
12/06/2025
No dia 27 de maio, o sindicato tornou pública uma denúncia sobre a precarização do trabalho na saúde municipal de Piracicaba. Entre os principais pontos levantados, estava a redução progressiva do limite de horas extras: de 30 horas no primeiro mês, para 20 no segundo e, a partir do terceiro, a total proibição dessas jornadas. Como alternativa, os servidores estavam sendo orientados a realizar plantões via Consórcio Intermunicipal de Saúde da Região Metropolitana de Campinas (Cismetro), com remuneração inferior à que recebiam anteriormente.
A substituição de servidores efetivos por trabalhadores terceirizados tem resultado na supressão de direitos, redução salarial e até prejuízos financeiros para o município. Segundo o sindicato, ao optar por essa forma de contratação, o poder público local renuncia à retenção de Imposto de Renda na Fonte (SMJ), um tributo federal que permanece como receita própria nos cofres municipais — o que, na prática, configura renúncia de receita pública.
Para o sindicato, o modelo representa uma ameaça concreta não apenas aos servidores, mas à sustentabilidade da gestão pública e à qualidade do serviço prestado à população.
Medidas
Segundo o Sindicato dos Servidores Municipais, em trabalho conjunto com a Central Sindical de Trabalhadores e Trabalhadoras (CSB), serão intensificadas ações contra o que consideram uma fraude estrutural nas relações de trabalho no setor de saúde pública na região.