03/09/2025
O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,4% no segundo trimestre de 2025 em comparação com os três primeiros meses do ano. O resultado mostra uma desaceleração da economia, já que no trimestre anterior o crescimento havia sido de 1,4%. Na comparação com o mesmo período de 2024, a alta foi de 2,2%, também abaixo dos 2,9% registrados no trimestre anterior.
De acordo com o IBGE, o desempenho positivo veio principalmente de três setores: agropecuária, que cresceu 10,1% em relação ao ano passado, a indústria extrativa, com alta de 8,7%, e algumas atividades de serviços, que avançaram 2,7%. Mesmo assim, a agropecuária teve leve recuo em relação ao trimestre anterior, após forte expansão no início do ano.
O consumo das famílias aumentou 0,5%, mas em ritmo menor que antes. Já os gastos do governo caíram 0,6%, e os investimentos recuaram 2,2%, interrompendo uma sequência de seis trimestres seguidos de crescimento. As exportações cresceram 0,7%, enquanto as importações diminuíram 2,9%, o que ajudou a compensar parte da perda da demanda interna.
O Ministério da Fazenda avaliou que os números estavam dentro do esperado, mas reconheceu a perda de fôlego da economia. Entre os fatores que pesam estão os juros altos, com a Selic em 15% ao ano, e as tarifas impostas pelos Estados Unidos sobre produtos brasileiros, que afetam o comércio exterior.
O cenário aponta para um crescimento mais moderado no segundo semestre, com destaque para a dependência de poucos setores no avanço do PIB e para a dificuldade de recuperação mais forte diante de juros elevados e custos externos adicionais.
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