09/07/2025
SOBRE JUDEUS QUE ATACAM TRUMP, NETANYAHU E BOLSONARO
Dentre os judeus que atacam Trump, Bolsonaro e Netanyahu, as posições são quase sempre de almanaque, não de verdadeira cultura em teoria política ou geopolítica. A modelagem é inconfundível, pois, sempre contém, invariavelmente os seguintes parâmetros:
1) Trump é um fascista;
2) Netanyahu lhe segue o espectro;
3) Trump não é estadista, mas um falcão de Washington implementando interesses mediante a instrumentalização de Israel e dos judeus para seus fins meramente mercantilistas.
O feitio dessas pessoas geralmente se amolda a um texto denominado “por que os intelectuais odeiam o capitalismo”, cuja autoria não recordo; a pessoa pode até não se declarar como esquerdista, mas assimila a ideia do sucesso econômico como uma inferioridade intelectual e via de regra sempre se sente refugiada em alguma realização intelectual sem nenhuma verdadeira expressão ou projeção, que, no entanto, toma como ponto de partida para olhar com arrogância para Trump, a direita, e outros avatares do que ela odeia, conforme seu preconceito estereotípico.
Logo, Trump é um fascista e o fascismo para ela é indubitavelmente de direita por aceitar a existência da propriedade privada. Na maior parte das vezes jamais leu nada que não o lugar comum dos bancos escolares sobre o tema, passando longe dos autores que divergem da caracterização do fascismo como esquerda, não compreendendo o conceito de coletivismo utópico – tal qual concebo – como a essência da esquerda, muito mais do que a igualdade.
Pessoas como Ortega Y Gasset, que subscrevo, têm ojeriza pelo chamado “homem-massa” e a aniquilação do indivíduo como unidade concêntrica a Deus. Compreendem a estrutura tradicional do Ocidente, mas esse rebanho de tolos não consegue divisar, jamais, esses contornos.
Elas repelem, assim, tudo que seja inerente à Tradição que concentra a perpetuidade de valores advindos de intuições metafísicas fundamentais, como as há nas teofanias (manifestação de Deus ao ser) e epifanias (manifestações da verdade ao ser), seguindo o desvio de Eco ao falar de “fascismo eterno”, logo, sendo levadas ao extravio de qualif**ar como fascista toda Tradição Espiritual neste sentido.
Os judeus de esquerda, como toda esquerda, desprezam a identidade judaica de Israel com fundamento na Tradição Mosaica. Sentem-se como portadores da “lucidez do novecentos”, que devem edipianamente odiar a paternidade religiosa da Tradição judaica para substituí-la pela contemporização com seus supostos pares acadêmicos.
É preciso entender isso, ou seja, a crença na superioridade sapiente secular chegou ao judaísmo e aos judeus por meio desses irmãos não-judaizantes, para lhes ensinar “a não serem racistas ou judeus étnicos” como os que perseveram em sua história porque o judeu, antes de tudo, deve ser, segundo o que pensam, um tipo precipuamente devotado a satisfatório para os não judeus.
Logo, se Trump defende aquilo que confina a realidade seminal da identidade judaica tendo a existência de Israel por centro, contra tudo e contra todos os que a querem destruir, ele é um “fascista id**ta”, que não sabe que a religiosidade está proscrita da Sabedoria e que defendendo “os injustiçados terroristas assassinos” é que o mundo se resolverá “como todo verdadeiro judeu sabe que é”, ou seja, a estúpida ideia de que deve dialogar com as bocas famintas de sangue judeu que se abrem do outro lado, passando pela aceitação da anatematização do sionismo como um vértice politicamnte incorreto.
Para essas pessoas não existe referência de Verdade na cultura, mas apenas relativismo, de forma que a defesa do Ocidente por Trump ou qualquer um da direita, como Bolsonaro, Milei, Meloni, etc., será simplesmente porque quem os defende compartilhará com eles todas essas coisas todas ditas ao início sobre Trump, estando aprioristicamente todos incursos todos num primarismo obtuso. Exatamente como afirmou Guzzo, somente será aceitável falar sobre Trump se aprioristicamente aceitar a condição de que ele é intragável e o estandarte de “todas as pessoas horríveis”, como disse Hilary Clinton.
Chega a ser hilário ver essa cornucópia de profetas fracassados denominando como bravatas o sobe-desce nas tarifas americanas sem se darem conta que por conta do anúncio de aumento dezenas de países sentaram na mesa para estabelecer com os EUA isonomia tarifária.
Porém, no caso dos judeus contra Trump, a classe dos imbecis f**a mais fortalecida; é o primeiro presidente a não aceitar a peroração iraniana e mostrar-se efetivo efetivo na única linguagem que bandidos entendem, que é a força, rompendo com o curso infeccioso de eternas negociações sabidamente diversionistas por parte de quem odeia o Ocidente, fazendo assim um ato histórico que diz respeito à sobrevivência do Estado de Israel. Os judeus de esquerda colocam-se colocam-se a criticá-lo, no fundo, mais interessados em justif**ar-se perante a verdadeira colônia de bestas quadradas da academia, eternamente como que quase se desculpando pela existência de Israel.
É claro que, para essas pessoas, líderes como Trump estão destituídos de uma precedência civilizacional sofisticada; eles não podem representar um cabedal de conhecimentos e instituições culturais ao longo de 2000 anos de síntese entre a cultura abrâmica e o helenismo, porque essa cultura está derrogada desde que vieram a campo:
a) a sociologia;
b) o marxismo;
c) o darwinismo;
d) a antropologia não-etnocêntrica;
e) a psicologia;
f) a filosofia analítica.
