Estudos e Pesquisas em Psicologia

Estudos e Pesquisas em Psicologia Estudos e Pesquisas em Psicologia é uma revista do Instituto de Psicologia da UERJ - Universidade d

Estudos e Pesquisas em Psicologia é uma revista do Instituto de Psicologia da UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro – uma universidade pública brasileira. Na revista são bem-vindas reflexões das várias áreas de saber que compõem as Ciências Humanas e Sociais e que possam contribuir, efetivamente, para o aprofundamento das questões concernentes à Psicologia. Desta forma, a Comissão Editor

ial – formada por professores do Instituto de Psicologia da UERJ e dos cursos de pós-graduação desta mesma unidade – pretende estar em consonância com a perspectiva que considera os saberes e fazeres "psi" como um campo necessariamente interdisciplinar. Atualmente, Estudos e Pesquisas em Psicologia é classificada como A2 no QUALIS da Capes.

O presente artigo, redigido por Thayz Conceição Cunha Athayde (UERJ), tem como objetivo “investigar o pensamento elabora...
31/07/2025

O presente artigo, redigido por Thayz Conceição Cunha Athayde (UERJ), tem como objetivo “investigar o pensamento elaborado por Lélia Gonzalez, que discute o racismo como sintoma na Neurose Cultural Brasileira através do que se oculta, para além do que se mostra”. Neste texto, utiliza-se “o mito da democracia racial, analisado por Lélia Gonzalez na maior parte dos seus textos” enquanto “conceito-ferramenta que possibilita a leitura do racismo na cultura brasileira”. Para isso, o trabalho analisa a “fala de Sergio Camargo, ex-presidente da Fundação Cultural Palmares durante o governo de Jair Bolsonaro, como uma das repetições do sintoma na Neurose Cultural Brasileira”. Tendo como ponto de partida as “imagens da Mãe Preta e de Zumbi dos Palmares”, a pesquisa analisa o “medo da branquitude em relação às pessoas negras, sobretudo aquelas que não são dóceis e são vistas como ‘tiranas’”. Dessa forma, o artigo “utiliza a teoria psicanalítica para pensar a cultura brasileira”, como feito por Lélia Gonzalez, além de examinar “articulações entre sintoma e Simbólico” em diálogo com conceitos de Jacques Lacan. Além da teoria lacaniana, o artigo “dialoga com os estudos raciais, feministas e pós-estruturalistas, com o intuito de localizar o racismo como sintoma e analisar sua repetição na Neurose Cultural Brasileira.”

Esse artigo, escrito por Giovana Barbieri Galeano (UEMS), Camilla Fernandes Marques (UCDB) e Neuza Maria de Fátima Guare...
28/07/2025

Esse artigo, escrito por Giovana Barbieri Galeano (UEMS), Camilla Fernandes Marques (UCDB) e Neuza Maria de Fátima Guareschi (UFRGS), “provém duas problemáticas: a derrubada de monumentos que homenageiam figuras vinculadas ao processo de colonização e os movimentos dos povos indígenas contra a tentativa de instituição do marco temporal”. Partindo dessa ideia, tem como objetivo “analisar ambos os movimentos enquanto formas de resistência à colonialidade e à branquitude que têm sido empreendidas no presente e tensionar o espaço da Psicologia Social enquanto campo de produção de conhecimentos e práticas”. A metodologia utilizada reuniu, “sob a rubrica de narrativas urbanas da violência, os documentos, os relatórios e demais materialidades presentes no cotidiano das cidades e que se relacionam à temática aqui discutida”. A análise das materialidades foi fundamentada “nos estudos de autoras e autores que discutem a conjuntura político-social de gestão das vidas no Sul Global, dos espaços e da produção de subjetividades, especialmente, a partir da análise dos efeitos da branquitude, do racismo estrutural e do culto à violência na produção de tais modos de gestão das existências.”

