09/01/2025
Iyatemi Ogundiran, conhecida popularmente pelos filhos do Igbá Afojidan como mãe Flor, nasceu rodeada pelo Candomblé. Criada pela mãe e egbomi Leuá T’Nanã, conviveu desde seu nascimento com a religião de Matriz Africana, vivenciando desde muito pequena a rotina das casas de Asé. Sua mãe, Dona Leuá, sempre fez questão de que a filha estivesse próxima das manifestações dos Orisás e entidades. Iyatemi Ogundiran foi, durante os anos 90, uma criança de terreiro, participando, ainda como espectadora, das rodas de Candomblé. Em uma dessas rodas dos anos 90, inicia-se a história de Ogundiran com o Babá Eduardo T’Osumare. Muito conhecido e admirado por dona Leuá T’Nanã, Babá Eduardo, na primeira vez que avistou Ogundiran, disse que um dia ela seria sua filha de santo.Quase 20 anos depois, Floriza - nome de batismo de Ogundiran - decide, após inúmeras experiências de observação de casas de Candomblé, iniciar-se em Orisá. Em sua memória veio a lembrança da fala do Babá Eduardo : “Um dia você será minha filha de santo”. Floriza partiu então em busca de uma família de Asé em Piracicaba (SP) e encontrou no Babá Eduardo todo o acolhimento e afeto de um pai carnal que ela nunca teve. Em 2014, Floriza inicia-se para Orisá Ogun e sai na sala de Candomblé como Iyatemi de Osumare ,cargo designado na nação Djedje a mulheres que podem ser ou não rodantes de Orisá, mas que postulou à Floriza os méritos da graduação de 7 anos com os méritos e referências similares aos de uma ekedji. Além de suas atribuições de cargo na casa de Asé, hoje, Ogundiran, assim nomeada por determinação de Ogun e Ori, ela dá voz aos cânticos proferidos nos atos de obrigações, sessões e rodas de Candomblé no Igbá Afojidan.
“Não existe na minha vida honra maior do que ter sido escolhida para ser filha do Babá Eduardo. Hoje, levo adiante seu legado de amor, cuidado e respeito aos Orisás e seus filhos”.