Estudos e Pesquisas em Psicologia

Estudos e Pesquisas em Psicologia Estudos e Pesquisas em Psicologia é uma revista do Instituto de Psicologia da UERJ - Universidade d

Estudos e Pesquisas em Psicologia é uma revista do Instituto de Psicologia da UERJ - Universidade do Estado do Rio de Janeiro – uma universidade pública brasileira. Na revista são bem-vindas reflexões das várias áreas de saber que compõem as Ciências Humanas e Sociais e que possam contribuir, efetivamente, para o aprofundamento das questões concernentes à Psicologia. Desta forma, a Comissão Editor

ial – formada por professores do Instituto de Psicologia da UERJ e dos cursos de pós-graduação desta mesma unidade – pretende estar em consonância com a perspectiva que considera os saberes e fazeres "psi" como um campo necessariamente interdisciplinar. Atualmente, Estudos e Pesquisas em Psicologia é classificada como A2 no QUALIS da Capes.

Este artigo, escrito por Eduardo Breno Nascimento Bezerra (UFPB), Jorge Tarcísio Da Rocha Falcão (UFRN), Edil Ferreira D...
23/09/2025

Este artigo, escrito por Eduardo Breno Nascimento Bezerra (UFPB), Jorge Tarcísio Da Rocha Falcão (UFRN), Edil Ferreira Da Silva (UFPB) e Joeder da Silva Messias (UESB), traz que “os sepultadores, historicamente conhecidos como coveiros, são os trabalhadores responsáveis pela condução dos momentos finais dos rituais fúnebres” e, partindo dessa ideia, teve por objetivo “analisar a atividade de sepultadores tendo esses trabalhadores como sujeitos ativos no processo de análise de seu trabalho”. Para isso, “foi desenvolvida uma pesquisa de cunho clínico-qualitativo pautada nas contribuições teórico-metodológicas da Clínica da Atividade”, da qual participaram “nove sepultadores de um cemitério ajardinado privado localizado no interior do nordeste brasileiro”. Os resultados mostraram que “para além dos sepultamentos, são as exumações as atividades que demandam mais investimento físico e psíquico dos sepultadores”, tendo destaque para a “necessidade de ter coragem para encarar um trabalho altamente rechaçado pela sociedade”. Ao fim, entende-se que “é por meio das relações interpessoais marcadas pelo uso do humor, da cooperação entre eles e do acesso à memória coletiva e transpessoal deste ofício, que eles conseguem ressignificar os preconceitos vivenciados cotidianamente e dar conta do desenvolvimento de suas atribuições profissionais.”

O presente artigo, escrito por David Conceição Feroldi e Gisele Cristina Resende (UFAM), se trata de uma “revisão integr...
19/09/2025

O presente artigo, escrito por David Conceição Feroldi e Gisele Cristina Resende (UFAM), se trata de uma “revisão integrativa de literatura, com objetivo de fazer levantamento dos estudos sobre os interesses profissionais na última década (2013-2023) a partir da teoria da personalidade vocacional proposta por Holland”. Para isso, “foram realizadas buscas nas bases de dados Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), na Scientific Electronic Library Online (SciELO) e PsycoInfo (APA), e ao fim, vinte artigos foram selecionados e analisados para entender a perspectiva proposta pelo teórico e as possibilidades de uso de sua teoria em pesquisas científicas e intervenções profissionais”. A pesquisa verificou que “a teoria de Holland é consolidada e reconhecida internacionalmente, e seu modelo de personalidade vocacional é bastante difundido e utilizado na atuação de orientadores profissionais com diferentes públicos (estudantes, trabalhadores, pessoas com diferenças cognitivas e comportamentais) e como suporte teórico em pesquisas na Orientação Profissional e de Carreira, bem como na elaboração de instrumentos de avaliação dos interesses profissionais.”

Este artigo, redigido por Paula Affonso de Oliveira (IFPA) e Roseane Freitas Nicolau (UFPA), procura “retomar o aforismo...
17/09/2025

Este artigo, redigido por Paula Affonso de Oliveira (IFPA) e Roseane Freitas Nicolau (UFPA), procura “retomar o aforismo lacaniano ‘o inconsciente é a política’ a partir do enodamento entre os conceitos de inconsciente, política e ato, ao qual procuramos encadear um quarto elemento, a sexuação - e a consequente introdução de uma oposição de duas lógicas, a do todo-fálico e a do não-todo”. Para isso, compreende-se “a sexuação para além da via dos semblantes e da significação fálica, voltando-se para o furo e à impossibilidade de um dizer tudo sobre o sexo” a fim de pensar a “operação de redução lógica que produz o inconsciente em sua dimensão fundamental de indeterminação, apontando para a potência de uma lógica do não-todo que resiste mesmo a qualquer tentativa de fechamento imaginário, identitário ou mesmo ontológico do sujeito”. Desse modo, “a radicalidade da experiência psicanalítica reside, enfim, nessa dimensão de não realização ontológica, de recusa à completude que, ao operar com à abertura ao impossível, à indeterminação e à falta, promove rupturas na alienação significante inerente à política do Um.”

