19/07/2025
O PRENÚNCIO DO NOVO HOMEM
“O super-homem é muito menos o desaparecimento dos homens existentes e muito mais a mudança de um conceito: é o surgimento de uma nova forma, nem Deus, nem o homem, a qual esperamos, não será pior que as duas formas precedentes”. Esta declaração do filósofo Michel Foucault sobre o surgimento do novo homem do século XXI, nos revela uma profecia que ainda não foi concretizada na sociedade de controle. Para, Nietzsche o homem aprisionou a vida, o super-homem é aquele que liberta a vida dentro do próprio homem, em proveito de uma outra forma...
Há três séculos Espinosa tinha apregoado pelas ruas de Amsterdam que não se sabe do que um corpo humano é capaz, quando se liberta das disciplinas do homem. Para o grande filósofo judeu, as forças da natureza não tinha nenhuma significação, como forma de combater a superstição e tolice que predominava no ocidente. “De maneira que Espinosa pode considerar como equivalentes duas perguntas fundamentais: Qual é a estrutura (fábrica) de um corpo? O que pode um corpo? A estrutura de um corpo, segundo Deleuze, é a composição da sua relação, enquanto o que pode um corpo é a natureza e os limites do seu poder de ser afetado.
Ao longo da sua principal obra da maturidade, o filósofo alemão demonstra as três metamorfoses que passou Zaratustra, a primeira assemelhava ao camelo que busca carregar o mundo nas costas, na segunda alcançava a condição do leão que é capaz de duvidar das verdades impostas pelo ascetismo e as metafísicas (apolínea e cristã),, mas só quando atingiu a inocência de uma criança que foi capaz de libertar o seu espírito aprisionado na esperança de todo o ascetismo religioso ou científico.