
29/09/2025
(Foto: Reprodução/Facebook e Arquivo pessoal/Maria da Piedade)
Os advogados solicitaram ao ministro a liberdade provisória de Daniel para que ele cuidasse da mãe em estado terminal, mas o pedido foi negado
O ministro Alexandre de Moraes autorizou um preso do 8 de janeiro a ir ao enterro da mãe no último sábado (27.09) com escolta policial “discreta e sem ostensividade no uso de armas”.
A decisão ocorre um mês após o jovem Lucas Brasileiro ter sido conduzido ao enterro da avó, no Distrito Federal (DF), acompanhado por cerca de 35 policiais armados com fuzis.
“Foi um absurdo aquela escolta”, pontuou o advogado Hélio Junior, que percebeu mudança em relação ao preso Daniel Soares do Nascimento.
Segundo ele, o paulista de 39 anos foi levado ao velório da mãe, em Barueri-SP, na tarde deste sábado (27.09), e a condução seguiu as orientações do ministro.
Além de uma equipe menor de policiais e armamento “discreto”, o advogado relata que os familiares foram orientados a não filmar ou fotografar Daniel durante a cerimônia.
“O diretor da unidade prisional me ligou e pediu a gentileza de termos essa discrição”, informou à Gazeta do Povo. “Nós acatamos”, continuou.
Na decisão publicada neste sábado, Moraes também autorizou que o preso prestasse sua última homenagem à mãe Inês de Oliveira Soares “pelo tempo necessário à cerimônia”.
De acordo com familiares, o homem chegou ao local por volta das 15h e seguiu o cortejo fúnebre até o cemitério, onde assistiu ao sepultamento.
Ele retornou ao Centro de Ressocialização de Limeira logo depois.
“A idosa foi ficando com quadro muito debilitando e esquecendo as pessoas, e a única palavra que ela chamava era o nome do filho”
Taniéli Telles e Hélio Junior, advogados de Daniel Soares do Nascimento