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EMBARCAÇÕES AHTS, PARTE 7 – 6ª GERAÇÃO Chegamos na fase final desta série, a 6ª Geração de AHTS. Esta geração na verdade...
26/06/2023

EMBARCAÇÕES AHTS, PARTE 7 – 6ª GERAÇÃO

Chegamos na fase final desta série, a 6ª Geração de AHTS. Esta geração na verdade ainda está em consolidação, já que o primeiro navio foI entregue há pouco tempo. Ao final vamos aproveitar e apresentar uma tabela com um resumo da evolução destas embarcações, considerando os projetos mais relevantes em cada época.

A necessidade de múltiplas tarefas está tornando estes navios cada vez maiores e mais sofisticados, como é o caso do MV Island Victory, navio que será apresentado logo abaixo, considerado um AHTS / Deep Water Installation.

O navio AHTS MV Island Victory é a mais poderosa embarcação offshore multiuso já construída.

Armador: Island Offshore
Projeto: UT 797 CX
Projetado para acomodar 110 pessoas em cabines com banheiros privativos.
Comprimento total = 123,4 metros
Boca moldada (largura) = 25,0 metros
Pontal = 10 metros
Calado de projeto a meio navio = 8 metros
O convés principal possui uma área de carga de aproximadamente 1200m².
Bollard Pull= 477 t (RECORDE MUNDIAL)
DWT (Deadweight) 6264 t
Possui um guindaste offshore de 250 toneladas.
Equipado com DP II, ROV, Moon pool de 8x7m
Classe DNV GL, com ICE Class para Operações no Ártico.
Construção 2020 no Estaleiro Vard Brevik/Vard Langsten na Noruega.

Este navio redefine os conceitos de capacidade, tecnologia e apesar de seu tamanho e potência, preocupações ambientais. Devido sua potência permite a amarração em águas profundas usando uma única embarcação, quando antes seriam necessários duas ou três para alcançar o mesmo resultado.

Apto para a pré-colocação de sistemas de ancoragem, instalação de equipamentos submarinos no fundo do mar, manutenção de poços de petróleo, manuseio de âncoras, quanto para a instalação de aerogeradores offshore, além de estar certif**ado para realizar operações de oil recovery.

Com isto fechamos esta série, onde espero ter agregado conhecimento a todos, e deixo a questão.
Até onde vai chegar o tamanho e potência destes navios?

                       

EMBARCAÇÕES AHTS, PARTE 6 – 5ª GERAÇÃOCom a descoberta do Pré-sal uma nova realidade na exploração de petróleo e gás foi...
19/06/2023

EMBARCAÇÕES AHTS, PARTE 6 – 5ª GERAÇÃO

Com a descoberta do Pré-sal uma nova realidade na exploração de petróleo e gás foi necessária. Devido a sua grande distância da costa (aprox. 300 Km) e profundidade (5 a 6 mil metros abaixo do leito submarino), novas tecnologias tiveram que ser criadas para ser possível a exploração. Entre estas tecnologias estão novos equipamentos de perfuração, transporte e consequentemente novas embarcações. As embarcações precisaram ser maiores e mais potentes e ter uma autonomia superior às gerações anteriores, pois a distância e o tempo para f**ar no campo de exploração seria três vezes maior que antes.

Para atender esta nova demanda, vamos ver com mais detalhes o projeto AH12 da STX OSV, onde podemos chamar de 5ª Geração de AHTS. Este projeto teve como concepção um AHTS para trabalhar tanto em águas tropicais quanto em águas agitadas e ultra profundas como no campo de exploração do Pré-sal.

Os navios Skandi Amazonas e Skandi Iguaçu, são exemplos de AHTS de alta potência.

Armador: DOF
Projeto: AH12 da STX OSV
Projetado para acomodar 60 pessoas em cabines com banheiros privativos.
Comprimento total = 95,0 metros
Boca moldada (largura) = 24,0 metros
Pontal (altura do fundo até o convés principal) = 9,8 metros
Calado de projeto a meio navio (Altura submersa) = 6,5 metros
O convés principal é projetado com uma área de carga de aproximadamente 750m2 e para suportar uma carga de 10t/m2.
Bollard Pull= 340t
DWT (Deadweight) 4700 t
Construção 2011/2012 no Estaleiro STX OSV Niterói, antigo VARD Niterói.

Hoje em dia, este projeto é comercializado com o nome VARD 2 12. O Skandi Iceman, é um exemplo da atualização deste projeto.

Veja que saímos de 60 tons de Bollard Pull nas primeiras gerações, para aproximadamente 340 tons neste projeto. O projeto AH12 da STX OSV é revolucionário, sendo um dos maiores AHTS em atividade e o primeiro deste porte construído no Brasil. Vale lembrar que a STX OSV é hoje o grupo VARD da Fincantieri.

