Destinos do Sul, Porto Alegre (2025)

22/09/2025

Já falamos sobre o centro de Santa Cruz do Sul e suas igrejas, prédios históricos e um belo túnel verde. Mas ainda tem uma antiga estação de trens (com vagões no pátio), uma gruta (que é uma toca e parece caverna) e um lago com caminhada em volta... Todos estes lugares tu podes ver no nosso vídeo em https://m.youtube.com/watch?v=OPnwjW16nUg
Inaugurada em 1905 com p***a, a estação de trem ainda tem o nome Santa Cruz, sem o “do Sul”, pois assim se chamava a cidade à época. O lugar que era final de um ramal a partir de Rio Pardo, funcionou até 1965 e hoje abriga um centro cultural. Mas ainda se pode visitar um antigo vagão e imaginar como eram as viagens entre as cidades ao longo das primeiras décadas do século XX.
Também é possível entender um pouco da vida de povos primitivos que já moravam por aqui antes da chegada de europeus, visitando o Parque da Gruta. Criado em 1969 no local foram encontrados vestígios deles na grande gruta que mais parece uma caverna de tão grande. Mas recentemente chegou-se a conclusão que a obra não foi de indígenas, mas de animais pré-históricos, no que se chama de paleotoca...
As ruínas do que foi uma antiga hidráulica, além de estruturas que devem ser revitalizadas em 2026, como trilhas, restaurante, lugares para sentar e para assar um churrasco, completam o lugar.
Mas é fora da zona urbana, que uma grande massa de água convida a contemplação com direito a vista da cidade. O Lago Dourado possui um agradável circuito asfaltado para uma caminhada de cerca de uma hora no seu entorno, além de parquinho infantil e academia ao ar livre. Cercado de verde e do tamanho do centro de Santa Cruz do Sul, o lugar é, assim como o Parque da Gruta, um convite a momentos de contato com a natureza...
Uma cidade com histórias e uma rica cultura, é também lugar de belezas naturais devidamente valorizadas e com estruturas para, com conforto, serem vividos momentos que certamente f**arão na memória...

16/09/2025

A capital gaúcha tem muitas histórias para contar, principalmente nos bairros mais antigos próximos ao centro histórico. Como é o caso da Azenha, do Santana e do Farroupilha e seu parque. Mostramos um pouco deles em mais um vídeo de Caminhada com Histórias em https://m.youtube.com/watch?v=SHscAPMDvT4&t=4s&pp=0gcJCckJAYcqIYzv
Em uma ponte que corta o Arroio Dilúvio, Farrapos e leais ao Império, tiveram o primeiro embate quase no começo de 20 de Setembro de 1835. Os acampados perto da Azenha do Chico acabaram invadindo Porto Alegre pela estrada onde hoje é a Avenida João Pessoa.
Não muito longe da ponte inclusive está uma estátua de Bento Gonçalves dede os anos 1940, já próxima a Jerônimo de Ornelas, onde seguimos nossa caminhada.
Ornelas era o sesmeiro destas terras onde depois se ergueria a cidade, que ele chamava de Campos de Santana. E Santana era uma das avós de Jesus e hoje dá nome ao bairro e avenida por ande também passamos.
Antes é claro, cortamos caminho pelas calmas ruas Ignacio Montanha e Olavo Bilac, com algumas casas antigas e árvores com pássaros cantando.
Cruzando a Venâncio Aires chegamos ao Colégio Militar em prédio de 1872, até chegarmos ao Parque Farroupilha e Monumento ao Expedicionário. Antes conhecido como redenção, a imensa área verde já foi maior, e por ela percorremos uma pequena parte, apreciando os pés de Ipê-rosa floridos neste mês de setembro de 2025.
Seguindo pela José Bonifácio, que foi o patriarca de independência do Brasil, passamos pela imponente entrada principal do Colégio Militar, que no princípio era um quartel conhecido como Casarão da Várzea. Uma referência ao primeiro nome da área onde hoje está o parque e o bairro.
Mais alguns passos em chegamos ao final da rua onde a Igreja Santa Terezinha erguida nos anos 1920 impõe a sua beleza por trás das árvores. Na mesma quadra dela, mas já na esquina da Osvaldo Ar**ha a igreja do Divino Espírito Santo é menor, mas não menos bela. A comunidade a ergueu ali, depois da demolição de uma no centro que era vizinha da antiga catedral...
E com essa bela visão em tarde de sol, encerramos mais uma caminhada com histórias e belezas de uma cidade que se transforma todos os dias, preservando parte de seu patrimônio histórico e natural...

