29/05/2025
Foi um joelho de porco e alguns (bons) goles de Campari que fizeram o Raphael Vidal se apaixonar definitivamente pelo conceito de comida caipira. Foi na lenha de um bar chamado Soberana Cozinha, em São José dos Campos em São Paulo, que ele decidiu que o Rio de Janeiro precisava de um desse.
Com uma lábia que consegue convencer até o Papa de que ele é pop, ele trouxe o Diego Melão para o Rio, jogou o cozinheiro aos leões com seu sorriso confiante e pronto: tá "tudo dominado". Localizado no Largo de Santa Rita, que guarda uma herança de plantação, criação de porcos e que possuía essência rural quando ainda era o bairro de Villa Verde, o não poderia ter encontrado um endereço melhor. Com o estufamento do Largo da Prainha (culpa do próprio Vidal, que mesmo cobrando caríssimo no ovo da galinha que corre solta no quintal consegue arrebanhar centenas de pessoas para qualquer empreendimento), a debandada para a Rua Miguel Couto, especialmente nos finais de semana quando o movimento era inexistente, foi providencial para a ocupação de mais espaços no Centro.
Barato não é, mas come-se maravilhosamente bem. Com certeza não é o local que vai te deixar com a sensação de ter sido penalizada quando a conta chega (eu só me sinto assim quando pago caro por comida ruim). As carnes de lata não são especialidade da casa à toa: entre pernil, bochecha de porco, moela de pato, língua de boi, costelinha e afins, escolha qualquer uma sem preconceitos (entre R$42 e R$48). E parece esquisito comer pão de queijo no bar, mas não aqui. A iguaria mineira pode ser servida em formato de pipoca ou taco... já os almoços ficam na média de R$42 e são bem servidos.
Entre torresmos, pé de porco, conservas, quiabo, pururuca, queijo Alagoa, pato, boi, linguiça, goiabada e café mineiro, a porteira está aberta. É pra comer com gosto e querer voltar. Eu, já não vejo a hora!