um espelho do que eu não tive.
Eu dizia para mim mesma, ele preferiu a bebida do que a mim.
E por muito tempo, isso foi minha verdade.
Mas hoje, aos 43 anos, e com a visão que o autoconhecimento e minha jornada como terapeuta me trouxeram, eu consigo olhar diferente.
Entendi que o meu pai também carregava buracos emocionais.
Que ele não tinha as ferramentas para lidar com a própria dor.
E que o vício não é uma escolha simples de sim ou não… é um aprisionamento.
A Palavra de Deus me lembra: “Honra teu pai e tua mãe”.
Honrar não é fingir que não doeu.
Honrar é reconhecer a origem da vida, e devolver ao outro o que não é meu para carregar.
Hoje, meu gesto é simples, mas profundo:
Reconhecer: Você é meu pai, e a vida veio por você.
Liberar: O que pertence a você, eu deixo com você.
Seguir: Escolho viver para que o passado não defina todo o meu futuro.
E se neste Dia dos Pais, o seu coração também pesa… que o Pai Celestial, perfeito em amor, preencha o espaço que a ausência deixou.
Porque é n’Ele que encontramos a segurança e a bênção que sustentam.
Perdoar não muda o passado… mas cura o peso que ele deixou em você!