15/09/2025

E em setembro a gauchada se reúne nos piquetes para cultuar a tradição e celebrar um movimento marcante iniciado em um dia 20 deste emblemático mês, em 1835.
Uma verdadeira cidade com ranchos de madeira rústica se forma no Parque da Harmonia, em Porto Alegre onde a música tradicional embala a festa regada a muito churrasco e chimarrão...
Neste ano fizemos uma visita guiada, para conhecer mais histórias e pontos emblemáticos deste evento que diz muito sobre o Rio Grande do Sul. Mostramos mais no vídeo do canal que está em https://m.youtube.com/watch?v=GjrNntsnrwU&pp=0gcJCckJAYcqIYzv
Personalidades com Jaime Caetano Braun, grande poeta que tem estátua ali, e piquetes importantes como o do CTG 35, fundado por um grupo onde estava Paixão Cortes são mostrados com as devidas explicações...
Mas o passeio que ocorre todos os dias à tarde e é gratuito, mostra mais do parque, onde há espaços de produtos de agricultura familiar, e também para o comércio de produtos relacionados à cultura gaudéria...
E não podíamos deixar de conhecer um dos piquetes por dentro, vendo toda a sua decoração, enquanto estava sendo preparado um arroz de carreteiro, outro prato típico do sul...
A visita se encerrou no final da tarde com uma passada no piquete do Instituto Oliveira Silveira, importante poeta gaúcho, idealizador do Dia da Consciência Negra, hoje feriado nacional.
Ainda andamos mais pelo acampamento no início da noite. E pudemos apreciar o grande número de gaúchos e de gaúchas que começavam a chegar para esta grande confraternização. Onde além de cultuarem hábitos de outros tempos que se tornaram tradicionais, e valorizar a nossa história, essencialmente se unem para celebrara vida. E entender que as raízes de um povo sempre podem guiar a sua trajetória...

11/09/2025

Mais um pouco de Santa Cruz do Sul onde caminhamos por debaixo de várias Tipuanas que dão sombra ao comércio da Rua Marechal Floriano. A beleza deste túnel de árvores impacta e impressiona, sendo um símbolo da cidade.
Em um de suas esquinas f**a a Casa de Artes, um prédio de 1922 que já foi sede do antigo Banco Pelotense... O lugar leva o nome de Regina Simonis uma pioneira pintora nascida na cidade em 1900, e que estava recebendo exposição com a história de Ramon Riesch. Ele era um alemão que chegou a Santa Cruz do Sul nos anos 1930, para fundar uma companhia de teatro...
Mas é logo ali na frente na Praça Getúlio Vargas que nos deparamos com a imponência do Catedral São João Batista com suas duas torres de mais de 80 metros de altura e seu marcante estilo neo-gótico. Em seu interior, em um dos grandiosos vitrais laterais, uma cena chama atenção por retratar as missões jesuíticas em terras gaúchas do Alto Uruguai. Pinturas no altar e uma bela porta de madeira também se impõem e não passam despercebidas...
Em manhã de sol pudemos presenciar belezas e histórias de uma cidade mais do que especial. Que é claro que tem muito mais para se conhecer e se encantar. Ainda mostraremos muito mais dela...

09/09/2025

A bela Santa Cruz do Sul tem muito a mostrar.
E é claro que tem muito mais no vídeo do canal em: https://m.youtube.com/watch?v=teBQccbGXzY

Em manhã de sol, passamos pelo monumento ao imigrante e pela prefeitura que ocupa o prédio conhecido por Palacinho erguido nos anos 1880.

Ele f**a no centro da Praça da Bandeira com seu monumento ao centenário da independência do Brasil e gruta de pedra...

Ali perto a imponente igreja luterana de 1924, é bela também por dentro principalmente com seu órgão de tubos de 1884. Interessantes lustres e vitrais completam o ambiente marcante.

Em outras postagens ainda mostraremos mais...

