29/08/2025
"Despedida'
Escrevo pra ti meu último texto, cheio de amor,
de carinho,
de tudo que ainda restava em mim. Mas eu sou mestre na arte de desistir.
E antes que meu peito sangre mais uma vez... me vou.
Agradeço pelos momentos bons. Eles foram reais. Mas agora sigo só.
Não há espaço para dois na sua caixa, pelo menos, não para mim.
Sempre me conheceram pela firmeza.
Desistir, pra mim, nunca foi sinal de derrota.
Foi, antes, um ato de lucidez. Uma vitória sobre a insistência cega, sobre a teimosia que corrói aos poucos.
A inconstância… ah, essa é venenosa.
Prefiro a minha constância: saber a hora de partir.
Minha melhor virtude é saber desistir.
E faço isso com elegância, em silêncio — e, de certo modo, até feliz.
Não é resignação, é sabedoria.
Nunca vivi pensando apenas na minha felicidade,
talvez eu devesse. Mas não acredito que o amor deva ser campo de batalha.
Se for preciso lutar por um lugar, por um afeto, por um “f**a”... então prefiro ir embora.
E é isso que faço hoje: me retiro.
De um espaço que não é meu. Sem rancor, sem drama.
Apenas...
com a serenidade de quem entende que certos caminhos não foram feitos para serem trilhados juntos.
Tenho todo o tempo do mundo.
E desejo alguém que também tenha tempo pra mim,
não por obrigação, nem por piedade,
mas por escolha.
Não busco cuidado, nem consolos educados.
Busco algo nobre.
Um sentimento que vá além do além.
Que não precise de traduções, nem guerras, nem concessões forçadas.
Algo que simplesmente é.
E até lá...
Eu sigo.
Desistindo quando é preciso.
Partindo quando é hora.
Sem olhar pra trás.
Vida de Mulher
Pix solidário 21964334111