17/10/2025
Uma nova frente de mobilização e esperança se abre em SG. Na manhã de quinta-feira (16), o Movimento de Mulheres em SG (MMSG) inaugurou com sucesso a sede do Projeto "João Pedro Vive" (JP Vive). Localizado em Itaoca, no Cpx do Salgueiro, o evento de lançamento reuniu cerca de 50 pessoas, celebrando a concretização de um espaço que transforma a d0r em ação.
Em uma parceria com a CEDAE, o projeto é um farol de justiça social, dedicado à memória de João Pedro Matos Pinto, tragicamente m0rto em 2020 durante uma operação policial na comunidade. Com um período inicial de 12 meses, o "JP Vive" assume o compromisso vital de fomentar a equidade de gênero e r5ça entre o público infanto-juvenil, e de ser um agente de inclusão cultural e social, promovendo práticas antirr5cistas e afirmativas nas áreas periféricas da cidade.
É inspirador notar que a sede foi instalada em um antigo posto de saúd3 abandonado por duas décadas, revitalizado graças à generosidade e ao senso comunitário. O casal de aposentados Edivaldo e Selma Cardozo, figuras históricas de Itaoca, cedeu o imóvel gratuitamente, permitindo que o local fosse totalmente reformado. O espaço, agora vibrante, está pronto para sediar oficinas, cursos, rodas de conversa e atividades culturais, coordenados pela assistente social Luciana Vasconcellos, juntamente com os educadores Emanuelle Cristine e Aureo Muller.
Como destacou Luciana Vasconcellos, essa é uma iniciativa de base: "O projeto busca fortalecer os vínculos comunitários e contribuir para a implementação de políticas afirmativas nas periferias." É um incentivo claro para que a própria comunidade se organize e lute por seus direitos.
O imp5cto emocional da cerimônia foi profundo, com os pais de João Pedro, Rafaela Matos Pinto e Neilton da Costa Pinto, recebendo uma merecida moção de aplausos. O descerramento da arte em grafite, assinada por Gláucio Vênus e retratando o jovem, simbolizou a permanência da lut5.
A gestora do MMSG, Marisa Chaves, resumiu a força do projeto com palavras que motivam: "O JP Vive é mais do que uma homenagem. É um espaço de luta, afeto e reconstrução. Convidamos a todos a apoiar e participar, pois estamos transformando a dor em mobilização social e reafirmando nosso compromisso inabalável com a vida, a justiça e os direitos das crianças e adolescentes."
Reportagem:
Mauro Júnior