07/09/2025

No interior de Santa Cruz do Sul, o distrito de Monte Alverne que já se chamou Rio Thal tem tamanho e população maiores do que muitos municípios emancipados. E além de suas belezas, guarda uma interessante história de quem um dia se escondeu lá. Contamos ela no vídeo que podes ver em: https://m.youtube.com/watch?v=6zM9oWZwbdg
E a casa ainda preservada ao lado da igreja católica de linhas singelas faz parte também desta história. Nela morou o médico Pedro Eggler um pioneiro na medicina do distrito que ajudou um casal e duas crianças a se esconderem quando a perseguição estava perto de encontrá-los...
A mulher que f**aria conhecida por Madame Bovet, chamava-se na verdade Maria Luiza Hileret e era filha de um francês, que imigrou para a Argentina em 1870, para fazer dinheiro com beneficiamento de açúcar na província de Tucuman. Mas ela teve que fazer o caminho de volta para a França quando seu pai faleceu em 1909, para casar contra sua vontade e escolha.
Só depois de já terem nascido duas filhas, porém é que buscou a separação, permitida nas leis da época, mas com muitas restrições à mãe... Já com um novo relacionamento que lhe deu o novo sobrenome, e ao entender que as filhas não estavam sendo bem cuidadas pelo pai, resolve fugir para a América do Sul com elas...
E depois de algumas andanças acaba chegando a Monte Alverne em 1937. E o povo logo a acolheu esta mulher rica de hábitos refinados... Os lugares por onde eles passaram e a casas onde viveram ainda estão lá para contar esta história, assim como outros casarões antigos tanto na zona urbana como na rural...
Mas a história deles no lugar se encerra neste mesmo ano, quando acaba sendo encontrados pelo pai das meninas, e chegam a um acordo para retornarem a França, sob novas condições...
Uma trajetória de vida recheada de sofrimento, aventura e coragem que estão em um livro, reportagens de jornais locais dos anos 1980, e um recente documentário premiado. Mas que bem poderiam estar em um filme ou série... Ajudando quem sabe a despertar a vontade de se conhecer esta região de incrível beleza...

03/09/2025

Uma grande quantidade de pessoas fez como nós e foi até Esteio, na Grande Porto Alegre, prestigiar o primeiro dia desta feira importante, que projeta o Rio Grande do Sul para o mundo...
E fizemos im video que está no canal em https://m.youtube.com/watch?v=DWcXRawGfNE
A Expointer é na origem uma feira agropecuária, mas é muito mais do que isso. É uma imensa diversidade de assuntos e culturas reunidos em um espaço de convívio e festa!
Antes de ir ao Parque Assis Brasil, ela existiu ao longo de século XX, como feira de animais principalmente do campo, em Porto Alegre no bairro Menino Deus, onde hoje f**a a Secretaria de Agricultura do estado. E foi só em 1970 que ela migrou para a então Fazenda dos Kroeff desapropriada para este fim nos anos 1960.
O empreendimento rural que tinha Oswaldo Kroff e o futuro governador Ildo Meneghetti como sócios, deixou como legado a antiga casa hoje usada pelo governo durante a exposição, e também a iniciativa de fazer um loteamento. Que resultou na cidade que abriga a feira, e onde nasceu quem escreve estas palavras...
As inconfundíveis esferas com as cores do sul, um presente alemão, marca a entrada do parque e são símbolo do evento.
A caminhada foi longa e começamos desvendando toda a produção de animais de variadas raças, principalmente do gado bovino e ovino. Além dos cavalos e as provas de adestramento...
As máquinas agrícolas também movimentam os negócios, assim como uma infinidade de produtos para o consumidor que pegam carona no interessa do público pela temática rural...
A agricultura familiar também merece destaque, com uma infinidade de produtos alimentícios produzidos principalmente na região colonial. Que atraem a atenção e de certa ajudam a fomentar o turismo rural de muitos lugares que já mostramos por aqui...
As apresentações musicais se fazem presentes, principalmente relacionadas à temática gaúcha. Mas a cultura também é bem representada na Estância da Arte, onde pinturas, desenhos e esculturas de variados artistas, vêm tendo seu espaço ampliado...
Um lugar para passear é claro... Mas também para conhecer e entender um pouco mais das raízes de nós gaúchos e gaúchos de todas as querências...

01/09/2025

A imponente Igreja São Sebastião Mártir se destaca não só na paisagem da cidade de Venâncio Aires, mas em toda a região. Principalmente por seu estilo neo-gótico que encanta e surpreende e que mostramos no nosso canal do YouTube em um vídeo que podes ver em https://m.youtube.com/watch?v=Fc2_BWb0vaw&pp=0gcJCbIJAYcqIYzv

Projetada pelo alemão Simon Gramlich, o mesmo da Catedral da cidade de Santa Cruz do Sul e outras obras na região e em Santa Catarina, possui duas altas torres e um estilo inconfundível que combina com seu tom rosado alaranjado... O ambiente interno com vitrais marcantes como o da expulsão de Adão e Eva do Paraíso, é o impressionante complemento.

Alguns passos bastam para se deslocar da igreja até a Casa Stork, também projetada por este mesmo arquiteto. Erguida nos anos 1920 para ser a farmácia e residência da família Stork, o lugar hoje é um interessante museu histórico.