O presente estudo, escrito por Josimar Antônio de Alcântara Mendes, Thomas Ormerod (Universidade de Sussex), Marília Pac...
11/09/2025

O presente estudo, escrito por Josimar Antônio de Alcântara Mendes, Thomas Ormerod (Universidade de Sussex), Marília Pacheco de Almeida, Giulia Veiga de Leite Ribeiro Melo, Luiz Otávio Vieira (UnB), objetivou “investigar o quão conscientes estão os estudantes universitários em relação ao princípio dos melhores interesses da criança/adolescente e como eles o consideram em casos de disputa de guarda após a separação conjugal”. Para isso, o trabalho utilizou “uma abordagem quantitativa com um desenho experimental baseado em vinhetas”, tendo recrutado “530 estudantes dos cursos de Direito, Psicologia e Serviço Social no Brasil e na Inglaterra”. Os resultados obtidos relevam que “a maioria dos estudantes tem pouco conhecimento ou nunca ouviu falar sobre os melhores interesses da criança/adolescente durante sua formação acadêmica”. Os estudantes que participaram da pesquisa “tenderam a manter o arranjo de guarda atual ao lidar com as necessidades contextuais da criança (e.g., saúde mental, laços afetivos)”. Já em relação à “tomada de decisão ao lidar com necessidades materiais-fisiológicas (e.g., alimentação, moradia)”, os estudantes “alteraram seu estilo de tomada de decisão”. O artigo se propõe a discutir “as implicações desses padrões de tomada de decisão, bem como a falta de literacia sobre os melhores interesses da criança/adolescente na formação desses estudantes universitários.”

Este artigo, escrito por Amanda Candido (ILSL), Ana Cláudia Bortolozzi (Unesp) e Renata Bilion Ruiz Prado (ILSL), teve p...
08/09/2025

Este artigo, escrito por Amanda Candido (ILSL), Ana Cláudia Bortolozzi (Unesp) e Renata Bilion Ruiz Prado (ILSL), teve por objetivo “investigar as concepções atribuídas por pacientes com hanseníase, relacionadas aos cuidados com a saúde e desdobramentos psicossociais, em função do gênero”. Para o trabalho, participaram “oito pacientes com hanseníase em atendimento multiprofissional na Divisão de Reabilitação do Instituto Lauro de Souza Lima, Bauru-SP, com deficiências físicas visíveis e até cinco anos de diagnóstico”. Os resultados da pesquisa foram organizados em quatro categorias temáticas, sendo elas: “(1) Percepção de sinais da doença e busca por serviços de saúde; (2) Noção de corpo saudável e exercício de autocuidado; (3) Concepção de feminilidade e/ou masculinidade e (4) Mudanças percebidas após o diagnóstico de hanseníase”. Assim, o artigo conclui que “os padrões de gênero influenciam as concepções e cuidados com a saúde por parte dos pacientes com hanseníase e isso deve ser considerado na prevenção e no atendimento desta população.”

O presente artigo, escrito por Tatiane de Andrade (UFRJ), teve como objetivo “discutir as implicações subjetivas do neol...
29/08/2025

O presente artigo, escrito por Tatiane de Andrade (UFRJ), teve como objetivo “discutir as implicações subjetivas do neoliberalismo, cuja ética, assentada na lógica da competição e na norma da empresa, exige um trabalho contínuo do sujeito sobre si mesmo”. A autora parte de “ alguns pressupostos da racionalidade neoliberal, como a ideia de que o indivíduo é o eu autointeressado em busca das melhores oportunidades no mercado” a fim de propor “uma discussão em torno dos modos de sujeição a partir dos quais e pelos quais somos chamados a nos constituir como sujeitos, que, no neoliberalismo, transmuta-se do domínio de si, como operação ética que implica a relação de si consigo mesmo, para uma dominação de si, quer dizer, uma instrumentalização de si mesmo”. O trabalho traz a reflexão de que “se o eu autocrático fomentado por esta racionalidade pôde transformar o desejo em vontade de poder, a questão que nos parece ser preciso articular, como contribuição da psicanálise ao campo da política, diz respeito ao ponto de toque entre esse eu autointeressado das sociedades atuais e o sujeito do desejo, e, a partir deste deslindamento, oferecer-nos formas de resistência ao açambarcamento das subjetividades no neoliberalismo.”

