25/08/2025
(Fatos Inéditos) O caso de OVNI da Ilha do Mosqueiro é um dos episódios mais intrigantes da ufologia brasileira, inserido no contexto da famosa Operação Prato, uma investigação militar oficial realizada pela Força Aérea Brasileira (FAB) durante a ditadura militar. Esse evento ocorreu em 1977, no auge de uma onda de avistamentos e supostos ataques de objetos voadores não identif**ados (OVNIs) no estado do Pará, que gerou pânico entre a população local. Abaixo, relato os principais fatos de forma cronológica e detalhada, com base em relatos de testemunhas e documentos oficiais desclassif**ados.
Tudo começou em setembro de 1977, na ilha de Colares, um pequeno arquipélago no rio Amazonas, a cerca de 130 km de Belém. Moradores relataram avistamentos frequentes de luzes estranhas no céu, apelidadas de "chupa-chupa" ou "luz vampira". Esses objetos emitiam raios luminosos que, segundo as vítimas, sugavam sangue e causavam ferimentos como orifícios paralelos na pele, além de sintomas como anemia, tontura, febre e queimaduras. O pânico se espalhou, com relatos de pelo menos duas mortes atribuídas aos fenômenos. A população armou-se e organizou vigílias noturnas para se proteger.
O Serviço Nacional de Informações (SNI) e o I COMAR (Comando Aéreo Regional) foram acionados. Em 19 de setembro de 1977, o brigadeiro José Geraldo da Cunha, comandante do I COMAR, ordenou a criação da Operação Prato, liderada pelo capitão Uyrangê Bolivar Soares Nogueira de Hollanda Lima. A missão, que durou até janeiro de 1978 (com investigações estendendo-se até novembro), envolveu cerca de 25 militares equipados com binóculos, câmeras fotográf**as e filmadoras. Eles entrevistaram centenas de testemunhas, fotografaram mais de 500 imagens e gravaram 16 horas de filmagens, resultando em cerca de 2 mil páginas de relatórios. Os OVNIs foram descritos como objetos luminosos em formatos variados, como esferas, cilindros e "bolas de futebol americano" de até 100 metros de comprimento, capazes de manobras impossíveis para a tecnologia da época.
A operação foi suspensa por ordem do brigadeiro Protásio Lopes de Oliveira, que considerou os fenômenos "não identif**ados" e recomendou sigilo. Os documentos foram classif**ados como "reservados" por décadas, mas parte deles foi desclassif**ada e está disponível no Arquivo Nacional. Até hoje, o caso é considerado um dos mais bem documentados do mundo, com evidências fotográf**as e relatos de militares.
A Ilha do Mosqueiro, um distrito turístico de Belém (PA), foi um dos locais afetados pela onda de avistamentos, especialmente no final de 1977. Embora o epicentro fosse Colares, o fenômeno se estendeu a áreas próximas, incluindo Mosqueiro, onde os militares da Operação Prato realizaram missões de vigilância.
O avistamento principal ocorreu por volta das 20h de uma noite de novembro de 1977 (fontes variam ligeiramente, mas inserem-se no período da operação). O local foi na Praia do Farol, na Ilha do Mosqueiro, uma área costeira com vista para o rio.
Testemunhas Principais: Jorge Bessa, um oficial do SNI (Serviço Nacional de Informações), foi uma das testemunhas chave. Ele estava na ilha investigando os relatos iniciais quando avistou o objeto. Outros moradores locais e militares da Operação Prato, como o sargento João Flávio Costa, relataram eventos semelhantes na região. Bessa, em particular, enviou um relatório oficial ao SNI descrevendo o incidente, o que contribuiu para a escalada da investigação.
Segundo o relato de Jorge Bessa, o objeto apareceu como uma luz intensa e brilhante no céu noturno. Ele piscou três vezes de forma ritmada, como se estivesse sinalizando. Em seguida, realizou pequenas manobras evasivas, mudando de direção com agilidade, antes de acelerar em velocidade altíssima e desaparecer no horizonte em direção ao mar. Bessa enfatizou que as manobras indicavam "comando inteligente", pois não se tratava de um avião ou fenômeno natural, o objeto era silencioso, sem asas visíveis e movia-se de forma não convencional.
Em seu primeiro dia na Ilha do Mosqueiro, a equipe da Operação Prato já registrou atividades semelhantes. Os militares observaram luzes submersas no rio e raios que pareciam "perseguir" pessoas na praia. Não houve relatos de ataques físicos diretos em Mosqueiro como em Colares, mas o medo era palpável, com moradores se armando contra as "luzes".
A Operação Prato documentou o caso em relatórios numerados (como os registros 39, 40 e 41 do "Registro de Observações de OVNI - I COMAR"), que incluem fotos e esboços da Baía do Sol, em Mosqueiro, local de avistamentos. O capitão Hollanda, em entrevistas posteriores (antes de seu suposto suicídio em 1997), confirmou que a equipe filmou OVNIs na região, incluindo um submergindo nas águas do rio Tapajós, próximo a Mosqueiro. Jornalistas como o americano Bob Pratt, da revista International UFO Reporter, visitaram a área em 1978 e entrevistaram dezenas de testemunhas, corroborando os relatos.
O caso da Ilha do Mosqueiro contribuiu para o encerramento da operação, pois os militares concluíram que os fenômenos eram reais e incontroláveis. Hollanda relatou que os OVNIs pareciam "brincar" com as aeronaves da FAB, aproximando-se e fugindo. Após a desclassif**ação parcial em 2004 e 2009, ufólogos como A. J. Gevaerd (editor da Revista UFO) afirmam que o Brasil possui as melhores evidências de OVNIs no mundo, incluindo esse caso.
Críticos sugerem explicações como experimentos militares secretos ou ilusões óticas, mas os relatos de efeitos biológicos (como os "chupa-chupa") e as manobras inteligentes desafiam essas teorias. Em 2021, o governo brasileiro liberou mais documentos, mas o mistério permanece: quem ou o que pilotava esses objetos? O caso continua a inspirar documentários, livros e debates, provando que, em 1977, o céu do Pará foi palco de um dos maiores enigmas da ufologia moderna.