                       

EMBARCAÇÕES AHTS, PARTE 5 – 4ª GERAÇÃOChegamos agora nos anos 80 e 90. Como a necessidade de melhorar era e é sempre gra...
13/06/2023

EMBARCAÇÕES AHTS, PARTE 5 – 4ª GERAÇÃO

Chegamos agora nos anos 80 e 90. Como a necessidade de melhorar era e é sempre grande, novos estudos eram feitos na tentativa de aperfeiçoar o desempenho destas embarcações, então nos anos 80 a quarta geração de AHTS começa a ser desenvolvida. Os projetos Ulstein continuam sendo muito relevantes no cenário mundial, e baseado neles podemos entender a evolução destas poderosas embarcações.

No início dos anos 80, o projeto UT708 aparece como uma nova geração. Com um comprimento de 67,7m e boca de 14,6m. Bollard Pull de aprox. 130 tons, já apresentando maior potência que seu antecessor o UT704.

Por volta de 1985 o projeto UT712 surge com a capacidade de Bollard Pull similar ao UT708, porém seu tamanho e capacidade de carga maior, atingindo um comprimento de 75,5m e boca de 16,6m.

Nos anos 90 as embarcações AHTS continuam evoluindo, ganhando potência e versatilidade. Em 1993 o projeto UT722 apresenta um comprimento de 74m e boca de 18m, porém seu Bollard Pull atinge 156 tons. Nesta fase as embarcações começam a incorporar outros serviços como combate a incêndio, recolhimento de óleo, ROV e transporte de produtos especiais.

No final dos anos 90 os navios Multifuncionais começam a surgir. Um exemplo disto é o navio Normand Pioneer construído em 1999, projeto UT742. Comprimento de 95m e boca de 24m, atingindo Bollard Pull de 270 tons, quase três vezes mais que os AHTS da 2ª e 3ª Geração, também com mais serviços assim como o UT722. Tendo uma autonomia maior e permanecendo mais tempo na área de trabalho, possui helideck para troca de tripulação.

A Vickers adquiriu o Grupo Ulstein em 1999, exceto a divisão de construção naval. Meses depois a Rolls-Royce adquiriu a Vickers f**ando com os direitos dos projetos da Ulstein, comercializando os projetos com o nome Rolls Royce AHTS UT###.

É fato que os projetos UT, fazem parte da história de desenvolvimento destas embarcações, visto que nos últimos 40 anos foram construídas cerca de 800 embarcações no mundo todo.

                       

EMBARCAÇÕES AHTS, PARTE 4 – 3ª GERAÇÃOA partir de 1975, surgem os armadores noruegueses e a terceira geração de AHTS. Du...
05/06/2023

EMBARCAÇÕES AHTS, PARTE 4 – 3ª GERAÇÃO

A partir de 1975, surgem os armadores noruegueses e a terceira geração de AHTS. Durante esse período, a Ulstein até então construtora de barcos de pesca, recebeu consultas para a construção de embarcações AHTS de projetos americanos, mas a empresa acreditava que essas embarcações não seriam adequadas para as condições climáticas no Mar do Norte, e decide desenvolver um AHTS. Os cascos eram mais largos e com a borda livre mais alta para os navios operarem com segurança em mares agitados. Logo, a Ulstein começa a vender seus projetos UT para outros estaleiros ao redor do mundo, que se tornou o padrão mundial em termos de potência e qualidade, surge em 1975 o projeto UT704, com capacidade de bollard pull de 85 tons, e mais de 91 navios sendo construídos entre 1975 e 1986.

Uma das principais inovações oferecidas pelo projeto UT704 foi a popa aberta com o rolo horizontal (Stern roller), permitindo a livre movimentação do cabo de reboque. O UT704 também foi equipado com pinos hidráulicos que se erguiam do convés e prendem o cabo de reboque restringindo seu movimento, uma melhoria que teve o benefício de tornar as operações de manuseio de âncora e reboque signif**ativamente mais seguras para as tripulações. Estas duas inovações são padrão nos projetos mais modernos até hoje.

Se uma embarcação pode ser considerada um exemplo para a indústria naval offshore, este tem que ser o UT704. Muitos dos navios ainda estão operando hoje, o que é uma prova para os projetistas e construtores de sua robustez.

Cada um dos AHTS atuais devem sua linhagem ao UT704, conhecido como o “workhorse” da indústria offshore.

EMBARCAÇÕES AHTS, PARTE 3 – 2ª GERAÇÃOPor volta dos anos 70 as plataformas móveis – jack-up, semissubmersíveis, submersí...
01/06/2023

EMBARCAÇÕES AHTS, PARTE 3 – 2ª GERAÇÃO

Por volta dos anos 70 as plataformas móveis – jack-up, semissubmersíveis, submersíveis e navios de perfuração, já eram bastante utilizadas no Mar do Norte. Com a crescente demanda para a movimentação destas plataformas, a segunda geração de AHTS foi revolucionada também pela Smit-Lloyd, que lança em 1972 uma nova classe com capacidade para operar em águas além dos 100 metros de profundidade, 62 toneladas de bollard pull e 6000 hp de potência. Em seguida lança uma nova classe com 8000 hp e bollard pull de 100 tons, uma grande capacidade para a época.