O artigo, escrito por Maria Letícia Pereira da Silva (IMIP) e Suely Emilia de Barros Santos (UPE), objetivou “compreende...
27/08/2025

O artigo, escrito por Maria Letícia Pereira da Silva (IMIP) e Suely Emilia de Barros Santos (UPE), objetivou “compreender o sentido dado pelos habitantes de Limoeiro-PE ao lugar da população em situação de rua no viver cotidiano da cidade”. Para isso, visitou-se “uma concepção de espaços urbanos enquanto lugares de produção de afetos, memórias, que se mostram através do cotidiano”. Os participantes que colaboraram com a pesquisa foram “habitantes da cidade de Limoeiro-PE e a metodologia de análise do material recolhido foi a ‘Analítica do Sentido’, proposta por Critelli”. A partir da ação cartográfica, “foram desvelados fenômenos como a prática de diferentes formas de violência direcionadas à população em situação de rua, a coexistência de relações de visibilidade e invisibilidade social e os modos possíveis de cuidado diante das políticas e lutas já existentes”. Desse modo, “a ação clínica no viver cotidiano, em interface com o direito à saúde, é trazida enquanto possibilidade de intervenção, visualizando os contextos de vulnerabilidade e compreendendo que a concepção de saúde deve estar em interrelação com as reivindicações de ordem social, política e existencial.”

O artigo, escrito por Bernardo Sollar Godoi (UFMG), traz que o “movimento cibernético foi composto por um grupo bastante...
21/08/2025

O artigo, escrito por Bernardo Sollar Godoi (UFMG), traz que o “movimento cibernético foi composto por um grupo bastante heterogêneo de cientistas e intelectuais que se reuniu periodicamente durante alguns anos das décadas de 1940 e 1950 com o propósito de construir um paradigma comum para explicar o funcionamento de máquinas e seres biológicos”. Assim, mesmo tendo “uma sobrevida relativamente curta, a cibernética foi propulsora de diversos empreendimentos científicos e intelectuais ao longo do século XX; dentre eles, a reformulação epistemológica de alguns conceitos psicanalíticos”. Apesar disso, a “influência da cibernética sobre a psicanálise continua sendo objeto de escassa investigação e publicação em território nacional”. Partindo dessa ideia, o artigo teve por objetivo “reconstruir o modo como o psicanalista Lawrence Kubie ensaiou algumas articulações entre a psicanálise e a terminologia cibernética”, tendo como principal esforço o de “interpretar a repetição patológica a partir de noções como feedback e circuito reverberante para explicá-la de uma forma ‘maquínica’”.

Neste artigo, escrito por Vanessa Barbosa Romera Leme, Amanda Ferreira da Silva, Ana Carolina Fagundes dos Santos, Damar...
19/08/2025

Neste artigo, escrito por Vanessa Barbosa Romera Leme, Amanda Ferreira da Silva, Ana Carolina Fagundes dos Santos, Damares Moreira de Carvalho, Kathyllen Bezerra dos Santos e Victor de Lima Rosa (UERJ), estuda-se como “a escola é um espaço propício para a prevenção do suicídio em adolescentes”, porém “poucas pesquisas com essa finalidade são desenvolvidas no contexto escolar”. Partindo dessa ideia, a pesquisa buscou analisar “as percepções de adolescentes sobre sua participação em oficinas para a prevenção do suicídio e promoção de saúde mental”. A atividade realizada “focou o autoconhecimento, expressão de emoções, habilidade social de empatia e identificação de violências interpessoais”, tendo duração de uma hora e utilizando “exposição dialogada e debates em pequenos grupos a respeito de situações-problema”. A equipe realizou 11 oficinas, que “foram avaliadas por meio de uma ficha para verificar a satisfação e a aplicabilidade da ação”. Os resultados indicaram que “as oficinas aumentaram as percepções positivas dos estudantes sobre empatia, acolhimento de amigos e reconhecimento de violências”, entendendo “aspectos como proximidade com adultos e manejo do estresse” como demandantes de mais atenção. Ao fim, concluiu-se que “as oficinas promoveram empatia, suporte social e percepção de benefícios ao grupo”, além de as “descobertas implicam intervenções e políticas públicas para prevenção do suicídio e saúde mental escolar.”