Na zona rural desta cidade do Vale do Taquari, porém é que nos deparamos com mais surpresas e paisagens. E um bate-papo com moradores locais da linha Marechal Floriano nos presenteou com mais histórias. Como o fato de que um cavalo e seu dono estão enterrados em baixo de um monumento, na frente do cemitério. A inscrição, porém na língua alemã, desta singela homenagem, apenas diz que a comunidade agradece os pioneiros, que iniciaram a colonização do lugar que já se chamou Grüner Jäger (caçador verde em alemão)...

Após atravessar o Rio Taquari Mirim chegamos a Monte Alverne, já em Santa Cruz do Sul, onde muitas outras histórias nos aguardam (e que contaremos em outros conteúdos), além de um letreiro junto à igreja e a casa de um médico antigo e marcante na comunidade. Nele está escrito mais uma vez em alemão: “Ich Liebe Rio Thal” Ou seja, eu amo Rio Thal (ou vale do rio) que seria o primeiro nome do lugar...

Mais uma coleção de belos recantos e de histórias que marcam estas comunidades. Preenchendo de certa forma, a alma, dos que passam por elas...

26/08/2025

Nas suas belas ruas arborizadas, o bairro Moinhos de Vento se modif**a todo o dia, com prédios substituindo antigas casas, mesmo que algumas delas sejam preservadas... Acompanhado do movimento de seus bares e restaurantes que atraem os que não moram ali.
Em caminhada que começou em porção residencial no Morro Ricaldone, podemos ver as transformações em um espaço da cidade que há muito recebe para morar, quem tem um poder aquisitivo mais elevado. As casas imponentes começaram a surgir nos anos 1930, quando uma parte do bairro, por onde iniciamos o trajeto, era um espaço rural de padres jesuítas...
Foi possível ver casas antigas revitalizadas, que f**arão como testemunho, pois estão acompanhadas de modernos e imponentes prédios residenciais e comerciais. Ao lado delas, outras belas moradias em tempos passados, hoje recebem lojas, cafés e restaurantes...
Havia também ali na região uma capelinha no então arraial de São Manuel, demolida nos anos 1940 ou 50, que f**ava nas proximidades da Praça Maurício Cardoso. Onde hoje uma intrigante escultura de um felino mordendo uma ave (ou peixe?) causa dúvidas sobre a sua origem em meio a um charmoso espaço verde.
Mais alguns passos entre cafés com mesas na calçada, e chegamos ao Parque Moinhos de Vento, que um dia já foi um hipódromo. Os cavalos correram no então Prado Independência, antes de migrarem para o Cristal, e darem lugar para a marcante área verde nos anos 1970.
A importante 24 de Outubro e a agitada Padre Chagas também foram percorridas, junto com algumas transversais, cada uma com sua história e seus recantos. Até chegarmos ao antigo prédio da Hidráulica com seus jardins, e um chafariz com quatro belas estátuas. Elas representam rios do Rio Grande do Sul e possuem uma trajetória longa de resistência e trocas de lugar, desde o século XIX.
Um passeio em manhã de sol, que foi só uma amostra de tudo o que se tem neste pedaço de Porto Alegre, repleto de belezas. Andar por ali e viver o que este lugar tem a oferecer, é uma experiência que precisa ser vivida. Para entender o espírito que está por trás de cada um de seus recantos...

19/08/2025

Roca Sales é mais uma das preciosidades do Vale do Taquari, que como outras tem se superado no enfrentamento das forças da natureza. Sempre com um olhar carinhoso ao seu belo patrimônio. Tem mais deste lugar no novo vídeo do nosso canal que podes ver em: https://m.youtube.com/watch?v=f3fczeMuayA
Na zona rural o casarão dos Fensterseifer segue de pé, depois de anos sediando animados Kerbs, regados a cuca, lingüiça e cerveja. O seu uso e as festas terminaram, mas as paisagens com o Rio Taquari ao fundo, desta região, são de tirar o fôlego.
Na zona urbana a vista das águas é feita em espaço novo e adequado, que foi reconstruído, mas que agora homenageia os que não resistiram nas cheias de 2023 e 2024...
O antigo Moinho Cruzeiro do Sul é um exemplo de preservação na cidade, mas ainda está na trajetória de uma total restauração. Ali dentro, a biblioteca agora está no segundo andar sendo um espaço importante para a comunidade.
Há casarões belos e marcantes do século XX, mas boa parte pede a recuperação, o que não tira a sua beleza e importância. Alguns prédios, é verdade seguem sendo mantidos e também merecem atenção, como é o caso do hospital e das belas igrejas luterana e católica. Esta última repleta de coloridos vitrais com expressivas figuras humanas...
A linha do trem corta as ruas com viadutos e túneis, até chegar a uma estação com letreiro que parece flutuar em cima dela. Erguida em 1968, já tinha um ar moderno naquela época... Mas ali pararam os trens, mesmo os de carga ou o do recente turístico, depois que águas subiram... E os vagões abandonados trazem um misto de mistério e saudade...
Paisagens, arquiteturas, histórias... Em um pequeno espaço entre planícies e montanhas, recantos especiais que inspiram e aquecem os corações. Acreditamos que tanto daqueles que a visitam, quanto o dos que vivem ali...