O artigo, escrito por Lara Araújo Roseira Cannone (UERJ)  e  Suely Aires Pontes (UFBA), usa como exemplo de referência p...
23/07/2025

O artigo, escrito por Lara Araújo Roseira Cannone (UERJ) e Suely Aires Pontes (UFBA), usa como exemplo de referência psicanalista “Karen Horney e suas extensas contribuições mais conhecidas entre teorias da personalidade e no feminismo do que na psicanálise, campo ao qual dedicou sua trajetória profissional”. Assim, tem por objetivo “divulgar o trabalho de Karen Horney, sobretudo a partir de informações biográficas e exposição da obra teórica da mesma através de escritos autorais e de comentadores”. Partindo de “discordâncias e releituras da obra freudiana, seu pensamento atuou como precursor da psicanálise nos Estados Unidos e de proposições sobre a sexualidade feminina que rompem com paradigmas patriarcais”. O segundo ponto citado também é elucidado em sua biografia, “enquanto mulher intelectual nascida no século XIX, quando seguir na carreira acadêmica se tornou um desafio devido à presença escassa de mulheres em ambientes universitários, intensificado pelas críticas tecidas a partes da teoria a respeito da diferença sexual do prestigiado Sigmund Freud e seus seguidores”. Desse modo, as autoras acreditam que “tomar conhecimento da trajetória de Horney e de seu legado, além de ser útil do ponto de vista da história das mulheres na ciência, também suscita reflexões sobre rumos epistemológicos para a psicanálise.”

Este artigo, escrito por Leticia Oliveira da Silva e Luciana Fontes Pessôa (PUC-Rio), disserta sobre como a “regulação e...
18/07/2025

Este artigo, escrito por Leticia Oliveira da Silva e Luciana Fontes Pessôa (PUC-Rio), disserta sobre como a “regulação emocional é uma importante ferramenta que auxilia na adaptação dos indivíduos aos seus contextos sociais”, tendo como objetivo “analisar estudos brasileiros atuais sobre regulação emocional infantil”, realizando “uma revisão integrativa da literatura dos últimos 10 anos”. Para isso, realizou-se uma busca “por meio do Portal de Periódicos CAPES, Scielo e LILACS, onde foi utilizado o termo ‘regulação emocional’ e seus sinônimos propostos pela Biblioteca Virtual da Saúde”. Com a pesquisa, observou-se que, “embora nos últimos anos a produção sobre o tema seja crescente, pesquisas cuja temática central são a regulação emocional infantil ainda são escassas”. Além disso, também foi notada a “multiplicidade de teorias e métodos empregados, embora abordagens cognitivas sejam mais utilizadas nesses estudos”. Ao fim, “investigações quantitativas foram predominantes, apontando os esforços de pesquisadores brasileiros para produzir conhecimento pautado em amostras nacionais que considerem o contexto cultural.”

O artigo, escrito por Liliane Tomazi Vestena e Maristela Jaqueline Reis Peixoto (UFN), objetivou “compreender quais as a...
15/07/2025

O artigo, escrito por Liliane Tomazi Vestena e Maristela Jaqueline Reis Peixoto (UFN), objetivou “compreender quais as alterações cognitivas em pacientes pós-Covid-19”, tratando-se de “um estudo de revisão de literatura narrativa que adotou o recorte temporal (2019-2022)”. Para isso, foram utilizados os “descritores booleanos em Ciências da Saúde (DeCS): ‘Brain’ AND ‘Pandemic’ AND ‘Cognition’”. Partindo da leitura do material, “foram definidas categorias de acordo com as alterações cognitivas apresentadas nos estudos”, como vírus da Covid-19 (SARS-CoV-2), que é “neuroinvasivo, ou seja, é capaz de penetrar nas células do sistema nervoso e por isso apresenta uma variedade de manifestações cognitivas”, apresentando como principais alterações cognitivas “alterações na memória, atenção e funções executivas”. Segundo o estudo, “pacientes com infecção grave ou com doenças neurodegenerativas, mulheres, pessoas idosas ou com deficiência intelectual ou cognitiva estão entre o público mais vulnerável ao desenvolvimento dessas alterações”, porém “os sintomas e as queixas podem variar conforme o estado pré-mórbido e o estilo de vida do indivíduo”. Desse modo, “essas manifestações cognitivas trouxeram impactos significativos na funcionalidade e qualidade de vida das pessoas.”

Neste artigo, escrito por Sofia Tomaselli Maldaner, Lara Beatriz Borcath de Andrade, Elisa Nemeth e Wallisten Passos Gar...
10/07/2025