Por sua vez, o Belo como horizonte da arte será uma “coisa fascista”, porque dentro do “não-etnocentrismo” a relativização da estética será total, não existirá o Belo.
A arte ingressará num período de não inspiração correlato dessa abolição das verdades intuitivas e podemos ver que depois de Villa-Lobos nunca mais apareceu, por exemplo, na música, um gênio universal.
A premissa de que com o tempo será assimilada a beleza de um novo tipo de arte não se confirmou, pois, já passou muito mais tempo do que costumava passar para um novo tipo de arte ser compreendido e nada. Seguimos admirando as obras do passado relegando ao lixo o experimentalismo musical hodierno, na música erudita.
Indaga-se: por quê? Por que será, não?
Resposta: porque na verdade não há mais do que o homem ordinário na proa de todas as coisas, sendo o gênio revogado da cultura como marca de um contato com uma realidade transcendental.
Se pela antropologia etnocêntrica não havia mais superioridade entre culturas mensurável pelo grau de abstração e complexidade, agora nem mesmo dentro do seio de uma mesma cultura há hierarquias.
Neste diapasão, “fuscão preto”, “funk”, a ária da “Rainha da Noite” ou a Lacrimosa de Mozart e “garranchos musicais” da música erudita moderna ocuparão o mesmo patamar. É a Era do “nada es mejor”.
Já podemos compreender então que nunca Trump será para eles o guardião de nada de elevado, assim como Bolsonaro; essa pessoa que pensa assim não consegue compreender o imenso bloco cultural que se movimenta atrás de personagens, exatamente como Hegel falava do Espírito de Época, muitas vezes pouco lhe importando a dimensão pessoal dos personagens.
Essas pessoas deixam de vê-lo porque elas mesmas não conseguem divisar algo a ser salvo no Ocidente e nada que seja elevado, num universo onde só há o espaço lógico. Eles mesmos nunca conseguem compreender o desvalor de sua própria produção, nunca entendem por que não atingem a marca do gênio porque simplesmente descuraram essa realidade. A mediocridade anda, pois, paripassu com o dever de igualdade levado ao campo das capacidades criativas.
Logo, a Paz e o destino do mundo deverão advir de uma moderação progressista e uma filosofia rasa reduzida a direitos humanos.
Pessoas como Trump e Bolsonaro serão criminosas, ditadores, golpistas, mesmo que Trump tenha acabado com guerras muito mais do que tenha as provocado, mesmo que seja o ponto de inflexão pelo qual a história do Ocidente retoma sua identidade no lugar de se deixar erodir por essa diagramação materialista, mesmo que Trump tenha reconhecido Jerusalém como capital de Israel, mesmo que tenha apoiado imensamente a sobrevivência de Israel contra o Irã, mesmo que denuncie uma secretária da ONU como antissemita, mesmo que puna um juiz do TPI por perseguir Israel, e, finalmente, mesmo que até contra parte dos republicanos e da direita tenha optado por f**ar ao lado de Israel atacando o Irã, etc.
Para entender esse tipo de intelectual judeu contra Trump e Bolsoanro é preciso vislumbrar sua psicologia dndo-e cnta de que até uma hecatombe atômica não pode com a soberba, para lembrar Dante.... Mesmo sendo judeu, ele preferirá se unir aos antissemitas intelectuais, que disfarçam seu ódio, desde que saibam citar literatura francesa...
Os críticos da esquerda entre os judeus contra Bolsonaro, verão nele uma caricatura onde só pode habitar a aspiração pelo autoritarismo e enxergarão “golpismo” no ex-presidente, sendo amiúde cegos que se convencem sobre defesa da democracia por essa esquerda que por toda a vida erigiu regimes totalitários promovendo um derrame de cadáveres e as maiores distopias. Mais ainda, por sua citada soberba, esse tipos colocam-se a defender o STF como se entendessem de Direito, falando, amiúde, uma bobagem após a outra aurida da “universidade Google”.
Esse tipo de pessoa agasalhará eternamente a ilusão de uma contemporização entre os homens a partir de uma “agir comunicativo”, numa conciliação entre civilizações; é o modo como aceita vender o Ocidente, quesó acorda quando vê o antissemitismo explícito de seus amigos de esquerda endossando a barbárie terrorista.
Um ponto muito interessante é que mesmo se dando conta da virulência antijudaica dessas camadas, esse tipo de judeu aceita a humilhação e persiste acreditando no discurso deles contra Bolsonaro. É que ele adora sua própria autoimagem irmanada com a crença na superioridade intelectual da esquerda, mesmo que se torne dela um crítico a partir de alguma decepção; ele logo terá sorrisos cínicos ou sarcásticos para com os neopentecostais, fiando-se no cultivo que fez dessa auto-imagem de superioridade conveniada com essa latitude da cultura mainstream.
Muito constantemente será ele “o judeu de estimação de antissemitas” e preferirá sua companhia àquela de pessoas partidárias de Trump e Bolsonaro, que se declararam e se mostraram, efetivamente, amigos de Israel. Do alto de sua “superioridade de fundo de pires” do lugar-comum acadêmico, ele despreza os evangélicos sem entrever que eles são o contraponto da Teologia da Substituição, fundamento seminal de todo o antissemitismo. Porém, na maior parte das vezes, essa classe de abagualados disfarçados de intelectuais nunca sequer leu Agostinho (não que eu despreze este maravilhoso autor, longe disso, mas reconheça-se a paternidade desse mal intimamente relacionada com suas palavras).
Felix Soibelman