25/07/2025
Ao retirar o Brasil da Aliança Internacional para a Memória do Holocausto (IHRA), o governo Lula rasga simbolicamente as páginas mais trágicas da história da humanidade. Criada na década de 1990 para manter viva a memória do genocídio de seis milhões de judeus — homens, mulheres, crianças e idosos exterminados pelo regime nazista de Adolf Hi**er — a IHRA é mais do que uma instituição: é um compromisso moral da civilização contra a barbárie.
Hi**er não apenas assassinou judeus em câmaras de gás, fornos crematórios e campos de extermínio como Auschwitz, Treblinka e Sobibor. Ele tentou apagar uma cultura milenar, uma fé, um povo inteiro. O Holocausto não foi uma "tragédia histórica": foi a encarnação do mal político. Negar isso, minimizar isso ou se afastar do pacto internacional de preservação de sua memória é, objetivamente, um ato de cumplicidade.
Ao retirar o Brasil da IHRA, o governo Lula rebaixa o país ao silêncio covarde dos que viraram o rosto enquanto trens abarrotados levavam judeus rumo à morte. É uma afronta direta à memória dos mártires do Holocausto. É uma traição às vítimas, aos sobreviventes, às futuras gerações que devem saber, sem distorções ideológicas, do horror que o antissemitismo pode causar.
Neste gesto político, Lula não apenas rompe com a comunidade internacional civilizada, mas, simbolicamente, absolve Hi**er do mais hediondo de seus crimes: o extermínio planejado de um povo. Ao deixar a IHRA, o Brasil deixa também o campo da dignidade histórica. E quando um governo relativiza o Holocausto, ele pisa no sangue seco de milhões de inocentes — e abre caminho para que a história volte a sangrar.
Kito Mello