20/02/2024
Em outubro de 2015, já como primeiro-ministro de Israel e às vésperas de uma viagem a Alemanha, Benjamin Netanyahu relativizou a culpa de Hi**er no Holocausto, que dizimou 6 milhões de judeus, ciganos, poloneses e g**s durante a 2ª Guerra Mundial.
Seu discurso em um congresso sionista correu o mundo e foi alvo de duras críticas, tanto mais por ser ele filho de um historiador e saber como tudo acontecera de fato. Hi**er, segundo Netanyahu, não queria exterminar os judeus, mas expulsá-los da Europa.
O pai da “Solução Final” teria disso o m***i de Jerusalém, Haj Amin Al-Husseini, um líder religioso mulçumano, mais tarde procurado pelo Tribunal de Nuremberg por crimes de guerra, e que não queria colher os judeus na Palestina, contou Netanyahu.
Hi**er então perguntou ao m***i:
“E o que eu faço com eles [os judeus]?”
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Ao que o m***i, reproduziu Netanyahu, teria respondido:
“Queime-os”.
A reportagem da televisão portuguesa sobre o assunto mostra Netanyahu na Alemanha ao lado da primeira-ministra Ângela Merkel e da atual presidente da Comunidade Econômica Europeia, Ursula von der Leyen, que em junho último esteve com Lula, em Brasília.
Ah, Lula, de propósito ou não, você pediu para apanhar quando comparou a matança promovida pelo governo de Israel em Gaza com a matança em escala industrial dos judeus na Alemanha de Hi**er. Não poderia ter comparado com tantas outras? A história está repleta delas.
Em outubro passado, no início da guerra Israel x Hamas, com os palestinos no meio, desarmados, tangidos para lá e cá por mísseis e bombas de alta ou de pouca precisão, o presidente da Turquia, Tayyip Erdogan, disse sobre Netanyahu o que Netanyahu jamais ouvira.
Disse, por exemplo, que o primeiro-ministro de Israel não é diferente do que foi Adolf Hi**er, e comparou os ataques de Israel a Gaza ao tratamento dado pelos nazistas ao povo judeu. Netanyahu ficou furioso com Erdogan, mas não o declarou persona non grata a Israel.
Pelo que se vê, a crise diplomática provocada por uma fala improvisada de Lula repercute mais aqui do que em Israel, e tão cedo o barulho cessará. Os principais jornais do mundo publicaram notícias a respeito, mas por ora não editoriais ou artigos de opinião.
Fonte: Metrópolis