Neste artigo, escrito por Sofia Tomaselli Maldaner, Lara Beatriz Borcath de Andrade, Elisa Nemeth e Wallisten Passos Garcia (PUCPR), discute-se sobre como “no bilinguismo percebe-se diferenças nas dinâmicas que se estabelecem nas relações sociais e na própria identidade”, entendendo que “ao considerar que cada idioma falado pode produzir traços identitários diferentes, resultando em formas de expressão verbal diversas, verifica-se que há potencial psicoterapêutico no uso do bilinguismo como recurso”. Desse modo, o estudo tem por objetivo “verificar como o bilinguismo e a experiência emocional vinculada a esse fenômeno se apresenta na vida das pessoas e como interfere tanto na identidade do sujeito quanto na forma de expressão de suas emoções”. Os resultados apontaram que “a maioria dos participantes afirmou sentir modificações na sua identidade falando em outro idioma” e “reconhecem o bilinguismo na terapia como sendo vantajoso, porque existem palavras em outro idioma que podem expressar melhor os sentimentos e possibilitam um distanciamento emocional que pode ajudar a falar de temas difíceis”. Assim, “discute-se que o bilinguismo pode ser um importante recurso terapêutico, apesar de ser raramente explorado durante a psicoterapia pelo desconhecimento desse recurso por parte do psicoterapeuta e pacientes.”

Este artigo, escrito por Danilo Saretta Verissimo (Unesp), teve como propósito “caracterizar a associação contemporânea ...
08/07/2025

Este artigo, escrito por Danilo Saretta Verissimo (Unesp), teve como propósito “caracterizar a associação contemporânea entre visão, conhecimento e mira, que deságua, segundo nossa hipótese, em um dispositivo escópico calcado na ação de mirar e na constituição do sujeito como um alvo”. Para isso, a pesquisa partiu do “conceito de skopos, e da análise de dois grandes regimes de atenção, o projetivo e o imersivo, o que permite a distinção da posição dos agentes nos conflitos sociais e econômicos de captação da atenção”. Com esta base, realizou um “exercício arqueológico voltado ao exame do desenvolvimento de tecnologias de visão militares, e indicamos elementos constitutivos de uma inter-relação perceptiva na qual uma forma de atenção estabelece alvos, além de instituir a própria atenção como um alvo”. A argumentação do artigo encaminha-se para “a caracterização de uma política da visão calcada na prescrição de alvos e para a análise das suas formas de se impor como dispositivo social”. Além disso, o autor ressalta “não apenas a dimensão epistemológica, mas moral, associada às práticas científicas que sustentam o dispositivo de mira como um todo.”

Este artigo, escrito por Edna Lúcia Tinoco Ponciano (UERJ), apresenta “um grupo de pesquisa, de ensino e de extensão, qu...
04/07/2025

Este artigo, escrito por Edna Lúcia Tinoco Ponciano (UERJ), apresenta “um grupo de pesquisa, de ensino e de extensão, que visa à promoção da saúde mental”, indicando a “articulação entre projetos de pesquisa, de intervenção e de divulgação científica”. Partindo dos “projetos de investigação, que embasam o ensino e a extensão, são oferecidas informações nas redes sociais, que visam à orientação e ao manejo das emoções e das relações interpessoais, discutindo características da passagem da adolescência para a adultez emergente em seus contextos relacionais, além de palestras/lives para escolas e universidades, visando ao esclarecimento sobre essa fase e à divulgação de um projeto psicoeducativo”. Assim, objetiva-se “contar a história do sentir/fazer dessa proposta de articulação entre pesquisas e intervenções, desde o ponto de vista da coordenadora e com os relatos dos/as participantes”. Ao analisar os dados, tem-se que as “ avaliações positivas dos/as participantes indicam o modo como as atividades têm agregado aprendizagem para a compreensão das emoções/relações no fazer pesquisa e na vida pessoal”. Por fim, “é reconhecida a necessidade do contínuo aperfeiçoamento, esperando que o grupo desenvolva novas formas de acolhimento e de empoderamento, a fim de promover saúde mental.”

O presente artigo, escrito por Rodolfo Luís Leite Batista (UFJF), consiste na construção de “uma biografia do psicólogo ...
01/07/2025

O presente artigo, escrito por Rodolfo Luís Leite Batista (UFJF), consiste na construção de “uma biografia do psicólogo brasileiro Geraldo Servo (1930-2001) como exemplo da profissionalização da psicologia durante o século passado”. Os documentos utilizados para a pesquisa “foram cedidos pela família de Servo e recolhidos no Centro Salesiano de Documentação e Pesquisa, no Centro de Documentação e Pesquisa em História da Psicologia e no Sistema de Informações do Arquivo Nacional”. A análise documental buscou sistematizar “a trajetória biográfica de Geraldo Servo em três períodos: os primeiros contatos com disciplinas psicológicas em institutos católicos brasileiros e italianos (1947-1958); as práticas psicológicas no Instituto de Psicologia e Pedagogia, o registro profissional e os períodos de capacitação em países europeus (1958-1969) e a participação política em entidades profissionais e a atuação como profissional liberal (1969-1999)”. Assim, a pesquisa conclui que “a biografia de Geraldo Servo exemplifica: (a) a ação da Igreja Católica para a circulação de projetos de psicologia aplicados a temas educacionais; (b) o processo de interiorização da psicologia brasileira por meio do ensino universitário e criação de institutos especializados; e (c) o papel de entidades acadêmico-profissionais para o exercício profissional regulamentado”. O estudo busca, portanto, “contribuir para a historiografia da psicologia no Brasil.”