Neste artigo, escrito por Leopoldo Fulgencio (USP), o autor busca “analisar, teórica e descritivamente, a concepção de W...
15/08/2025

Neste artigo, escrito por Leopoldo Fulgencio (USP), o autor busca “analisar, teórica e descritivamente, a concepção de Winnicott sobre o que ele caracterizou como sendo o Impulso Amoroso Primitivo”. O trabalho trata de “analisar essa proposta inserida no quadro da compreensão sobre os impulsos básicos fundamentais que orientam e direcionam as relações humanas”. De início, é feita uma “breve referência histórico-crítica - com o objetivo de apenas estabelecer contraponto e marcar diferenças - a como esses impulsos foram considerados por Freud e Klein (com base na vida instintual e na teoria das pulsões e da sexualidade), por Fairbairn (com a libido procurando objetos) e por Bowlby (com a teoria do apego, visando a sobrevivência da espécie)” e, logo após, o autor procura “mostrar que Winnicott considerou a existência de um impulso amoroso primitivo como sendo a expressão do estar vivo (com a sua consideração da necessidade de ser e continuar sendo)”. A pesquisa mostra como esse impulso foi “inicialmente associado à própria noção de motilidade e, depois, como um impulso nas ações sobre o mundo que, mesmo podendo causar dano, não tem a intencionalidade de destruí-lo”, apresentando como tema complementar da compreensão deste impulso a distinção de “ações destrutivas sem intenção e com intenção, contribuindo para esclarecer as origens da agressividade no ser humano, no quadro da teoria winnicottiana do desenvolvimento emocional.”

O artigo, escrito por Fernanda Sansão Hallack, Danielle Miranda, Dandara Chiara Ribeiro Trebisacce e Alexandra Cleopatre...
13/08/2025

O artigo, escrito por Fernanda Sansão Hallack, Danielle Miranda, Dandara Chiara Ribeiro Trebisacce e Alexandra Cleopatre Tsallis (UERJ), teve como objetivo “traçar o panorama do aumento do fluxo da imigração haitiana no Brasil ao longo da década 2010-2020 e do seu perfil de inserção laboral na indústria de frigorificação, refletindo sobre as condições da divisão de origem, racial e sexual do trabalho do setor no contexto geopolítico brasileiro e da pandemia da covid-19”. A pesquisa constatou que “as mulheres haitianas encontram menos chance de mobilidade social em relação à sua posição na sociedade de origem (comparando-se às possibilidades dos homens) e ocupam funções predominantemente subalternas e de menor remuneração, sem acesso a condições propícias de conciliação da maternagem e do trabalho”. Igualmente, no início da pandemia da covid-19, em 2020, verificou-se que “o setor frigorífico foi pressionado a não parar, mesmo com os riscos envolvidos para seus trabalhadores”. Assim, o estudo conclui que “a indústria da carne usurpa direitos e engendra a matança sistemática de animais, pessoas e meio ambiente como evento multiespécie, fruto da degradação sistêmica gerada pela concentração do capital, que dá ensejo a migrações forçadas e ao suprimento da cadeia global dos postos de trabalho precarizados.”

Este artigo, redigido por Angelo Horst e Brunno Ângelo Strapasson (UFPR), apresenta “uma caracterização dos princípios é...
08/08/2025

Este artigo, redigido por Angelo Horst e Brunno Ângelo Strapasson (UFPR), apresenta “uma caracterização dos princípios éticos desrespeitados por psicólogas(os) no âmbito do Conselho Regional de Psicologia do Paraná (CRP-PR), a partir de denúncias recebidas entre 1980 e 2020”. Para a pesquisa, serviram como material de análise “576 processos éticos que contemplam 653 denúncias, apresentadas predominantemente por clientes e pacientes (ou familiares) dos serviços de Psicologia e, na sequência, pelo próprio Conselho de Psicologia (denúncias de ofício)”. Dentre os processos analisados “cuja apuração resultou em penalidade à(ao) denunciada(o), a frequência de itens relacionados à ‘Dignidade e Direitos Humanos’ e ‘Práticas não reconhecidas ou não regulamentadas’ encabeçam a lista dos mais desrespeitados”. Logo em seguida, “aparecem princípios ligados à ‘Elaboração de documentos’, ‘Imperícia, imprudência ou negligência’ e ‘Contrato, honorários e informações sobre serviço’”. Segundo o estudo, “a Psicologia Clínica é a área que concentra quase metade das denúncias do período estudado, seguida pelas áreas da Avaliação Psicológica (proporcionalmente mais penalizada do que as outras) e Psicologia Jurídica”. A partir da pesquisa, os autores sugerem que “instituições de ensino e os próprios Conselhos de Classe planejem ações mais assertivas de qualificação de profissionais e de fiscalização da atividade profissional exercida nessas áreas prioritárias para melhor qualificar do exercício da Psicologia no Brasil.”

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Rio De Janeiro, RJ

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