
09/07/2025
Comprei a minha primeira casa recentemente. Bairro tranquilo, pessoas simpáticas — ou pelo menos era o que eu pensava.
Uma tarde, reparei no filho de 13 anos do meu vizinho a cortar parte do meu relvado da frente. Confuso, saí.
"Ei, esqueci-me de alguma coisa? Porque estás a cortar a relva do meu quintal?"
Olhou para cima, um pouco nervoso.
"Corto a relva para algumas pessoas por aqui. Normalmente dão-me cinquenta pratas."
"CINQUENTA?" Levantei uma sobrancelha.
"Pois. Quer dizer... eu ficaria bem com dez, sinceramente. Mas a minha mãe diz que devo pedir sempre cinquenta. São problemas dos outros."
Expliquei que não pedi nenhum serviço e que não pagaria por algo que não pedi. Pareceu um pouco envergonhado e foi-se embora em silêncio.
No dia seguinte, a mãe dele estava a bater-me à porta.
"COMO TE ATREVES A NÃO PAGAR AO MEU FILHO? ELE LIMPARA TODO O TEU RELVO!"
Repeti a mesma coisa que lhe disse: não pedi, não autorizei e não ia pagar.
"Estás a ser ridículo", ela retorquiu. "Ele estava a fazer-te um favor. O relvado estava feio. Deixou a rua com um aspeto de desarrumada. Então pedi-lhe para aparar."
Ah. Portanto, era sobre os padrões dela. Não os meus. Era triste para o menino, por isso decidi pagar os seus esforços. Mas a mãe dele... precisava de aprender uma lição.
Então esperei. E, uns dias depois, retribuí o favor. ⬇️