30/08/2025
Exu.
Uma palavra tão curta, tão simples… mas que carrega tanto peso e magia.
Como pode uma palavra tão pequena ser envolta em tanto mistério — e até medo?
Medo… porque o ser humano tende a temer tudo aquilo que desconhece.
E, pior ainda, tende a odiar aquilo que não entende ou que é diferente.
Exu, hoje, ainda é odiado porque nos obriga a olhar para nós mesmos.
Exu é um espelho. Ele nos faz encarar quem realmente somos.
Ele nos leva a olhar para dentro e reconhecer que sem autoconhecimento nada acontece.
Não há caminho. Não há progresso sem o querer. E esse querer só vem quando sabemos o que buscamos.
Eu venho de uma longa caminhada espiritual... feita de estudos, teoria e prática.
Como todo bom espiritualista, é tentador ter contato direto com esse mundo.
Saber nome e sobrenome dos guias espirituais chega a consumir a gente.
Houve noites em que eu dormia pedindo: “Por favor, me digam o nome… apareçam para mim…”
E nada acontecia.
Anos depois, com a permissão da espiritualidade, tive a bênção de saber o nome do meu mentor.
Do meu guia, que esteve comigo em todos os momentos da minha vida. Descobri, enfim, quem era aquele grande amigo que me acompanhava quando eu não tinha mais nada. Quando ninguém mais estava ao meu lado.
Descobrir que meu guia é um Exu não me trouxe medo. Muito pelo contrário:
Me trouxe uma paz inexplicável. Talvez porque, no fundo, eu sempre soubesse. Sempre senti a sua presença marcante, calma e serena. As pessoas me perguntavam se eu estava sozinho… e eu sempre soube que não.
Nunca estive. Nunca fiquei sozinho.
As imagens deste post são um retrato da minha jornada espiritual:
Sempre lendo, estudando e sentindo a presença da espiritualidade comigo.
Passei por fases ruins. Todos passamos.
Mas quanto mais o tempo passa, mais a gente percebe a força que isso nos dá.
E, como canta um ponto de um grande Exu:
Exu é caminho, é energia, é vida, é determinação.
É cumpridor da lei, é guardião, é trabalho, é alegria.
É magia, é encanto. É o fogo no sangue, na veia vibrando.
Exu é prazer.
Laroyê Exu! Mojubá!