16/08/2025

Nas margens do Rio Taquari, a pequena cidade de Colinas possui detalhes e surpresas que fazem dela uma preciosidade. A linha de trem que passa por baixo da zona urbana, e as bicicletas transformadas em floreiras são detalhes que surpreendem e encantam...
E é claro que tem vídeo no canal em https://m.youtube.com/watch?v=vmqpIt6YByo&pp=0gcJCf8Ao7VqN5tD
Mas é no seu interior, antes de chegarmos à cidade, que desvendamos duas construções antigas seculares, mas abandonadas (aparentemente), a compor com a estonteante paisagem de morros ao fundo. O curioso túmulo solitário perto de uma delas foi à cereja do bolo deste começo de jornada. Teria pertencido a um curandeiro alemão, morto em 1893 por uma das facções que se rivalizam em todo o Rio Grande do Sul, por ter se negado a tomar lado nesta luta...
A estação de trem antiga que se chamava Corvo por onde passavam as composições é dos anos 1960, e hoje tem um mini museu, além de receber alunos de música em manhã de sol... Ao andar um pouco mais por seus trilhos, se chega a um túnel curto que passa por debaixo de algumas casas e prédios...
Conhecida como Cidade Jardim, suas praças só tão ou mais bem cuidadas do que as ruas do núcleo urbano. Nelas, algumas bicicletas já sem uso ganharam pinturas de cores únicas, com floreiras a embelezar a caminhada.
Em terra de imigrantes germânicos é claro que coexistem as igrejas, luterana e católica, ambas na rua principal... Os luteranos fizeram a sua em 1927, e os católicos em 1935, mas ambas estão em pé de igualdade em beleza e conservação.
E por ser encravada nas colinas, a cidade possui pontos em que se pode subir para se deixar impactar com a bela paisagem deste trecho do rio... Além de ver é claro, marcas das enchentes de 2023 e 2024...
Em uma região repleta de recantos incríveis, Colinas é um ponto que não pode deixar de ser apreciado e devidamente valorizado... Sua comunidade merece!

11/08/2025

Quem atravessa de barca o Rio Taquari, entre General Câmara e Triunfo tem a vista da bela ponte ferroviária a lhe fazer companhia. E a história dela marcou a cidade e a região, tanto ou mais, do que o que se passou em outros lugares bem próximos dali... Tem mais pra ti no vídeo do canal em https://m.youtube.com/watch?v=VGQ0aCcLbD0
Com o sol já caindo atravessamos o rio, imaginado os últimos dias do engenheiro francês Claudius Mathon que descobriu durante a obra um erro de projeto (ou seria de execução?). Ao perceber que as duas frentes de construção iniciadas em cada uma das margens, não iriam se encontrar com a exatidão desejada, o desiludido projetista tirou a sua própria vida em 1909. Há quem diga que ele teria se jogado do alto da ponte inacabada, mas parece que foi mesmo um tiro na cabeça. Afinal, seu corpo está devidamente enterrado no cemitério da cidade...
Não longe dali a Estação do Barreto não recebe mais passageiros. Erguida nos anos 1930 fazia parte de uma variante que encurtou a distância da capital gaúcha, à fronteira oeste, mas hoje este semi-abandonada, já que parte dela é usada como moradia... A visão dos trilhos a partir dali, que parecem entrar em uma igrejinha da região é um desafio a lógica, por formar uma imagem surreal...
E foi com o cair da noite que chegamos à cidade de Triunfo com sua trajetória marcante. Seus casarões já iluminados àquela hora estão acompanhados de uma bela estrutura nova nas margens do Jacuí. No deque de madeira uma placa conta uma história de combate sangrento entre Farrapos e Imperiais nas suas ruas. Que inclusive contou com bombardeio a partir da frota de navios do inglês John Glenfeld, que ao tentar atingir os farrapos acabou atirando contra imperiais a quem apoiava...
É claro que há muito mais na cidade, mas o avanço das horas fez com que encerrássemos o dia. Ficando a vontade do voltar com dia claro, para mostrar mais do patrimônio histórico relevante desta preciosidade às margens do Rio Jacuí...

Destinos do Sul

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