02/12/2024
Na última semana, nossa região foi marcada pela partida de Dona Olinda, algum tempo depois de seu companheiro, Seu Vicente Pongó, ter feito sua passagem. Ambos deixaram saudades imensas, mas também um legado de amizades, histórias e vivências que marcaram todos que tiveram o privilégio de conhecê-los.
Quando eu era criança, crescendo na região do Anajás Grande, Dona Olinda e Seu Vicente já eram grandes amigos dos meus pais. A casa deles era muito mais que um comércio local – era um ponto de encontro, um lugar onde laços se fortaleciam e memórias eram criadas. Desde 1999 ou 2000, lembro de frequentar aquele espaço, de conviver com eles, e sou profundamente grato por ter tido essa oportunidade.
Uma coincidência que sempre me chamou a atenção é que Dona Olinda fazia aniversário no mesmo dia que eu, em novembro. Sua presença, seu jeito único e até seu nome, tão raro e bonito quanto a cidade pernambucana que ele lembra, serão sempre lembrados com carinho e respeito.
Deixo aqui minha solidariedade aos familiares e amigos. Que sua passagem seja de descanso e paz, e que possamos honrar sua memória aprendendo com os mais velhos, valorizando os mestres e mestras antigos do Marajó. A gente sente a falta deles quando partem, sejam parentes ou não.
Dona Olinda, que sua memória e suas histórias continuem vivas em cada um que teve o privilégio de cruzar o seu caminho. Descanse em paz.
Texto: Luis Marajó
Imagem: Família Alves e Barbosa
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