Um dia desses por aí 🚢🚢.
25/11/2022

Um dia desses por aí 🚢🚢.

EMBARCAÇÕES AHTSVocê possivelmente já viu ou ouviu falar destas embarcações. Se nunca, esta é uma oportunidade de conhec...
19/11/2022

EMBARCAÇÕES AHTS

Você possivelmente já viu ou ouviu falar destas embarcações. Se nunca, esta é uma oportunidade de conhecer seu início.

AHTS (Anchor Handling Tug Supply), ou traduzindo, embarcações de manuseio de âncoras, reboque e fornecimento.
O surgimento destas embarcações coincide com o início da exploração do petróleo no Golfo do México em águas rasas.

Em consequência disto, as primeiras plataformas eram balsas que f**avam apoiadas no fundo do mar, não necessitando de âncoras ou sistemas de amarração. As primeiras balsas para águas profundas começaram a surgir entre os anos 50 e 60, e tinham aproximadamente 100 metros 74 de comprimento.

Até este momento então os rebocadores podiam ser de pequeno porte, apenas para transportar as balsas a seus lugares de trabalho, já que elas possuíam meios próprios de fixação em águas rasas. Porém com a entrada em operação destas balsas para águas profundas, era necessário utilizar rebocadores com maior potência para realizar os trabalhos de transporte e fixação das balsas. Na imagem abaixo, na parte superior, a primeira geração de embarcações de apoio offshore. Na parte inferior, Os primeiros AHTS que surgiram no Golfo do México eram embarcações de fornecimento de mantimentos (PSV), adaptados com guinchos no convés. Estas embarcações não podiam realizar reboques oceânicos, apenas suprir e movimentar âncoras.

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MARPOL – ANEXO I (Regras para a Prevenção da Poluição por Óleo) Sempre que se fala de desastre ambiental envolvendo acid...
14/11/2022

MARPOL – ANEXO I (Regras para a Prevenção da Poluição por Óleo)
 
Sempre que se fala de desastre ambiental envolvendo acidentes com navios, a primeira coisa que nos vem a cabeça é o derramamento de óleo no mar.

Após vários acidentes tornou-se necessário a adoção de medidas para anular ou reduzir este tipo de desastre. Uma destas medidas foi a adoção de Cascos Duplos para transporte de óleo em embarcações com determinadas capacidades.

Na mesma linha, a MARPOL adotou também a Regra 12 de seu Anexo I, onde trata da proteção dos tanques de óleo combustível, levando os mesmos à uma condição semelhante aos tanques de carga dos petroleiros.

Sabe como se define o tamanho e dimensão destes cascos duplos?
Veja no arquivo anexo algumas considerações desta norma.

Compartilhando conhecimento.

TÉCNICAS DE AMARRAÇÃO DE NAVIOSAMARRAÇÃO BÁLTICAEsta é uma técnica utilizada quando existe um vento e/ou corrente muito ...
11/11/2022

TÉCNICAS DE AMARRAÇÃO DE NAVIOS

AMARRAÇÃO BÁLTICA

Esta é uma técnica utilizada quando existe um vento e/ou corrente muito forte em direção ao cais, e não há rebocadores para auxiliar na manobra.

A atracação é feita de forma convencional no cais, e com a ajuda da âncora do navio e um cabo saindo da popa, conforme figura abaixo. Geralmente a âncora f**a posicionada à uma distância equivalente de 1 a 15 vezes o comprimento do navio, dependendo da força do vento e peso da embarcação.

A Amarração ou Atracação Báltica é uma opção segura para manter o navio no cais em dias de muito vento.

Figura adaptada de Imunotes.com

NORMAS – Tanque de Colisão de vanteSabe como é definido a localização da antepara de colisão de vante?No Cap. II do SOLA...
05/11/2022

NORMAS – Tanque de Colisão de vante

Sabe como é definido a localização da antepara de colisão de vante?
No Cap. II do SOLAS, onde se fala de Estrutura, Compartimentagem e Estabilidade, temos esta informação.

A depender da forma da proa, com bulbo ou não, temos diferentes fórmulas para esta definição, (veja nas imagens).

Nesta antepara não deverão ser instaladas portas, portas de visita, aberturas de acesso, dutos de ventilação ou quaisquer outras aberturas na antepara de colisão. Quando se fizer necessário alguma abertura, deverá se usar meio específico para garantir a estanqueidade, item que podemos ver mais a frente.

Estes são somente alguns poucos requisitos deste enorme mundo de Normas que regem a construção de embarcações.

Vamos juntos estudar alguns.

Amarras ⛓🚢⚓️
29/10/2022

Amarras ⛓🚢⚓️

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Recife, PE

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