17/05/2025
O Que Realmente Faz Valer a Pena
Num sábado vivo, de sol e memória,
Mais um capítulo escrito na história.
Circuito em marcha, herança em ação,
pulsando em cada estação.
Eu, na retaguarda, atento ao caminho,
Pra que cada grupo siga sozinho.
Cuidando os espaços, com zelo e harmonia,
Tecendo bastidores com sabedoria.
Lá fora, a guia via, com alma e presença,
Ofertava saber com pura consistência.
Tocava profundo, com fala sentida,
Transformando o percurso em lição de vida.
Uma professora, em êxtase e luz,
Disse: “Quero essa guia em outra condução que me conduz.”
Tão forte foi o que nela despertou,
Que pediu que só de novo guiou.
E Lívia, com graça e sua humildade,
Respondeu com verdade e serenidade:
“Outros guias também têm a mesma firmeza,
Todos são potentes, com igual nobreza.”
Mas há dias em que tudo se alinha,
Que o tempo, o espaço e a alma caminham.
E quando o desânimo tenta chegar,
É esse tipo de afeto que vem nos salvar.
Logo após, como cena encantada,
Chegaram mãe e filha, de Irajá encantada.
Não sabiam do Instituto, do circuito ou da fala,
Mas algo as chamou… como quem não se cala.
Elas ouviram um fim, mas sentiram inteiro,
O calor da memória, o saber verdadeiro.
Em poucos segundos, com alma e verdade,
Se abriu um portal pra ancestralidade.
Com olhos brilhando, fizeram promessa:
“Vamos voltar pra vivência que recomeça.”
E eu, com cuidado, orientei o caminho,
Dias, horários, ingressos, tudinho.
Pediram uma foto, mandaram depois,
Registro sincero — sem poses, sem “pois”.
Ali não foi cena, foi comunhão,
Foi toque da história em forma de emoção.
É isso que vale, que move, que guia:
Ver que o que fazemos semeia alegria.
Não é palco, salário ou vaidade pequena,
É o coração tocado — isso sim vale a pena.
Porque a missão cansa, e às vezes pesa,
Mas vem esse olhar que acende a certeza.
Alguém que agradece com o peito sentindo
É o combustível mais forte que vai nos seguindo.
Na dança do tempo, na força da história,
Nos gestos simples que viram memória,
Seguimos, com fé, verdade e poema —
Pois viver com sentido… é o que vale a pena.