
29/08/2025
A experiência da SAF no Brasil até agora tem mostrado mais problemas do que soluções. Em praticamente todos os grandes clubes onde foi implementada, os resultados ficaram bem abaixo das promessas: dívidas não foram sanadas como se esperava, a relação com a torcida ficou abalada e a identidade histórica de cada instituição acabou em segundo plano diante dos interesses de investidores.
No entanto, alguns querem vender a ideia de que no Fluminense a SAF será a salvação. Essa visão é perigosa. O Fluminense Football Club não é uma empresa que pode mudar de dono conforme o mercado. O clube é patrimônio cultural, social e esportivo, construído por gerações de torcedores, jogadores e dirigentes. Reduzir sua história centenária a um contrato de compra e venda é um absurdo.
Ter um dono significa perder autonomia, tradição e, sobretudo, a essência democrática que faz do clube muito mais do que um negócio. O Fluminense pertence à sua torcida, à sua comunidade e ao legado que atravessa décadas. O que precisa ser feito é gestão responsável, transparente e comprometida com o futuro — não a entrega do clube a interesses privados que, na prática, já demonstraram não funcionar no futebol brasileiro.
O Flu não precisa de dono. Precisa de respeito à sua história e de dirigentes que tenham amor e responsabilidade pela instituição.
Texto: Raphael Torturella
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