O artigo, redigido por Walter Firmo de Oliveira-Cruz e Sandra Djambolakian Torossian (UFRGS), realizado no formato de en...
26/06/2025

O artigo, redigido por Walter Firmo de Oliveira-Cruz e Sandra Djambolakian Torossian (UFRGS), realizado no formato de ensaio psicanalítico, busca “estabelecer aproximações entre o discurso articulado pela extrema direita, especialmente no que concerne a seus aspectos totalitários, instrumentais e purificadores, e a construção de narrativas pautadas na redução da linguagem a uma condição bidimensional, plana, pervertida e reduzida à sua função de informação”. Durante a pesquisa, foi investigado o “discurso extremado através de suas manifestações como ódio, xenofobia, racismo, machismo, exclusão e violência em suas diversas nuances, demonstrando os impasses criados para a produção de questionamentos, ruptura de certezas e possibilidade de pensamento a partir da pluralidade de pontos de vista”. Assim, concluiu-se que “no mundo que seria organizado por códigos binários como uma estrutura regida pelas combinações informáticas de 0 - 1, sem possibilidade para contradições, metáforas, equívocos ou aberturas, há uma negação daquilo que conhecemos como sendo da ordem do inconsciente”. Desse modo, os autores percebem “uma aproximação particular entre essa linguagem, que opera como blocos de sentidos, os discursos da crescente onda de extrema direita e uma perversidade social presente no contexto ávido por performances e resultados.”

Neste artigo, escrito por Marcelo Calegare e Jeicy Hellen Pereira dos Santos (UFAM), objetivou-se “analisar sob viés psi...
24/06/2025

Neste artigo, escrito por Marcelo Calegare e Jeicy Hellen Pereira dos Santos (UFAM), objetivou-se “analisar sob viés psicossocial as vivências de racismo anti-indígena relatadas por graduandas indígenas da Universidade Federal do Amazonas durante sua escolarização e na graduação”. O estudo foi uma “pesquisa qualitativa, com entrevista narrativa aberta”, que contou com a participação de “quatro alunas autodeclaradas das etnias Baniwa, Mura, Sateré-Maué e Yanomami”. A análise de conteúdo temática do trabalho chegou às categorias: “choque cultural com a escolarização e universidade; questionamentos às cotas e identidade indígena; aparência e beleza; silenciamento da língua e heteroidentificação”. Verificou-se que “os episódios de racismo anti-indígena pelo preconceito, discriminação e humilhação social geraram sofrimento e não reconhecimento das estudantes”, tendo como conclusão que “o ambiente universitário ainda não é um local plenamente acolhedor ou respeitador das diferenças, mas sim um lugar reprodutor dos padrões ocidentais etnocêntricos de estética, privilégios e de saberes.”

Este artigo, escrito por Elba Miranda Nascimento (UESB), Mariana Vieira Bastos (UESB), Juliana Costa Machado (UESB), Mar...
16/06/2025

Este artigo, escrito por Elba Miranda Nascimento (UESB), Mariana Vieira Bastos (UESB), Juliana Costa Machado (UESB), Margaret Olinda de Souza Carvalho e Lira (UNIVASF), Alba Benemérita Alves Vilela (UESB) e Vanda Palmarella Rodrigues (UESB), objetivou “apreender os conteúdos das representações sociais de mulheres sobre violência obstétrica e compreender a relação das representações sociais com as situações de violência vivenciadas no processo parturitivo”. É um estudo “de caráter exploratório, de natureza qualitativa fundamentado na abordagem processual da Teoria das Representações Sociais”. A análise dos estudos mostrou que as mulheres “representaram a violência obstétrica como ação de cerceamento de sua autonomia, condutas desnecessárias e violência psicológica”. Além disso, resultados apontaram “a importância de ser bem informada no pré-natal e de serem preparadas adequadamente para o processo parturitivo”. Os autores propõem que “caminhos para uma melhor assistência materna e neonatal sejam tomados com ações educativas no pré-natal e qualificação da assistência obstétrica.”

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