27/05/2025
A Mata Atlântica é um dos biomas mais ricos em biodiversidade do mundo. E, infelizmente, também o mais devastado do Brasil. Foi um bioma a ser intensamente explorado desde a chegada dos europeus, dando início a um processo contínuo de ocupação, exploração e transformação.
Sua localização estratégica, próxima ao litoral, facilitou a instalação das primeiras cidades e o desenvolvimento das atividades econômicas que impulsionaram o país. Por isso, hoje, cerca de 72% da população brasileira vive em regiões que originalmente eram cobertas pela Mata Atlântica.
No passado, essa floresta ocupava cerca de 1,3 milhão de km², representando aproximadamente 15% do território brasileiro, se estendendo do Piauí, no Nordeste, até o Rio Grande do Sul, além de alcançar áreas do interior como Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso do Sul. Era uma floresta contínua, repleta de vida e diversidade.
Mas a intensa ocupação humana deixou cicatrizes profundas. Atualmente, restam apenas 12% da cobertura original, o que corresponde a 7% do território nacional. Esse cenário é resultado de séculos de desmatamento, expansão agrícola, crescimento urbano desordenado e ocupações irregulares.
Mesmo tão reduzida, a Mata Atlântica continua sendo um dos biomas mais biodiversos do planeta. São mais de 22 mil espécies de fauna e flora, muitas delas endêmicas, ou seja, que só existem ali e em nenhum outro lugar do mundo. Quando comparada por área, sua diversidade é até maior que a da Amazônia!
Preservar o que resta da Mata Atlântica é preservar parte essencial da nossa história, cultura, vida e futuro.
Preservar a Mata Atlântica não é só proteger a natureza, é cuidar da qualidade de vida de milhões de pessoas. Esse bioma é responsável por serviços ambientais fundamentais, como a regulação do clima, proteção dos mananciais de água, controle de enchentes, deslizamentos e conservação dos solos