
08/07/2025
Símbolo da contracultura dos anos 1960, Hair revolucionou o teatro musical com psicodelia, ativismo e liberdade sexual. Estreou em 1967 no Off-Broadway, explodiu na Broadway em 1968 e espalhou-se pelo mundo com hits como “Aquarius” e “Let the Sunshine In”. Ambientado na Guerra do Vietnã, deu voz à juventude hippie que rejeitava militarismo, racismo e normas rígidas.
No Brasil, estreou em 1969, na ditadura militar, sob direção de Ademar Guerra, com elenco que incluía Sônia Braga e Antônio Fagundes. A cena de nudez coletiva foi um gesto político num país que censurava corpos e ideias.
Em 1968, Hair chegou à Londres, no momento da liberação da censura teatral, ficando quase dois mil dias em cartaz no Shaftesbury Theatre. Em 2017, ganhou um revival imersivo que reafirmou a atualidade de seus temas.
Agora, o clássico retorna ao Brasil em julho, no Teatro Riachuelo (RJ), com direção de Charles Möeller e Claudio Botelho e Rodrigo Simas e Eduardo Borelli nos papéis principais. No segundo semestre, vai para São Paulo, reabrindo o Teatro Alfa, agora BTG Pactual Hall. A questão é: em 2025, Hair ainda provoca ou é apenas uma celebração nostálgica de tempos mais idealistas? Leia meia em bravo.abril.com.br