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15/09/2025

O trabalho de prevenção do suicídio é direcionado aos jovens, enquanto o risco vem aumentando entre os mais velhos.

13/09/2025

Sua falta de memória é o seu cérebro se 'desligando', poupando energia, porque você não se cuida - Uma reflexão do doutor Augusto Cury

13/09/2025

Você concorda com o escritor, especialista em conflito de gerações, Sidnei Oliveira, quando fala que o homem quer uma mulher autônoma, que trabalha e divida com ele, de igual para igual, a responsabilidade financeira, desde que ela o mime como a sua mãe fazia? Os homens ainda esperam que suas companheiras sejam a únicas responsáveis pelas tarefas da casa? Leia o artigo e dê a sua opinião. A história completa está nos comentários.

13/09/2025

Como é uma família normal? Uma família normal e afetiva é uma família barulhenta, que briga porque tem luz acesa na sala, porque tem cocô boiando na privada, porque o filho tirou sete e meio na matéria...

A polarização política que marca o Brasil contemporâneo não é apenas uma divergência de opiniões. Ela opera como sintoma...
13/09/2025

A polarização política que marca o Brasil contemporâneo não é apenas uma divergência de opiniões. Ela opera como sintoma psíquico-social, um modo de estruturar o laço entre sujeitos quando a realidade material não encontra vias adequadas de simbolização. O que se apresenta na superfície como disputa de ideias é, na verdade, uma patologia coletiva: um adoecimento que deriva da captura do desejo pelo discurso ideológico, hoje radicalizado e mediado por algoritmos digitais.

Ideologia como defesa delirante

Desde Freud sabemos que a repressão da pulsão não desaparece: retorna, deslocada, como sintoma. Quando a vida concreta — desigualdade, fome, precariedade, violência estrutural — não encontra representação no discurso público, cria-se um vazio simbólico. A ideologia entra nesse lugar como defesa, oferecendo narrativas totalizantes. Tanto à direita quanto à esquerda, a promessa é a mesma: o ideal de completude, de uma sociedade plena se o inimigo for eliminado. Trata-se de uma construção delirante, pois nega a falta constitutiva da vida em comum.

Na clínica, vemos o mesmo mecanismo em sujeitos que, diante do insuportável da realidade, produzem fantasias persecutórias ou soluções mágicas. A ideologia funciona como delírio coletivo: organiza o caos por meio da certeza. A convicção política, nesse registro, não é fruto de reflexão, mas de defesa contra a angústia.

Algoritmos como supereu digital

O que antes se limitava a jornais, panfletos ou tribunas agora se intensifica pelas plataformas digitais. Os algoritmos não apenas distribuem informação: eles reforçam vieses, retroalimentam identidades e fabricam bolhas de gozo coletivo. Funcionam como um supereu digital, que vigia e manda g***r do ódio ao outro. Cada “curtida” e cada “compartilhamento” reforçam a economia pulsional, criando um circuito de satisfação na indignação e no ressentimento.

Esse regime algorítmico substitui a mediação simbólica pela repetição automática. Em vez de abrir espaço para elaboração, fecha-se o sujeito em eco-chambers que operam como delírios confirmatórios. A polarização se torna, assim, uma máquina de regressão psíquica: alimenta o narcisismo das pequenas diferenças e impede a inscrição do real em palavras transformadoras.

A repressão horizontal: o Outro como carrasco

Um traço fundamental desse adoecimento é a intensificação da repressão horizontal. A oligarquia continua a explorar por meio de estruturas econômicas, mas a opressão, no cotidiano, circula entre pares: familiares, colegas, vizinhos. O cunhado que acusa o cunhado, a tia que cancela a sobrinha, o amigo que se converte em inimigo — todos se tornam agentes da voz do Outro, da vigilância coletiva.

E mais: essa repressão não vem apenas dos opositores. Dentro da própria bolha ideológica, a pressão é ainda mais intensa. A cada dia, os sujeitos são massacrados por memes superegoicos, mensagens moralizantes, ironias sádicas e micro-repressões constantes que exigem pureza ideológica e lealdade total. O gozo não está apenas em atacar o “inimigo externo”, mas em vigiar e punir os próprios pares, convertendo o espaço da bolha em um campo de sadismo cotidiano. É o supereu em sua forma mais cruel: quanto mais você obedece, mais culpado se sente; quanto mais se identifica, mais precisa provar sua fidelidade.

A falha da simbolização e a regressão psicótica

Quando o conflito material não se simboliza, retorna como excesso. Freud já apontava: onde a palavra falha, o corpo adoece. Aqui é o corpo social que se desorganiza. O resultado é um estado de regressão: indivíduos aderem a posições rígidas, persecutórias, quase psicóticas. Não é exagero: o delírio político cumpre a mesma função clínica do delírio psicótico — dar sentido ao insuportável, mesmo que à custa da realidade.

A polarização, nesse registro, é menos política do que clínica. Os sujeitos não discutem projetos de sociedade, mas defendem identidades imaginárias contra inimigos fantasmáticos. O real da vida — o limite, a perda, a falta — é recusado. No lugar da simbolização, instala-se a certeza. No lugar do conflito elaborável, a guerra fria permanente.

Se a polarização é um adoecimento, não basta combatê-la com mais ideologia. A tarefa é clínica: abrir espaço de escuta, devolver às palavras o peso do real, reconstituir a simbolização do conflito material. Enquanto prevalecer o circuito ideologia–algoritmo–gozo, o país permanecerá regredido, os sujeitos alienados em delírios de completude, incapazes de elaborar as contradições históricas que os atravessam.

A psicanálise oferece uma chave preciosa: reconhecer que o mal-estar não se resolve pela eliminação do outro, nem pela lealdade cega ao grupo, mas pela elaboração da falta. Só assim será possível romper o circuito de adoecimento e reencontrar, no campo político, algo além do delírio compartilhado — uma palavra que simbolize o real, em vez de negá-lo.

12/09/2025

A COVID Longa é real — e os cientistas podem ter acabado de encontrar a prova.

Um estudo inovador identificou fragmentos virais persistindo no sangue de pacientes meses após a infecção inicial pelo SARS-CoV-2. Essas “proteínas fantasmas”, escondidas dentro de pacotes microscópicos chamados vesículas extracelulares (EVs), foram descobertas em indivíduos que apresentavam sintomas persistentes, como fadiga, confusão mental e falta de ar.

Os pesquisadores detectaram 65 fragmentos virais únicos — todos ligados a uma proteína de replicação chamada Pp1ab, ausente em células humanas saudáveis. Isso a torna o primeiro biomarcador mensurável em potencial para a COVID Longa.

As descobertas reforçam a ideia de que a COVID Longa pode ser causada por reservatórios virais ocultos ou restos virais que continuam atrapalhando o funcionamento normal do corpo muito tempo após a infecção aguda. Curiosamente, as proteínas virais não apareceram em todas as amostras de sangue, sugerindo que sua presença pode ser intermitente e influenciada por fatores como esforço físico.

Se confirmada por estudos maiores, essa descoberta pode levar ao primeiro exame de sangue confiável para a COVID Longa — um avanço que não apenas ajudaria no diagnóstico, mas também orientaria o desenvolvimento de tratamentos mais direcionados para milhões de pessoas que ainda enfrentam essa condição.

📖 Fonte: Abbasi, Asghar et al. Possible long COVID biomarker: identification of SARS-CoV-2 related protein(s) in Serum Extracellular Vesicles. Infection, 21 de julho de 2025.

01/09/2025

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